15. Como assim não, Yamada?

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fica para as notas finais!

mini dicionário para incultos que não assistiram naruto ou super mario (?):
— anata: meu amor (japonês)
— otankonasu: bobo, irritante (japonês)
— amore mio: meu amor (italiano)

Robin e Finney estão com 16 anos, ainda é dezembro do sexto ano deles.

Dezembro de 1982, pouquíssimos dias antes do baile de inverno.

Estranhamente naquela manhã todo o castelo de magia e bruxaria de Hogwarts havia decidido acordar com os primeiros raios solares, resultando assim num castelo movimentado logo às seis e meia da manhã.

Após o café da manhã – que precisou ser servido mais cedo naquela fria sexta-feira – um grifinório loiro decidiu seguir longos corredores à procura de seus amigos, talvez eles estivessem no ponto de encontro do grupo. Ele avistou diversos corvinos, alguns outros grifinórios, lufanos e vários sonserinos sonolentos andando de um lado para o outro. Quando abriu a porta pôde ver seus amigos ali.

Mesmo que todos estivessem acordados e isso fosse certeza universal, um certo casal fazia falta ao pequeno amontoado.

Quando nesse mundo poderiam se acostumar com Robin sem Finney e vice versa também? Apenas a simples suposição parecia tolice beirando à loucura.

Todavia, diferente da única vez caótica em que o corvino sumiu por meios violentos, ou quando o casal estava distante graças à outros meios violentos – sempre por parte de outras pessoas, claro – sabiam que aqueles eventos indesejáveis não se repetiriam novamente, duas vezes haviam sido mais que o suficiente e isso era certeza mútua.

Então não existiam motivos para preocupações, eles apareceriam em breve e estariam mais grudentos que chiclete mascado descartado no astalto.

— Bom dia. — O Stagg adentrou a sala e cumprimentou os amigos.

— Bom dia Griffin, você dormiu bem? — Donna lhe sorriu gentilmente.

O breve diálogo correu como em todas as manhãs, mas sem seu amigo mexicano e o namorado do mesmo parecia que aquela sala não tinha vida; o Yamada estava com o rosto enfiado numa almofada felpuda em completo silêncio. Não haviam as rugas usuais no rosto de Vance sempre que o mexicano abria a boca para expor suas lorotas. Gwendolyn não estava torcendo o rosto para os beijinhos carinhosos e estalados que seu cunhado grifinório agraciava seu irmão, e até mesmo Donna não estava se lamentando por estar solteira.

Talvez Griffin estivesse tendo um pesadelo onde seus melhores amigos eram enfim 'humanamente normais', se arrepiou com o pensamento. Sentiu que em breve se aborreceria com aquele silêncio constrangedor e incômodo. Eram todos amigos, não? Até mesmo o sonserino com comportamento letal estava quieto naquela manhã.

— Certo, quem vocês acham que é o casal mais nojento de toda Hogwarts? — Questinou dando um gole generoso em sua xícara de achocolatado trouxa, independente do clima, toddy sempre seria sua bebida favorita.

Sorriu quando uma das lufanas revirou os olhos e respirou fundo.

— Edward e Carla, ah não. Nem me faça lembrar deles, por Merlin! Eles são pessoas horríveis e um casal pior ainda, é como se uma das três maldições imperdoáveis fossem materializadas. — Gwendolyn respondeu com uma expressão de repúdio dado à palavra que lhe fora dada como definição, ver aqueles dois grifinórios e sonserinos se pegando aleatoriamente nas cozinhas do castelo não era uma visão que desejava contemplar assim que colocasse seus pés fora da comunal.

Em breve faria uma petição para que seus dormitórios fossem trocados com Sonserina, Gwen necessitava e não ousaria esconder suas fofocas chantagiosas para concluir seu objetivo.

Banho de vinagre - Robin X Finney (Rinney e Harry Potter)Onde histórias criam vida. Descubra agora