⸻ 𓆉 ⸻As coisas para os adolescentes naquela metade do mês de Novembro estavam realmente movimentadas. Com a chegada das primeiras provas, a preparação para o luau de inverno e os primeiros campeonatos interescolares, a vida dos jovens Sully estava realmente movimentada.
— Neteyam — Neytiri chama o filho, desde o incidente alguns dias atrás, a mulher mantinha os olhos sobre o filho como uma águia — Você poderia descascar os legumes, por favor? Pretendo fazer um caldo hoje, mas percebi que falta alguns ingredientes.
O garoto estava no próprio quarto, sentado na cama com o livro de matemática no colo. Na próxima segunda-feira teria uma prova difícil e queria estar preparado.
Rapidamente ele entende o que a mãe quer dizer, ela queria ir até o mercado e para não atrasar o jantar, Neteyam a ajudaria ao menos começando o preparo do caldo. O garoto fecha o livro e se levanta com um sorriso largo, vendo os olhos de sua mãe brilharem.
A melancolia havia passado ao decorrer dos dias, como a Ronal havia informado Neytiri. A dieta especial e a convivência com os irmãos e os amigos ajudaram muito, o garoto não sentiu-se sozinho em nenhum momento.
Ele não estava sozinho e sabia daquilo agora.
— Está tudo na pia — a mulher negra diz procurando pelo capacete da motocicleta — Não vou demorar, então não precisa fazer nada além de descascar.
Neteyam ouve o momento em que sua mãe liga a moto e a acelera, distanciando-se da residência Sully. Os olhos atentos do garoto estavam fixos na janela da sala, observando a rua, se certificando de que a mãe estava fazendo o caminho certo. Tuk, de forma saltitante, aparece em suas costas, abraçando seus joelhos com carinho.
— Posso ver televisão, Yam?
— Já terminou a lição de casa, Tuktuk? — o garoto pergunta, virando o rosto para baixo e erguendo uma sobrancelha para encarar a mais nova, que balança o queixo de forma positiva. Tuktirey sempre foi muito responsável.
— Já terminei, a mamãe nem precisou me ajudar dessa vez!
— Quer me ajuda na cozinha, em vez de ver televisão? — Neteyam tenta, porém sentindo seus joelhos serem empurrados para trás de forma desleixada, Tuk contorce o nariz.
— Quero ver TV — ela diz e ele ri, revirando os olhos e ligando a televisão da sala como a pequena havia pedido. Era uma sexta-feira e por conta dos campeonatos interescolares estarem com data marcada, Lo'ak estava tendo treinos maiores e mais exaustivos no clube de natação. O pobre garoto ainda não havia chego em casa, assim como seu pai, que certamente ainda estava trabalhando.
Portanto, ao entrar na cozinha, desenrolou os fones de ouvido e deu play na sua playlist favorita, começando a descascar as cenouras. De forma involuntária, seu quadril começa a se remexer de um lado para o outro enquanto a música High Hopes - Panic! At the Disco ecoa alto nos fones potentes enterrados em seus ouvidos e antes de perceber já estava dançando a frente da pia, com uma cenoura parcialmente descascada em uma mão, usando-a como microfone.
— Had to have high, high hopes for a living. Shooting for the stars when I couldn't make a killing. Didn't have a dime but I always had a vision, always had high, high hopes! — o garoto canta a pleno pulmões, os fones abafando sua própria voz desafinada, porém alegre. O quadril sendo jogado de um lado para o outro e os olhos fechados.
Uma notificação interrompe a música por breve segundos, pausando a melodia para soltar um "pirim" reconhecido pelo Neteyam. Seus olhos se abrem e suas mãos se livram da cenoura e do descascador, retira do bolso o celular. Logo a música volta a tocar com força nos seus tímpanos e enquanto desbloqueia o celular de forma despretensiosa, apoia o corpo na pia de mármore, relaxado.
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𝐀 𝐍𝐄𝐖 𝐇𝐎𝐌𝐄 | avatar
عاطفيةMudanças não são fáceis. Quando a proposta irrecusável de se mudar para o Hawaii cai no colo de Jake Sully, sua família inteira se encontra na obrigação de recomeçar em um lugar totalmente diferente do seu lar anterior. Neteyam, Lo'ak e Kiri precis...