MonSam • Insecurity (PT. 1)

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Obra: GAP The Series

Personagens: Mon - Becky | Sam: Freen

Categoria: Família

Contém: Overdose de Fofura

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POV: Mon

Frustrada.

O sentimento do dia era esse. Ou da semana?

Me questionava sobre prazos enquanto observava Sato, nosso filho mais novo, de 9 meses, dormir em seu berço.

Era madrugada, aproximadamente três horas da manhã e uma chuva parecia determinada em acabar com o mundo.

Ou inundar a nossa casa. Vai saber.

Após me certificar de que o pequeno havia, de fato, adormecido após chorar por 15 minutos ininterruptos e acordar todos da casa, principalmente quem eu não queria que acordasse, encostei a porta do seu quarto, desci as escadas e fui em direção à cozinha.

Já havia perdido o sono mesmo.

Enquanto colocava água para ferver no fogo e preparava uma caneca de chá, suspirei profundamente.

Tão imersa eu estava em meus pensamentos que não notei a luz do corredor superior acender.

Quando o flash de luz surgiu no topo da escada, bufei frustrada.

Tinha acabado de colocar um para dormir e já precisava me preparar para colocar a outra.

Antes que eu pudesse desligar o fogão e subir as escadas, Samanun apareceu.

Suspirei aliviada. Pelo menos não era Beloved, com seus cinco anos recheados de humor rabugento ao acordar no meio da noite.

- Ele demorou a dormir?

- Um pouco - eu disse - Só se acalmou quando lhe dei o peito. Não tinha mamadeira no mundo que fizesse milagre, então cedi.

- Entendo.

A atmosfera já ficava densa e eu odiava essa sensação.

- Quer chá? - perguntei numa tentativa de desviar o silêncio constrangedor.

- Aceito.

Os próximos 5 minutos foram torturantes. Era sempre assim.

Apesar de tantos anos, algumas coisas não mudaram.

Sam era uma ótima esposa e mãe. Talvez ela se dedicasse mais à nossa família que à empresa. Se alguém me falasse isso há cerca de oito anos atrás, eu diria que é loucura, mas hoje, isso é muito real.

É real para mim, é real para Beloved, para Sato, para todos, menos para ela.

Talvez fosse seus demônios internos, o mínimo medo possível dos nossos filhos sentirem 1% do que ela sentiu quando criança.

Quando essa insegurança batia, Samanun ficava irredutível e falava a primeira coisa que vinha à cabeça, mesmo que aquilo a magoasse ou me magoasse.

Bem, foi o que aconteceu... Há uns dias.

O terapeuta falava, minha mãe falava, Jim falava, Neung... Todos falavam que era perfeitamente normal o filho ser mais próximo, mais ligado à mãe de sangue, aquela que o carregou, aquela que lhe dá o peito, que é o contato mais pessoal e individual entre uma mãe e um filho.

Mas Samanun não aceitava. "Maníaca por controle" foi como eu a chamei da última vez que discutimos sobre isso.

Beloved saiu de Sam. Sato saiu de mim. Mas os dois eram uma cópia fiel de Sam, tanto na aparência como no gênio forte.

FreenBecky Multiverse - Short StoriesOnde histórias criam vida. Descubra agora