It's more than a feeling
(More than a feeling)
When I hear that old song, they used to play
(More than a feeling)
I begin dreaming
(More than a feeling)
- More Than a Feeling, BostonBarty – (???)
O rosto de seu pai estava vermelho, olhos tão arregalados que Barty podia ver o branco ao redor deles. Ele nunca tinha deixado seu pai tão bravo antes. Por mais que Barty o odiasse, ele foi criado para respeitá-lo. Para obedecê-lo.
Estava enraizado nele e muitas vezes fazia Barty sentir que precisava arrancar sua pele e retirá-la de seus ossos.
Mas não desta vez.
Seu pai estava parado na frente dele, respirando pesadamente, os dentes cerrados aparecendo por entre os lábios trêmulos. Ele estava nas sombras da casa. A luz do sol não o tocou.
"Volte para casa", disse seu pai, de alguma forma conseguindo controlar sua raiva e usar um tom quase uniforme.
Barty estava parado no gramado da frente, varinha na mão, ar de verão grudado em sua pele.
"Não", Barty respondeu.
Era como se algum feitiço tivesse sido lançado; seu pai se recusou a passar pela borda da porta e se juntar a ele do lado de fora. Ele permaneceu lá com Winky torcendo o pano de prato que ela usava atrás dele. Sua mãe estava em seu quarto, esperando dormir para que ela não os ouvisse.
"Volte. Entre. Nesta. Casa. Agora," seu pai ordenou, os olhos arregalados como eles só faziam quando ele estava com raiva o suficiente para explodir.
"Não", Barty repetiu mais solidamente desta vez. Ele se sentiu mais corajoso quando uma brisa passou por seus cabelos. Ele estava fora, do lado de fora. Ele nunca precisou voltar aqui. Essa não era a casa dele. Ele ia ficar com os Rosiers de agora em diante. Ele era um Comensal da Morte. Ele era alguém a ser respeitado e temido. Não seu pai. Ele.
E daí se ele só conseguiu dominar duas dúzias de idiomas em vez de duzentos? E daí se ele gostava de voar em sua vassoura e usar roupas casuais? E daí se ele achava que The Hopping Crusaders era uma piada e queria assobiar sua música tema na casa.
Seu pai bufou como um minotauro enfurecido. Ele deu um passo à frente, saiu e arrastou Barty de volta para dentro, onde ele estaria sob a varinha de seu pai novamente. Onde ele seria seu filho obstinado mais uma vez. Onde ele seria obrigado a não decepcionar, não constranger, não ser nada e falhar. Falhar. Falhar. Falhar. Falhar.
O medo percorreu Barty quando seu pai levantou o pé para vir até ele, os olhos esbugalhados em seu rosto.
" Depulso ", elenco de Barty.
Barty pode ter odiado seu pai, e uma vez que ele estava em Hogwarts, chamou-o de todos os nomes horríveis que ele poderia pensar, mas ele nunca fez nada. Nunca levantou a varinha ou mesmo um dedo. Um comentário inteligente poderia ter saído de sua boca em um ponto ou outro, geralmente murmurado, e uma vez que seu pai estava de costas. Nada perto disso.
O feitiço atingiu seu pai no peito, atirando-o para trás, direto para Winky. Os dois recuaram ainda mais pelo charme desleixado de Barty.
Algo em Barty se soltou ao fazê-lo. Finalmente fazendo isso. Isso o inundou de medo, euforia e tudo mais. Tudo consumindo tudo. Era melhor do que qualquer euforia que ele já havia encontrado. Melhor do que ganhar a porra da Copa de Quadribol. Melhor do que pegar Althea Pontner e David Flint ao mesmo tempo. Ele não conseguia nem compreender todo o sentimento.
O sorriso em seu rosto era muito grande, seus olhos tão arregalados quanto os de seu pai.
Ele se sentiu solto.
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Beneath the Mask • {Barty Crouch/Evan Rosier}
Fanfic[Concluída] Já se passou quase um ano desde que Evan foi libertado de Azkaban e ele precisa seguir em frente com sua vida, mas é difícil quando ele é seguido por Aurores e pressionado por sua família a começar a trabalhar com Robert Goyle, enquanto...