Where have all the good men gone
And where are all the gods?Where's the streetwise HerculesTo fight the rising odds?- Holding Out for a Hero, Bonnie Tyler
Evan – quinta-feira, 23 de agosto de 1984
"Espere, espere, espere", Barty gritou enquanto corria pelo apartamento, pulando a mesa de centro. Ele derrapou até parar na frente de Evan, com uma meia, de calça e camiseta.
"Eu estava esperando", disse Evan, lutando contra um sorriso.
"Claro que você estava," Barty zombou, colocando as mãos nos ombros de Evan e se inclinando. Ele beijou Evan rapidamente. "Adeus. Divirta-se no trabalho. Não sinta muito a minha falta."
Então ele piscou para Evan, esperando.
Evan não sabia por que estava mentindo para Barty. Ele iria se encontrar com Goyle, mas eles não iriam ajudar algum idiota que havia tentado um feitiço para o qual não estava preparado ou bebido uma poção de um bruxo astuto que havia desaparecido. Eles estavam indo para o comício de Bailey, onde Byron Bailey queria que Evan ficasse ao lado dele e falasse sobre ter sido enviado injustamente para Azkaban.
Ainda não estava claro quanto tempo Barty passou em Azkaban e quanto tempo ele passou em sua casa de infância sob a Maldição Imperius. Apenas o Sr. Crouch sabia, e nenhum deles estava perguntando a ele. Evan passou seis semanas trancado em uma cela cercado por dementadores e, quase um ano depois, ainda pensava nisso todos os dias, ainda sentia a dor do frio roçar seus dedos.
Ele sabia que era o mesmo para Barty porque eles conversaram sobre isso na calada da noite, quando se sentiram seguros para admitir essas coisas. Ambos estiveram lá. Ambos sentiram isso, e uma parte deles sempre estaria lá.
Ambos acordaram, às vezes com medo de que ainda estivessem lá.
Era uma liberdade falar sobre isso com Barty, que o compreendia e sempre o aceitara, por mais estranho que fosse. É reconfortante saber que Barty teve lutas semelhantes.
Falar sobre isso na frente de uma multidão que esperava que ele fosse o puro-sangue, ex-Comensal da Morte, idealista fundamental que ele aparecia em pergaminho era embaraçoso. Ele não estava contando a Barty o que estava fazendo.
Além disso, porque sua última grande luta, aquela logo antes de Evan acabar em Azkaban, foi sobre Evan passar um tempo com Avery e seguir Byron Bailey.
Essa decisão arruinou suas vidas, e aqui estava ele, fazendo isso de novo.
"Não me faça pedir por isso", alertou Barty. Ele acenou com o queixo em direção a uma nota no manto que Evan havia escrito e, embora Evan tivesse escrito em várias notas e dito várias vezes, ele ainda sentia suas bochechas esquentando.
"Eu te amo", respondeu Evan.
Barty praticamente começou a brilhar, seu sorriso se espalhando, seus olhos suavizando, seus dedos tremendo onde eles agarravam Evan. Evan já havia dito a ele mais de cem vezes a essa altura, mas sua reação parecia ficar mais forte a cada vez.
Puxando-o, Barty pressionou-os juntos, sufocando o rosto na lateral do pescoço de Evan.
"Obrigado", Barty sussurrou.
"Pare com isso", Evan repreendeu. "Eu não te amo de propósito. Se eu pudesse escolher qualquer outra pessoa, eu o faria."
Barty empurrou para trás com um suspiro. "Bem, então, que bom que você nunca descobrirá que poção do amor estou lhe dando."
"Uma vez criminoso, sempre criminoso", respondeu Evan, sorrindo com o mesmo carinho.
Se fosse uma poção do amor, ele não pararia de tomá-la. E se ele pudesse escolher qualquer outra pessoa, não o faria. Foi libertador, amar Barty. Ele se sentia solto, aberto e seguro. Ele relaxou quando eram apenas os dois em seu apartamento. Livre.
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Beneath the Mask • {Barty Crouch/Evan Rosier}
Fanfic[Concluída] Já se passou quase um ano desde que Evan foi libertado de Azkaban e ele precisa seguir em frente com sua vida, mas é difícil quando ele é seguido por Aurores e pressionado por sua família a começar a trabalhar com Robert Goyle, enquanto...