Adora Point of View
Eu passei as mãos pelo meu rosto e tive vontade de gritar.
Ótimo, agora eu tinha menos dois pontos, minha melhor amiga irritada e a minha suposta esposa do futuro chateada. Eu decidi não me importar tanto com isso e fui até meu guarda roupa para arrumar tudo, isso tomaria meu tempo e assim eu não teria que pensar incansavelmente sobre o que fazer com elas.
A única coisa que me irritava mais do que perder o controle da situação era a voz de Madame Rizzo em algum lugar dentro de minha cabeça, gritando irritantemente como se fosse algo importante e não era.
Não tinha chance alguma.
Continuei a ignorar a voz chata em minha mente e segui arrumando minhas roupas peça por peça, eu estava desdobrando uma calça quando um papel meio amassado caiu de seu bolso.
Ergui a sobrancelha e me inclinei para alcançar o pequeno papel. O olhei atentamente antes de abrir e lembrei que Catra havia me entregado na noite anterior quando havia me deixado no dormitório.
Abri o papel e me surpreendi com a bela escrita à mão que havia alí.
“Não sei por quanto tempo você esperou que alguém olhasse para você, alguém que te visse como você realmente é. Com todas suas manias, defeitos, qualidades e esforços para ser sempre alguém melhor. Eu não conhecia a luz até conhecer você. Rezei pelo vazio, pela sensação de morte. E então você apareceu do nada. Você me salvou. A garota quieta da cafeteria. Você me disse uma vez que se sentia invisível. Isso é impossível, anjo, porque eu te vejo. Eu te vejo em todo e qualquer lugar que eu vou e me perco em seus olhos desde a primeira até a última vez que te vejo. Vejo você no nascer do sol, a maneira como as cores se estendem no horizonte. Eu vejo você em todas as estrelas, me mostrando as profundezas de como eu me perco em você são ilimitadas, infinitas e eternas. Meu coração é seu até eu dar meu último suspiro. Eu pretendo te mostrar por todos os dias da minha existência e até depois, o que você significa para mim. Eu vou amar você até a lua e de volta. Você nunca será invisível para mim, Adora. Como você poderia? Você é a única que eu vejo.”
Minhas mãos tremem quase incontrolavelmente enquanto leio a pequena carta. Sento-me na cama e leio mais uma dúzia de vezes, cada vez notando algo incrível e novo.
Como alguém pode amar outro ser humano tão profundamente?
Como Catra pode me amar tanto?
Não sei quanto tempo fiquei sentada, mas quanto mais o tempo passa, mais tenho o desejo inegável de estar perto dela. Eu me levanto, enfio o papel dentro do sutiã e me movo ate a porta colocando meus tênis de corrida. As palavras naquele papel estão se repetindo em meu cérebro e algo dentro de mim estourou. Eu saio em uma corrida completa, não me importando nem um pouco se tranquei a porta ou não, sabendo que Glimmer irá me matar quando eu voltar. Enquanto viro a esquina para seguir até a casa do lago e encontrar Catra, meu coração está localizado em algum lugar na minha garganta e por todas as borboletas que estou sentindo em meu estômago, eu deveria estar voando.
Corro escadas acima e bato na porta, com medo de que, se parar o meu impulso atual, eu irei desistir do que estou fazendo.
Catra abre a porta, uma expressão irritada em seu rosto até que seus olhos se voltam para mim e seu rosto expressa confusão
— Adora?
As lágrimas estão de volta pela segunda vez naquele dia, só agora, elas nascem de felicidade.
— Eu li - digo.
Ela dá um passo para trás para me deixar entrar e em um movimento que eu não sabia que era ousado o suficiente para fazer, agarrei seu rosto em minhas mãos.
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Turn Back Time - Catradora
RomanceATENÇÃO: Essa história foi postada primeiro no meu antigo perfil (Scantilly), atualmente inativo, todas as fanfics pertencentes a mim que foram postadas neste usuário serão repostadas aqui para controle único a partir de agora. ∆ Quando Adora deseja...