Chapter 11

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Adora Point of View

Ela nem mesmo pisca. Catra fica parada olhando para mim com olhos saturados de um certo tipo de admiração. O fato de que seus olhos estão fixados aos meus me deixa nervosa. Eu limpo minha garganta, colocando meus dedos na lateral do meu pescoço e permito que meu olhar caia sobre meus pés.

Eu sinto ela enrijecer sua postura.

— Então, anjo, o que você quer fazer?

Uma pergunta. Eu poderia pensar em centenas de coisas que quero fazer neste momento, principalmente em conhecer Catra Melog muito melhor. Meu corpo responde a ela de maneiras que nunca experimentei antes.

Eu mordo meu lábio, deslizo meus dedos do meu pescoço para o meu cabelo e o giro em uma tentativa triste de parecer sedutora.

Triste ou não, funciona, porque sou recompensada com um sorriso preguiçoso que se instala no rosto de Catra.

— Você vai perguntar o que eu quero fazer? Claro, vou jogar seu joguinho. O que você quer fazer, Catra?

— Você - Ela diz simplesmente — Eu quero muito você, Adora. Mas, infelizmente, você não está pronta.

— Como você saberia?

— Porque - afirma ela — sou a primeira. Essas coisas levam tempo.

— Não tenho certeza se quero esperar - Oh. Meu. Deus. Isso acabou de sair da minha boca?

Catra sorri

— Nem sempre conseguimos o que queremos. Isso não acontecerá até que você possa admitir para mim e para si mesma que está loucamente apaixonada por mim. Então, e só então, o momento será certo e eu prometo a você, isso vai ser perfeito.

— Você sempre sabe a coisa certa a dizer ou alguma vez tropeçou? Honestamente, houve uma única vez em sua vida que você pode se lembrar em que não estava tão confiante?

— Já houve muitos desses tempos, Adora. E eu os guardei no passado, onde eles pertencem. Agora. Sobre como vamos passar nossa primeira noite juntas. Há uma banheira de hidromassagem do lado de fora.

— Está brincando comigo

— Não mesmo, pode ver com seus próprios olhos

— Sério, parece o paraíso, mas eu meio que corri até aqui. Eu não trouxe nada.

— Então não use nada, não vou olhar.

— Até parece.

Ela levanta a mão, a palma para frente.

— Prometo. Eu prometi estar no meu melhor comportamento. Pretendo manter minha palavra.

— Tudo bem. Mas eu vou entrar primeiro. Eu tenho uma vantagem de cinco minutos.

— Tudo bem, Grayskull. Você quem manda

Ela aponta para o longo corredor.

— As toalhas estão no último armário. Você pode usar isso para esconder seus bens, que aproveitarei para dizer que já vi tudo e sei de todas elas perfeitamente

Eu rolo meus olhos e sigo para o corredor. Pegando uma toalha branca fofa do armário, eu sigo para o que eu posso presumir ser o quarto de Catra.

É tão simples, totalmente. Não o que eu esperava com base em sua personalidade estranha. Verdade seja dita, pensei que Catra teria uma coleção de lâmpadas de lava e pôsteres de música ou algo assim, mas não. As paredes são cinza-carvão. Uma cama plataforma envolta em um edredom cinza de aparência macia está situada contra um daquelas, flanqueada de cada lado por mesas de cabeceira com uma lâmpada em cada uma. Há uma incrível luminária que parece ser para enfocar parte do quarto e uma pequena lareira em frente à cama. Um tapete branco fofo está no meio da sala. É tão macio que tiro as meias para ficar em cima.

Turn Back Time - CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora