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Oi gente! Então, sobre a pergunta do cap anterior referente à história ter smut, eu decidi que não será explicito e sim apenas uma pequena descrição para que vcs entendam o que está acontecendo né hahah e também, terá sim  um cap extra sobre a sakura + chaewon mas será apenas mais para frente ok? 

Vocês viram que eu mudei a capa da história? Achei que a foto conceitual combinou com a fic e decidi trocar :) preciso me acostumar com ela... enfim, boa leitura e não esqueçam de comentar!


Kazuha estava pronta para a luta que acontecerá em cinco minutos. Suas mãos estavam envolvidas com bandagens e luvas de boxe e seu cabelo estava preso. Ela ainda conseguia sentir a dor de sua boca cortada pela luta anterior quando bebia um Gatorade azul, seu favorito.

Entrando no ringue ao lado de seu segurança e seu treinador, ela senta na cadeira que havia na ponta da estrutura e repassa o que deveria fazer enquanto ouvia o coach falar as mesmas coisas de sempre, coisas que ela já sabia. O homem coloca o protetor em sua boca e a manda levantar. Kazuha estava animada para àquela luta; lutaria com a maior lutadora da Coreia, Hwang Yeji. E teria o grande prazer de quebrar a sua cara.

Um homem forte e careca tira a cadeira de dentro do ringue antes de apitar para que a luta começasse. Nakamura pôde notar que a coreana estava sorrindo por baixo do protetor, o que a fez rir da inocência da mais velha de achar que poderia vencê-la. Quando a luta começa, elas tentam quebrar a guarda uma da outra, sendo a japonesa a mais esperta ao fingir que daria um soco em sua costela mas dando um direto em seu rosto.

Enquanto a luta andava, Sakura e Yunjin a recém estavam chegando e sentando em seus lugares. Huh ficou quieta o tempo todo enquanto sua amiga gritava e torcia para Kazuha toda vez que a japonesa acertava um golpe em Hwang. A coreana-americana não estava odiando aquele lugar ou entediada. A questão é; ela estava encantada. Mas encantada com o quê? Era o que Miyawaki se perguntava.

Após o término da luta, Nakamura Kazuha levanta a mão esquerda para comemorar mais uma grande vitória. Ela dá uma última olhada para Yeji, essa que estava no chão e, mesmo com todos os machucados e sangue, ela sorri para a mais velha. Hwang sorri de volta.

Ambas se conheciam há anos, desde que começaram a treinar juntas quando a japonesa foi treinar por alguns meses na Coreia do Sul. Não eram amigas mas sim pessoas que quebravam o galho toda vez que se encontravam por aí. Elas já haviam, antes mesmo da luta, marcado de sair para beber depois que Yeji "acabasse com a maior lutadora do Japão", palavras da coreana.

Mal sabiam elas que a noite seria totalmente diferente.

Descendo do ringue, Kazuha pega sua garrafa de água e bebe até o último gole enquanto ouvia os gritos da plateia ao andar para fora do salão. Ela logo vê Eunchae correndo em sua direção e a abraçando com cuidado devido às dores.

- Você foi ótima!

- Eu sei. – Kazuha responde, séria. A mais nova rola os olhos.

- Vai sair com Hwang hoje né? – a japonesa nem precisava responder. Eunchae sabia (e dava graças a Deus por isso) que era a única conhecida de Nakamura que não tinha rolos com ela.

- Pare de me julgar.

- Não estou. Só acho que um dia você vai acabar se apegando a alguma delas.

- Deus me livre. – Kazuha faz uma careta e a mais nova ri. – Se apaixonar é para os fracos e eu sou lutadora de boxe. Não posso ser fraca.

- Então nem vou te contar o que tinha para dizer... – a coreana finge estar distraída com algo nas suas unhas quando vê a cara brava da amiga.

- Desembucha, filhote.

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Sakura estava muito feliz, parecia uma criança na noite de Natal. Já Yunjin... ela estava pensativa. Miyawaki não deu muita bola para sua quietude, apenas continuou tirando fotos do ringue e sorrindo abertamente. Elas estavam sentadas do outro lado de onde vinham as lutadores, ou seja, lado contrário do corredor. Aquilo dera vantagem para Huh naquele momento pois algo a dizia para olhar para cima e, quando a coreana levantou a cabeça, viu uma menina com cara de bebê apontando para si e ao lado dela estava o motivo de sua distração.

Nakamura Kazuha.

Para a infelicidade de Yunjin, a lutadora a encarava com uma cara indescritível, algo que nem ela como escritora poderia descrever. Os olhos grandes da coreana-americana se encontram com os pequenos da japonesa e, para Huh, era como se os gritos do estádio cessassem naquele mesmo instante. Sakura estava falando, assim como a menina ao lado de Kazuha. Mas nenhuma das duas conseguia escutar.

Miyawaki olha para a mesma direção e surta ao ver Nakamura Kazuha, a maior lutadora do Japão, olhando para o lugar onde elas estavam sentadas. Sakura começa a chacoalhar sua amiga no mesmo instante o que a faz acordar de seus devaneios.

- Huh Yunjin! Ela está olhando para nós! – Yunjin parecia envergonhada.

- Eu vi. – ela se levanta e começa a andar na direção da saída.

- Como você pode não estar surtando?! Ela é... – Huh a corta.

- Não me interessa quem ela é, apenas me leve embora daqui.

Foi naquele momento que Sakura percebeu que havia algo errado com sua amiga. Ela nunca agia daquela forma, muito menos com a japonesa. Sabia que algo havia acontecido lá mas, como a boa amiga que é, não quis tocar no assunto e apenas pegou sua moto e levou Yunjin para casa.

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Haviam se passado algumas horas desde o fim da luta e Hwang Yeji já estava sentada na frente de Kazuha. Ela estava falando sobre algumas baboseiras que a japonesa não ligava, mas estava achando estranho aquele papo todo pois normalmente elas mal conversam sobre suas vidas pessoais.

Todas as relações de Kazuha, menos a com Eunchae, eram assim. Eram mais carnais. E ela não poderia se importar menos. A japonesa não fazia isso por maldade, apenas achava que se desse importância para os papos, poderia acabar criando sentimentos que ela não desejava ter.

Após uma meia hora da coreana falando praticamente sozinha, recebendo curtas respostas de Nakamura, Kazuha corta as falas alheias e seus próprios pensamentos quando diz a coisa mais idiota e embaraçosa que já disse em toda sua vida;

- Eu não quero transar hoje.

A fala pega Yeji e até mesmo a japonesa de surpresa. Mas a coreana apenas sorri, apesar de estar envergonhada e assente com a cabeça antes de responder verbalmente algo que Kazuha não imaginava ouvir.

- Eu sei. – ela ri da cara confusa de Nakamura, essa que arruma a postura e fecha a cara quando ouve o restante da frase. – Eu vi você olhando para àquela moça no final da luta. Quando eu estava saindo do ringue, te vi fissurada em algo. Minha curiosidade foi mais alta. – a outra continua em silêncio. – Sabe, Kazuha, nossa relação sempre foi carnal mas você nunca me olhou com tanto desejo assim.

- Assim? – ela finalmente fala algo.

- Assim como olhou para ela.

Kazuha bufa.

- Eu não sei o que te dá tanto medo no assunto mas... não seja assim. – elas se encaram. – Você é fria, sai da cama sem dizer nada e vai embora. Eu não te culpo, você faz isso para não criar sentimentos e não ser machucada. Mas, saiba de uma coisa; você pode até não ser machucada, mas vai acabar machucando alguém se continuar assim. – Yeji ri e dá uma pausa. – É até irônico dizer isso para uma lutadora, não acha?

- Eu acho que você fala demais. – curta e grossa, Kazuha apenas coloca seu casaco e vai embora, deixando uma Yeji preocupada para trás sabendo exatamente como essa história termina. 

A luta é dela - Kazuha+YunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora