DARK SIDE ~ (SADIE SINK)

CAPÍTULO 10

                        S/N WATSON POV

-- Vem, sobe. -- Peço a garota para que suba em minhas costas.

-- E se você me derrubar? -- Ela pergunta.

-- Eu sou incrivelmente forte, olha só meu bração, olha, olha. -- Mostro o braço, fazendo ela rir.

-- Tudo bem, Incrível Hulk. -- Sadie diz, subindo em minhas costas. Seguro em suas duas coxas, e começo a andar pelo estacionamento do restaurante, com destino ao meu carro. -- E o pião vai começar a girar e...

Começo a girar, fazendo Sadie rir e me segurar mais forte.

-- Vamos cair assim, boba. -- Ela diz, em meio as risadas.

-- Eu nunca deixaria você cair. -- digo, e ela segura em meu rosto, me dando um selinho.
Continuo andando até o carro, e ao chegar, a coloco no chão.

Ao passar as mãos pelos meus bolsos, percebo que as minhas chaves não estavam comigo.

-- As chaves do carro estão com você? -- Sadie procura em sua bolsa, mas não encontra nada.

-- Não. Mas espera, eu lembro que você colocou em cima da mesa quando foi ao banheiro, deve ter esquecido lá, não?

-- Droga, é verdade. -- digo, me lembrando. -- Eu vou lá buscar, me espera aqui.

-- Não, deixa que eu vou. -- Sadie diz.

-- Eu vou buscar, não quero que canse. -- digo. -- Prometo que não vou demorar, está bem?

Ela suspira e assente.

-- Não vai sentir saudades, hum? -- digo, enquanto caminho até o elevador.

Ouço sua risada.

-- Não vou. -- ela diz, sorrindo enquanto olha eu me afastar.

-- Vai sim. -- Digo, antes de apertar o botão para o último andar. -- Eu te amo.

Sussurro para que ela leia meus lábios, e ela entende, já que sorriu largo antes da porta se fechar.

Ao chegar no último andar, vou até a mesa que antes estava ocupada por mim e pela Sadie.

-- Você está aí. -- Digo, pegando as chaves de cima da mesa. Às coloco no bolso e me viro, caminhando em direção ao elevador, mas paro ao sentir meu celular vibrar. Sorrio ao ver a chamada da Sadie.

-- Eu disse que iria sentir saudades. -- Digo, sorrindo, mas meu sorriso vai diminuindo ao ouvir uma respiração pesada. -- Sadie?

-- Não é a Sadie. -- Uma voz diz, não era a voz da Sadie, era aquela voz robótica do telefone que falou comigo há uns meses atrás.

-- Quem está falando? E onde está a Sadie? -- pergunto, me alterando.

-- Calma, Watson, a Sadie está muito bem aqui comigo. -- Diz. -- Ela se debateu muito quando a agarrei por trás, ela é bem forte.

-- SE VOCÊ TOCAR EM UM SÓ FIO DOS CABELOS DELA, EU VOU MATAR VOCÊ, SEU DESGRAÇADO. -- Grito, ouvindo sua risada.

-- Oras, Talvez você tenha a chance de provar que é uma verdadeira Ghostface, como o seu papai. -- Ele diz. -- Me encontre no lugar onde tudo terminou, e venha sozinha, ou irá encontrar o corpo da sua namoradinha estraçalhado por todos os lados.

Ele diz, antes da ligação cair.

Corro em direção ao elevador, apertando várias vezes o botão, na tentativa de fazer as portas se fecharem mais rápido.

-- Vamos, vamos. -- Elas se fecham, me levando de volta para o estacionamento.

Corro até meu carro e tiro as chaves do bolso, destravando o mesmo e logo entro.
Coloco a chave na ignição e giro, logo dando partida no carro.

-- Onde tudo terminou... Onde tudo terminou. -- repito as palavras, tentando entender o que ele quis dizer. -- MERDA.

Bato com força no volante, eu só conseguia imaginar o que a Sadie estava passando nas mãos daquele desgraçado, e eu não vou me perdoar se algo acontecer a ela, não de novo.
Eu não conseguia entender o que ele quis dizer com aquilo, eu não estava conseguindo raciocinar naquele momento, então, só dirigia pelas ruas da cidade, esperando que um milagre acontecesse e eu conseguisse entender a pista que ele me deu, mas nada passava pela minha cabeça.

-- Espera... -- freio o carro. -- Onde tudo terminou... Onde tudo terminou para o meu pai, onde ele acabou morrendo tentando fazer sua última vítima.

Abro o porta luvas, tirando de lá um jornal velho, onde havia a notícia do serial killer morto há uns anos atrás.
Abro e começo a ler, tentando encontrar algo que me ajude a achar a Sadie.

-- É isso, o museu abandonado. -- pego o endereço e jogo o jornal no banco ao lado, acelerando o carro. -- Eu vou te encontrar, Sadie, eu prometo.

Prometi para mim mesma.

Eu toda tensa escrevendo, me senti lá dentro.