capítulo 1: Seu José

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Lá estava eu, caminhando por meio do festival das nações unidas, que celebravam o dia que o continente tinha entrado em paz após mil anos de guerra.
Enquanto caminhava entre as barracas de comidas e jogos ( nas quais eu parei na maioria) eu escuto uma voz rouca .
—venha cá minha jovem, e venha jogar e talvez conseguir ganhar esse belo anel.
Olhei em volta pra vê se realmente era comigo que o velho homem estava falando, até que uma criança me puxa pelo braço -venha, meu pai está de convidando pra jogar na nossa barraca – disse o menino enquanto me puxava na direção de seu pai
Venha, não tenha vergonha – disse o velho homem.
Que tipo de jogo é ? – perguntei.
É um tiro ao alvo com arco e flecha, se acertar os três alvos diferentes, você irá ganhar esse belo anel, feito de pedra vulcânica.
O anel era lindo, que me fez querer participar, porém algo não parecia certo, como ninguém até agora conseguiu acertar os alvos, tinha duas possibilidades, o velho estava trapaceando, ou era muito caro pra participar.
Pensei um pouco e tomei a minha decisão.
- quanto que é pra participar ? – perguntei ao velho .
- são 20 moedas de pratas, e aliás como se chama minha jovem?
- a meu nome é noelle, e o do senhor?
- meu nome é José, vai querer participar?
Com um pouco de receio por gastar minhas últimas moeda de pratas ( que aliás era meu único dinheiro), num jogo que podia ser muito bem uma furada, mas acabei aceitando, pois conseguirá fazer o dobro vendendo aquele anel.
-quais as regras seu José ? Perguntei
- são simples, não pode passar dessa linha a sua frente, são apena três tiros, e a última não é bem uma regra, mas sim que não fazemos devolução após o primeiro disparo.
- são justas, então irei participar.
Enquanto o filho do seu José preparava os alvos, muitas pessoas se juntaram em volta  de uma mesa que o seu José tinha ao lado pra fazer apostas, de quantos alvos eu acertaria, graças minha postura confiante e os alvos relativamente fáceis, a maioria apostou que eu aí acertar todos os alvos.
Após seu José e seu filho terminarem todos os preparativos, foi me entregue um arco e três flechas.
- quanto quiser senhorita noelle – disse seu José com um sorriso no rosto.
Me preparei e respirei fundo, disparei a primeira flecha acerto facilmente o primeiro alvo, fazendo todos gritarem no meu ouvido.
- só mais dois alvos- disse seu José com um sorriso nervoso agora, além de ter feito um gesto estranho porém, ignorei e me concentrei no alvo.
Quanto disparo a segunda flecha algo move o alvo de lugar, rapidamente e enfurecida disparo a terceira acertando o que que fosse aquilo.
- Aaaaaaaaa minhas mãos- gritou uma voz familiar –
- MEU FILHO, O QUE DIABOS VOCÊ FEZ COM ELE ?!!!!- gritou com ódio seu José e saindo correndo para ajudar seu filho.
Corri atrás dele pra alcançar ele, não foi uma tarefa difícil já que ele já era  velho, quanto cheguei nele segurei a cola da camisa dele.
- então era esse o golpe seu velho, agora seu filho está com uma flecha nas mãos, não era mais fácil ser honesto?- perguntei ao seu José com uma voz calma, porém nervosa ( como sua mãe faz para fazer você confessar  a besteira que fez, mesmo ela sabendo ).
- Me solte sua vadia louca, se vc não me soltar irei de matar aqui mesmo, e dar sua tripas para os porcos comerem.
- então venha tentar velho!- disse ao empurra-lo para trás impedindo chegar até seu filho.
Seu José logo tirou uma faca de sua cintura e saiu correndo em minha direção tentando me apunhalar na região do peito.
No que ele chegou próximo desviei para o lado e pegando em seu braço o arremessando novamente na direção oposta.
- que foi seu velho tolo, está tão senil que não consegue nem atacar a pessoas que machucou seu filho? – disse debochando do velho enquanto ele se levantava.
Enquanto eu debochava do velho homem sinto algo quente em mim, quando olho pra trás era o filho do homem com lágrimas nos olhos com a flecha que atirei nele agora encravada em minhas costas.
- Sua criança desgraçada! Gritei com enquanto o pegava pelo pescoço.
- pare não faz nada com ele, ele só estava seguindo minhas ordens.-gritou o velho enquanto se ajoelhava aos meus pés.
-É tarde de mais velho, um de vocês dois tem que pagar, se não no futuro irão voltar a repetir a mesma burrice de aplicar golpes em quem não deve.
- por favor, eu faço qualquer coisa que pedir, mas nos deixa ir, prometemos a parar de aplicar golpes.
- tudo bem, deixarei um de vocês irem, o outro irá morrer em minha mãos.
-  mate essa criança, certeza eu......- interrompi  o velho com um chute no estômago que o fez cuspir sangue na mesma hora.
- O QUE CARALHOS VOCÊ AI DIZER NA FRENTE DE SEU FILHO? MESMO QUE VOCÊS ESTEJAM PASSANDO POR DIFICULDADES ISSO NÃO É ALGO QUE UM PAI DEVIA FAZER. – gritei de raiva, me fazendo jogar a criança longe e sentando em cima do velho para socar sua cara.
- VOCÊ POR ACASO SABE COMO UMA CRIANÇA SE SENTE AO OUVIR O PAI DIZER DAIS PALAVRAS? SABE COMO DOI DESCOBRIR QUE SEU PAI NÃO O AMA? SABE COMO DOI SER VENDIDA POR SEU PAI? PESSOAS COMO VOCÊ DEVEM MORRER DA PIOR FORMA POSSÍVEL SEU VERME ASQUEROSO. – gritei enquanto lágrimas escorria do meu rosto por me lembrar do meu passado, enquanto esmurrava a cabeça do homem até mesmo após abrir seu crânio e seu cérebro ter saido para fora e voado pedaços de carne e sangue no meu rosto e no gramado em volta.
Após começar a escorrer o sangue da cabeça do seu José o público entrou em desespero, gritando assassina, bem, não os julgo, logo no centésimo ano de comemoração da paz do continente, alguém soca o crânio de alguém até o cérebro sair pra fora.
Quanto parei de socar o crânio, olhei em volta vi o menino morto após se suicidar batendo sua cabeça em uma pedra.
- você fez a escolha certa garoto, queria ter essa sua coragem quanto era da sua idade – disse enquanto limpava o sangue e as lágrimas no meu rosto enquanto desviava a visão olhando para cima.

O demônio carmesin Onde histórias criam vida. Descubra agora