O demônio carmesin

CAPÍTULO 8: Mamãe é foda

Durante os poucos segundo que ficamos nós beijando um som de algo caindo vem de perto dos armários, fazendo a Sally afastar de mim.
- Desculpa, agi por impulso, eu.... Eu não deveria ter feito isso Sally – disse arrependida, porém, com um sorriso estampado na minha cara.
Sally me ignorou por completa virando as costas para não olhar para mim, quanto coloquei uma mão em seu ombro, ela me deu um tapa na minha mão – ok, ok você não quer falar então tá tudo bem, só me desculpa pequena – disse  enquanto me afastava agora me sentindo péssima por ter beijado ela meio que a força.
- Desculpa a demora meninas, tive um probleminha em achar os roupões, arrumar roupas novas pra vocês e jogar fora as velhas  – disse Bianca se aproximando da onde nós duas estamos.
- eu já vou indo e não vou comer desculpa – disse Sally ao se levantar e sair às pressas dali sem sequer tá uma olhadinha para trás .
Sally logo pegou um roupão e roupas novas que Bianca tinha separado para ela e saiu correndo em direção para o quarto estamos antes.
- O que você fez pra deixá-la assim noelle ? Disse Bianca cruzando os braços e batendo repetitivamente um dos pés no chão, enquanto me encarava totalmente nervosa.
- Eu...... Não foi nada- disse enquanto baixava a cabeça.
Bianca tá um longo suspiro – tudo bem, se não quer falar então deixa isso para lá, vejo que você tá arrependida e isso é o que importa.
- obrigado por entender .
- agora vem aqui pra eu lavar essas suas costas que pelo visto nem você e nem ela lavaram as costas uma da outra. Disse Bianca enquanto entrava na água.
- não precisa senhora Bianca, eu já vou sair também. Disse ao me levantar pra sair da água, no que passo pela Bianca, ela segura meu braço e diz – venha aqui mocinha, deixa ela quieta um pouco, não vai adiantar você ficar no pé dela agora, ela só vai ficar com mais raiva de você noelle, então fique e me faça companhia.
Dou um longo suspiro e me sento de costas em silêncio, para ela poder lavar minhas costas enquanto chorava enquanto pesava na besteira que eu fiz.
- droga noelle, por que foi fazer algo assim novamente ? Agora mais um vez você tá afastando uma amiga por idiotice sua, acho que  eu devia ficar sozinha nesse mundo mesmo, tudo que faço sempre acaba machucando os outros a minha volta, como fiz muito tempo atrás – discuti com migo mesma em minha mente, que Bianca joga água na minha cabeça.
- hora, achei que você tinha escutado e percebido que eu estava lavando seu cabelo.
- não foi nada, deixa eu fazer o mesmo por você.
Disse tentando esconder minha cara de choro dela.
- sabe noelle, por algum motivo eu vejo em vocês duas as filhas que nunca tive, então se quiser me contar o que vem afligindo você além do que acabou de acontecer, pode me dizer- disse Bianca com sua voz calma e tranquilizadora
Dou um longo suspiro e começo a dizer – sabe, quanto eu era pequena minha mãe morreu e só ficou eu e meu pai, ele era um bom pai, mas após algum tempo ele começou a beber e apostar e me tratar bem mal, até que ele me vendeu pra um nobre que queria me estuprar, lutei com ele e acabei cortando seu olho que o fez ficar com raiva e fez essa cicatriz em meu rosto – disse enquanto vai p passava a mão na cicatriz do meu olho esquerdo, que me fez parar por um momento para segurar o choro, enquanto Bianca só esperava calmante sentada de costas para mim, mesmo não tanto mais lavando suas costas.
- depois que ele fez o corte, ele abaixou as calças e abriu minhas pernas, no que foi tentar me violentar, uma mulher alta de cabelos loiros apareceu e atravessou sua espada no peito do homem, pegando ele no pescoço e puxando ele pra trás enquanto removia a espada dizendo .
- Finalmente te achei canalha, enfim todas aquelas garotas e mães que sofrem por você e seu culto demoníaco, podem ir descansar em paz. Disse a mulher enquanto cortava a garganta do homem, após jogar a cabeça dentro de um saco, ela se aproximou de mim com um sorriso no rosto estendendo sua mão e  dizendo que seu nome era Leona vermillion, que após todo esse evento ela me adotou e me criou e treinou, porém meses atrás ela foi morta por alguém na minha frente e não pude fazer nada, só escutar ela dizendo para eu em direção ao norte e me encontra com Ragnar, um velho amigo dela, que ele aí me proteger e me ajudar, ela devia saber que eu aí querer vingar ela e por sorte consegui fugir e tem o que aconteceu hoje, que bem,  vamos deixar isso pra outra dia ok - disse suspirando após terminar, Bianca se vira pra mim com lágrimas nos olhos e ao fundo vejo um vulto passado, mas devia ser nada, não tinha mais ninguém ali.
- Noelle, não sabia que era você a criança que a doida da Leona tinha adotado e nem que ela tinha morrido, desculpa. Disse Bianca enquanto me abraçava com força.
- vo..... você conheceu minha mãe ?. Disse supressa
- sim, muito tempo atrás ela e meu marido e mais um grupo de pessoas trabalharam juntos pra acabar com um....- parou de disser Bianca enquanto olhava pra cima .
- com um o que ?
- tem coisas que não podemos dizer o que é, pois só de mencionar podemos atrair tal coisas até nos, vem, precisamos  ir até o norte, para nós encontrar com Ragnar. Disse Bianca seria agora enquanto me puxava pra fora, que não foi algo difícil, ainda estava pasma em saber que Bianca e Travis conheceram minha mãe Leona, que dizia não ter amigos e poucas pessoas saberem quem ela era.
Bianca trouxe roupas novas pra mim e para Sally, mas como ela saiu correndo só de roupão acabou que não consegui ver como ela tinha ficado com as roupas novas,  já para mim Bianca trouxe um camisa folgada que deixava parte da minha barriga a mostra, duas faixas, uma para colocar próximo aos peitos e outra para colocar na cintura e uma calça preta.
- sabia que aí ficar bom em você esse conjunto de roupas em você noelle. Disse Bianca segurando um espelho em minha frente.
- obrigada, espero que não tenha gastado muito com essas roupas.
- que nada, são roupas da sua mãe que deixou aqui da última vez que veio
Saber disso me fez querer guardar essa roupa em vez de usá-la, que finalmente eu tinha alho pra se lembrar dela, mas não tinha o que fazer, minhas roupas velhas estavam toda rasgada e fedendo a urso morto.
Caminhamos até o quarto que a a Sally estava para chamar ela para nós preparar para a viagem, ela insistiu em não abrir a porta, porém a  Bianca a convenceu a Sally de deixar só ela entrar, enquanto eu atrás do  Trevis para avisá-lo da situação que nós encontramos.
Fui correndo até a oficina dele a onde Bianca disse que ele taria, bem  e lá estava ele terminando de arrumar as coisa de sua oficina após a explosão, aparentava está feliz enquanto polia a última espada de seu estoque que estava fora de lugar .
- Bela espada, foi você que fez?. Disse enquanto me aproximava de vagar, fazendo o anão desferir um golpe de espada em minha direção, que por sorte consegui desviar sem problema algum.
- sua mãe não te ensinou que não se teve assustar uma pessoa armada ?. Gritou Trevis enquanto olhava se não tinha sangue na espada, tanto um suspiro de alívio ao ver que a espada estava limpa.
- bem, acho que você sabe como minha mãe era, então você sabe que teve ter me ensinado a fazer esse tipo de besteira. Disse fazendo um sinal de deboche
- como assim conheço sua mãe ? A explosão fez você ficar maluca foi menina ?
- leona vermillion, eu sou a pirralha que ela adotou.
No que termino de falar, Trevis derruba a espada no chão e fica de boca aberta com o que eu disse .
- como ? Não esquece as loucuras da quela louca não me interessa, como que ela está ? Da última vez que eu a vi a uns 12 anos atrás ela me pediu pra fazer umas coisa e depois nunca mais a vi ?. Disse Travis me tanto uns tapinhas nas costas enquanto me conduzia até às cadeira da sua bancada.
Expliquei o que ocorreu com minha mãe a alguns meses atrás e o que a Bianca disse a mim e enquanto contava tudo, a expressão de felicidade de Travis se tornou cada vez mais sombria.
- Bem, temos que partir agora mesmo, antes que seja tarde..... Interrompeu Travis como se o que ele fosse dizer iria trazer algum tipo de energia ruim- vamos garota, me ajude a preparar a carruagem e irei entregar a herança de sua mãe pra você, agora esse pedido estranho finalmente fez sentindo pra mim. Disse Travis enquanto puxava um baú atrás do piso falso abaixo de sua bancada.
- tá olhando o que ? Vem me ajudar logo, isso aqui tá pesado
- a sim, tô indo
O baú era extremamente pesado, parecia está lotado de ouro dentro, que não estava errada, realmente o baú tinha moedas de ouro até o topo e com um colar de presa.
- pera, o pedido da minha mãe era um colar ? Pelo menos ela deixou um baú de ouro pra mim.
- não sua imbecil, o ouro é o pagamento pelo colar e o que está no fundo, vá pegar que não alcanço.
-  certeza que não tem troco não?. Disse enquanto pegava o que fosse que estivesse enrolado naqueles panos.
- você vai ver que valeu cada moeda quando ver criança.
Ao desenrolar os panos, vejo meu próprio reflexo não num espelho, mas sim numa bela espada de Prata, com a guarda feita bronze e com um rubi no pomo do cabo.
- É...é.... Linda. Disse segurando a espada com todo cuidado do mundo com a boca aberta.
- Obrigado, eu mesmo que fiz, deu um baita trabalho fazer essa lâmina de prata sagrada
- prata o que ?
- Prata sagrada, o mesmo metal utilizado pelas caçadoras da deusa Ártemis, tá qual sua mãe fazia parte.
- cara, minha mãe era outro nível, tem mais alguma coisa que eu deva saber dela ?. Perguntei como forma de deboche
- tem sim guria, esse colar aí, sua mãe pegou do próprio Hércules a pressa do leão de nemeia para eu poder fazer, e ela me arrumou todo os matérias mágicos pra essa espada aí, vira uma lança de forma mágica só com o desejo do portador do colar. Disse Travis com um enorme sorriso sarcástico no rosto.
Só de imaginar todas essas coisas fez minha pressão cair, me fazendo cair que nem bosta no chão, mas lógico, sem deixar a espada mágica de Ártemis cair.
- ok, só vamos arrumar a carruagem pra sairmos o mais rápido possível, se a senhora Bianca chegar e nos ver aqui ela vai ficar uma fera e querer nos matar.
Trevis só acenou com a  cabeça enquanto me jogava a bainha da espada e uma outra espada comum enquanto corria pra pegar e levar as coisas necessárias para a viagem