CAPÍTULO 5 : Revista na entrada

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Enquanto nós duas caminhava pela trilha a caminho de uma cidade próxima, começo a falar com a Sally sobre as coisas que ela disse para mim mais cedo.
- Sally, o que são exatamente essas feras mágicas?
- Sério que você não sabe o que são noelle? – disse enquanto me encarava com uma cara que aquilo era um senso comum.
- Não, passei muito tempo sem conhecer como realmente é o mundo, as únicas coisas que sei são histórias, por isso feras mágicas e magia são algo totalmente novos para mim- falei meio para baixo, por mostrar um lado vergonhoso meu para a Sally.
- me des......desculpa noelle, eu não sabia, achei que você já tinha enfrentado essas feras várias vezes, já que matou uma com tanta facilidade, ainda mais sendo um urso negro de grau 8 – disse a Sally enquanto olhava pra baixocom o rosto vermelho e batendo os indicadores um no outro.
- relaxa Sally, eu que devia me desculpar, por fazer cuidar das minhas feridas deis que começamos a andar juntas, então, vai me explicar ?
- é o mínimo que posso fazer por você me ajudar a fugir e é claro que irei explicar.
Sally começou pelas feras mágicas, são criaturas que conseguiram evoluir com ajuda da mana da natureza, e são classificadas de ordem decrescente, de 10 a 1, passando de 1 já são consideradas criaturas divinas, que não se envolvem  com o reino mortal.
Já a magia é algo que alguns “humanos” ( qualquer raça humanoide, que é outra coisa que me surpreendeu),  tem em seu interior, porém só alguns conseguem interferir na mana natural do ambiente para realizar os feitiços.
- Ok, é muito informação pra minha cabeça, só uma última pergunta, eu vou conseguir usar magia? Disse empolgada, já que sempre desejei soltar uma bola de fogo, ou arremessar uma raio.
- desculpa Noelle, não sei dizer, precisaria tirar essas algemas para poder sentir o fluxo de mana em você- disse Sally com uma voz triste.
A abraço enquanto caminhamos e falo para se acalmar, chegando na próxima cidade iríamos remover essas algemas e arrumar um carona até o norte.
Após algumas horas de  caminhada e jogando papo fora, nós finalmente chegamos em uma pequena cidade.
- vamos Sally, finalmente vamos poder tomar um banho decente, e tirar essas drogas de correntes de você- disse animada enquanto a puxava pela mão, ela parecia querer me dizer algo, mas por algum motivo ela parecia ter ficado com vergonha.
Chegando no portão da cidade, avia dois guardas fazendo uma revista de quem entrava e saia da cidade, os dois pareciam suspeitos, porém nós duas decidimos ir assim mesmo, pois estávamos cansadas de tanto caminhar até aqui. Entramos na fila e esperamos a nossa vez chegar, nesse meio tempo reparei que os guardas eram corruptos.
Chegando nossa vez, a Sally parecia meio nervoso, segurei em sua mão e disse – vai ficar tudo bem pequena, não deixarei ninguém  machucar você- disse com uma voz calma .
- obrigada noelle, e desculpa por arrumar problemas pra você – respondeu Sally com a voz trêmula – Sorri pra ela e seguimos em frente.
- Boa tarde  senhoritas, qual o motivos de duas belas donzelas quererem entrar na cidade? – falou um dos guardas enquanto o outro registrava outras duas pessoas.
- estamos de passagem, queremos só encontrar uma pousada e se algum comerciante vai as terras do norte- respondi o guarda.
- entendo, duas viajantes sozinhas, não tem nem um *homem* para proteger vocês?
- E eu lá tenho cara que preciso de um “homem” pra me proteger ? – disse levantando a voz.
- calma noelle, desculpa pelo temperamento dela, ela está só nervosa com a viagem, acabamos de quase morrer pra um urso- falou Sally me segurando pelos ombros.
- você tá certa pequena, me desculpa – disse sem perceber, pois não tinha vontade alguma de me desculpar
- tudo bem senhorita, é normal algumas pessoas se comportarem assim, agora por favor, vamos ali pra fazer a revista.
Fomos até a parede, na onde ele nós fez ficar de costa na parede, quase pulo na garganta dele, pois certeza aquilo era algum tipo de armação para nós, porém a Sally percebeu que eu estava preste a fazer e disse.
- não importa o que aconteça, não ataque o guarda na revista noelle, podemos não conseguir entrar- disse Sally enquanto íamos até a parede.
- vou tentar, depende dele.
- me prometa- disse Sally emburrada, estranhamente aquilo me deu um aperto no peito.
- ok ok, por você, eu prometo – disse enquanto virava o rosto pra esconder minha cara envergonhada.
O guarda começou a me revistar primeiro, começou passando as mãos nas minhas costas,   desceu pra a cintura ( de forma um pouco pervertida, porém com a promessa que fiz deixei passar) – humm o que é isso ? – disse o guarda pegando na espada escondia debaixo da pele do urso.
-  é uma espada tá vendo não ?
- engraçadinha, eu sei que é uma espada, me diz pra que você usa ela ? – falou o guarda levantando a voz.
Sally fez um sinal pra eu me acalmar, respirei fundo e respondi – é pra me proteger de criaturas, animais selvagens e bandidos na estrada- falei da forma mais calma possível, mesmo querendo cortar a cabeça dele fora .
- entendo, então vamos continuar.
Ele revistou minhas coxas novamente de uma maneira estranha, tirou as mãos e derrepente, começa a apalpar minha bunda.
- Ei o que caralhos você tá fazendo ?- gritei estremame irritada, pronta pra socar a cara dele.
- procedimento padrão senhora, posso fazer nada – disse o guarda enquanto tava os ombros .
- se você ousar fazer algo assim de novo eu de mato seu tarado desgraçado.
- vamos continuar, Tire os sapatos pra vê eu ver que não tem nada dentro deles – falou o guarda me ignorando completamente.
Direi os sapatos e viu que não tinha nada então ele me diz – se vire de frente, pra eu continuar – olhei pra Sally fazendo sinal com os lábios que eu aí mata-lo se ele fizesse algo comigo de novo.
Começou a tocar minha pernas pra vê se tinha nada na parte da frente, até que começou a chegar próxima da minha virilha e continuou subindo,  fechei os olhos e virei a cara de lado, mesmo totalmente desconfortável com a situação, mas a promessa que fiz para a Sally era mais importante do que eu.
Derrepente escuto um som de um tapa e a Sally falando – pare, não tá vendo que ela tá totalmente desconfortável ? Isso de modo algum é um procedimento padrão de revista – disse Sally totalmente nervosa, estranhamente achei fofo ela me protegendo
- o que diabos uma escrava como você está falando ? Se ponha em seu lugar sua puta  - disse o guarda.
Após ele terminar de falar, logo aí socar a Sally, que se encolheu pra tentar se proteger, quanto ele aí chegar perto dela eu seguro o seu braço e o encaro – você pode tentar me assediar, porém não  mecha com ela, se não eu o mato aqui mesmo e quem caralhos venha te ajudar, então que tal você pegar essa presa de urso negro e nos deixe passar sem essa maldita revista hein? – disse com um sorriso ameaçador enquanto apertava cada vez mais o braço dele.
-  Uma? Você acha que sou otário ou que ? Duas, uma pra deixar vocês passarem e a outra pra compensar o “ meu braço quebrado “.
- tudo bem então – quebro o braço dele e jogo as duas presas nos pés dele, ignorando os gritos de insultos dele,  pego a Sally no colo,  que estava no chão encolhida chorando – calma Sally, ele não vai mais fazer nada a você, já passou- disse enquanto limpava as lágrimas em seu rosto .
- verdade? – disse Sally enquanto soluçava por causa do choro.
- sim minha pequena, agora vamos tirar essas algemas e tomar um banho pra não confundirem você com uma escrava novamente.
Sally fez que sim com a cabeça antes de encostar o rosto em meu peito pra esconder que estava chorando ainda .

O demônio carmesin Onde histórias criam vida. Descubra agora