My Fucking Love History

Não há nada que eu possa fazer, a não ser me envolver!

* DANILO *

- Porra Diogo, como assim aquele filho da puta conseguiu de novo?? - andava de um lado para o outro pelo meu apartamento, segurando o celular em uma mão enquanto bagunçava meu cabelo e alisava a barba com a outra, em sinal de agitação. Eu estava extremamente nervoso!

- É Danilo, o desgraçado apresentou uns documentos de merda, que deve ter falsificado, e agora o processo emperrou mais uma vez!

- Caralho! Velho desgraçado! Se eu pego esse arrombado...

- Eu sei, eu sei, já imaginei mil formas de tortura pra ele também. Mas vai dar certo, ele só tá fazendo isso pra ganhar tempo. Falta pouco, logo logo nosso projeto vai decolar e nós vamos foder com a vida dele! Agora eu preciso ir, o show vai começar.

- Já deu certo! Beleza cara, vai lá, boa sorte velho, quebra tudo aí!!

Finalizei a chamada, mas continuava acelerado. Caramelo me analisava sem entender muito bem a situação.

- É garoto, por isso deve ser bom ser cachorro. Não precisa aturar esses cornos que não tem uma mulher pra transar e ficam infernizando a vida dos outros!

Ele ergueu as orelhas ao ouvir seu nome e me olhou atentamente como se estivesse entendendo tudo o que eu falava.

Acendi um charuto para relaxar, ajeitei meu roupão e resolvi jogar um pouco de videogame, na tentativa de distrair minha cabeça e desfocar daquele problema recém informado por Diogo que estava consumindo a minha paz.

Após pouco mais de uma hora, percebi que foi uma estratégia mal sucedida. Peguei meu celular novamente, lembrando da ausência de alguns amigos na cidade, além de ainda não ter resolvido minha recente indisposição com Camila e estar sem um pingo de vontade para mudar essa situação por enquanto. Pensei em uma pessoa e, após alguns toques, ouvi sua voz do outro lado da linha.

- Oi meninão, o que aconteceu? - Melissa atendeu a ligação e percebi que ela estava em algum lugar movimentado, dava para ouvir vozes de outras pessoas ao fundo.

- Oi Mel! Aconteceu que hoje é sexta-feira e eu queria saber o que você está fazendo de bom - ouvi ela rir, dizendo que estava na casa de Maiara e que eu não quis ir lá também.

Quando comecei a responder, ela me colocou no viva-voz e eu brinquei sobre não ter sido convidado. Maiara argumentou, dizendo que imaginou que eu teria algo melhor para fazer. Ao descrever que estava jogando videogame de pijamas na companhia de Caramelo, Melissa brincou que eu poderia ter ido lá para ficar de "vela" com a Maraisa, já que exceto ela, todos estavam em casal. Como eu imaginei que Maraisa já tinha antecipado para Maiara sobre a minha visita e o convite para se apresentar no bar, acabei fazendo uma brincadeira com a situação, porém, só pela reação de Maiara já entendi que Maraisa não havia contado nada para ela. Confesso que isso me incomodou um pouco, achei que pela empolgação dela quando fiz a proposta, ela falaria da novidade para a irmã o quanto antes!

Percebi que Maiara deu um jeito de contornar a situação, provavelmente para poupar uma exposição maior da irmã. Conversei mais meia dúzia de palavras sem muita importância com Melissa e encerramos a ligação.

Isso também não havia cooperado em nada para me acalmar. Ao contrário, me senti culpado por ter exposto Maraisa, mesmo sendo inocente por imaginar que pelo menos Maiara já tinha conhecimento da minha visita. Fiquei realmente chateado com aquela situação. Pensei um pouco, olhei o relógio e enfim decidi: eu ia para o único lugar que realmente conseguiria me relaxar por completo. Tomei um banho, entrei no carro e parti rumo ao meu recanto de lazer noturno.

[...]

Assim como das outras vezes, eu não me decepcionei. Elas sempre me surpreendiam, sempre exerciam suas funções com perfeição!