Saudade do Tipo

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Oi Danisas lindas...voltei!
Trouxe mais um capítulo feito com muito carinho para vocês!
Acima, na capa, está a música tema do capítulo para entrarem no clima...espero que gostem! ♥️
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* MARAISA *

Enviei a mensagem em meio a um turbilhão de sensações e pensamentos que se misturavam e confundiam cada vez mais a minha mente sem rumo. Ainda com o celular nas mãos, percebi que poderia tirar algum proveito daquela situação. Abri meu bloco de notas e comecei a digitar palavras soltas, completamente aleatórias entre si, mas que de alguma forma faziam sentido com aquele momento de bagunça na minha cabeça. Fui apenas escrevendo, sem pensar: química, carência, erro, queda, arrependimento, saudade, abismo...

Depois, com a cabeça um pouco mais fria, eu montaria aquele quebra cabeça com a intenção de escrever uma história que viraria música. Fazia tempo que não criava uma canção, estava meio enferrujada, nem sabia se ainda levava jeito, por isso não poderia perder aquela oportunidade de aproveitar a dolorosa decepção que me invadia e fazer uma limonada caprichada com aqueles limões.

A cena dele ao lado dela...dela fazendo carinho nas costas dele. Isso grudou na minha mente como chiclete quando pega no cabelo. E ele ainda queria conversar comigo!!!! Pior, como se não bastasse, estava indo sozinho nos encontrar no after. Qual o propósito disso tudo?!

Tentei me concentrar para conseguir encaixar a chave na porta sem grandes ruídos. O silêncio dominava meu apartamento, por isso fui pisando leve em direção ao meu quarto. Coloquei a bolsa na mesinha e me sentei na cama para retirar as sandálias. Parei, olhando para o chão, respirei fundo e as lágrimas começaram a escorrer novamente. Fechei os olhos e aquela cena retomava a posição de destaque na minha memória. Ouvi um barulho e, ao abrir os olhos, minha irmã estava vindo ao meu encontro com um olhar consolador, já abrindo os braços para mim, sem dizer uma só palavra.

Aí eu realmente desabei!

Agarrei Maiara com todas as minhas forças e chorei de soluçar. Chorei tudo o que estava engasgado, coloquei para fora em lágrimas toda a frustração e tristeza que havia invadido meu coração desde o instante em que me deparei com aquela mulher acariciando o homem que fazia meu coração disparar e minha pele arrepiar.

- Chora, irmã. Bota pra fora tudo o que você tá sentindo, eu tô aqui - Maiara afagava minhas costas fazendo meus soluços aumentarem de intensidade após suas palavras.

- Ele não tinha esse direito...ele não podia ter feito isso, Maiara. Não podia! - minha voz saiu abafada, estava com o rosto afundado no peito de minha irmã.

Ela ficou quieta e permanecemos naquele abraço. Meu choro parecia não ter fim. Muitas imagens vinham em minha memória, desde a conversa de despedida com Wendell no carro aquela noite até os momentos em que Danilo e eu protagonizamos cenas quentes repletas de beijos e muito desejo, e outras mais românticas através de palavras doces e gestos carinhosos, uma mistura de sentimentos bons.

- Maraisa, vem aqui comigo - Maiara se afastou, me puxando pela mão.

- Onde vamos? Peraí, irmã, a mamãe!! A gente vai acabar acordando ela! - sussurrei preocupada com o barulho que estávamos fazendo, enquanto tentava me recompor minimamente.

- Ela não vai acordar, fica tranquila - minha irmã literalmente me arrastou na direção da cozinha e eu apenas não entendia nada do que estava acontecendo.

Quando apontei na porta, avistei mamãe ao lado da mesa onde havia uma vasilha com uma pasta escura, aparentando ser o meu doce preferido, com três colheres ao lado. Ela ensaiou um sorriso amarelo e veio ao meu encontro.

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