Desencontros

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Ray não teve outra opção a não ser levar Chapa até a cafeteria, ela estava sem paciência e com muita raiva.

Chapa: quanto tempo até lá?

Ray: estamos chegando, se acalma. Você não conhece o cara!

Chapa: olha Ray, você não tem noção do quanto o Bose é importante pra mim, se eu perder ele minha vida acaba, não vai ter mais sentindo. E outra eu sei medir as palavras quando quero, não vou agir como louca.

Ray preferiu ficar calado, a garota ao seu lado não estava pra conversa. Quando chegou lá Chapa desceu do carro como se tivesse perdido algo.

Foi até o caixa, e quando o garoto se virou ela teve certeza de tudo que estava pensando sobre a reação de Bose. Antes de iniciar uma " conversa" com ele, lembrou que Ray havia pedido pra ser razoável. Não era impossível, só ia depender do rumo da conversa.

Jony: oi Chapa!

Chapa: corta essa!

Jony: o que foi?

Chapa: eu não tenho tempo a perder com você então seja realista, o que você falou pro Bose?

Jony: quem é Bose?

Chapa estava tentando se controlar a horas mas Jony conseguiu tirar dela o pingo de paciência que restava. A garota se aproximou um pouco mais do balcão e segurou ele pelo colarinho, fez a mesma pergunta a ele só que dessa vez com a voz mais firme.

Chapa: o que você falou pro Bose?

Jony: calma Chapa!

Chapa: me responde.

Jony resolveu responder a pergunta na esperança de ser solto, Chapa estava o sufocando, suas mãos agora apertavam o pescoço dele.

Jony: eu inventei uma pequena mentira, disse que você era minha namorada...

Chapa: desgraçado, eu te odeio.

Ray resolveu se aproximar de Chapa a fazendo soltar o garoto.

Ray: para Chapa, não faz justiça com as mãos.

Chapa: eu sinto muita pena de você sabia?

Jony: por que?

Chapa: porque você precisa ferir os sentimentos dos outros pra alimentar esse ego enorme. Você nunca vai saber o que é amar de verdade, até porque você não tem amor próprio como vai oferecer amor a outra pessoa?

Todos alí presentes ficaram em silêncio total e Jony engolindo em seco.

Ray: vem Chapa!

Quando os dois saíram Jony não conseguiu mais olhar ninguém dentro do estabelecimento e pediu para sair mais cedo.

Ray: Chapa, quando você pretende falar com o Bose?

Chapa: talvez amanhã!

Ray: e se....

Chapa: se ele não me entender... Só o fato de não namorarmos é o que vai mudar, eu vou continuar apaixonada por ele.

Ray: eu espero mesmo que dê certo!

A noite...

Bose passou o resto do dia em casa com a família tentando disfarçar a tristeza.

Célia quis amenizar a dor do filho, mesmo que não soubesse o motivo da tristeza dele deduziu que tinha haver com Chapa.

Célia: filho vamos a casa de uma amiga minha?

Bose: tô sem vontade.

Célia: eu queria que você dirigisse pra mim. Sabe, pra sair dessa rotina.

Bose: tá bom!

No caminho pra lá Célia disse que precisava passar em um mercadinho que ficava próximo a casa de Chapa.

Célia: você vai descer?

Bose: não.

Célia: então tudo bem.

Célia deu a volta e entrou no mercado. Bose ficou no carro observando a casa de Chapa, até que viu ela sair junto com a irmã, torceu internamente pra que ela reconhecesse o carro e fosse falar com ele.

Bose: vem falar comigo meu amor, vem! - suspirou-

Sage: aquele num é o carro do Bose?

Chapa: é!

Sage: e você não vai falar com ele?

Chapa: acho que quem tá lá é o motorista da família, o Bose sumiu o dia todo, quase impossível ele tá alí.

Sage: vocês brigaram?

Chapa: mais ou menos.

Sage: o que aconteceu?

Chapa: um garoto mal amado inventou que eu estava namorando com ele e com o Bose.

Sage: que canalha.

Chapa: pois é, e agora eu estou com muito medo dele não me entender.

Sage: e por que ele não te entenderia?

Chapa: o Bose é muito sensível, tenho que pensar muito no que vou dizer a ele.

Sage: diga o que seu coração quiser.! 

Continua...

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