Paper Hearts - Yeongyu oneshot

pictures.

"Eu vivo através de fotografias como se eu estivesse ao seu lado"

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Mais uma manhã onde sentia-se estranho. A única coisa que queria era saber o que havia acontecido, quem eram aquelas pessoas que se diziam seus amigos? Mal recordava-se de algum rosto além do deseus pais e Taehyun, este que mesmo com praticamente a mesma aparência parecia diferente, distante? Não. Não podia ser isto, ainda sentia uma conexão com o mais novo, ainda era algo forte e ele continuava sendo quem confiara à abrir a caixinha de seus sentimentos e pensamentos mais renegados a si repetidas vezes.
Só era estranho não fazer ideia do que se passara em sua vida nos últimos anos da mesma. Taehyun brincou com ele, o dizendo que foi bom esquecer a faculdade e momentos ruins, como as noites viradas em prol de terminar algum trabalho para o dia seguinte. Mas queria que o amigo se reconhecesse, e soubesse o por que ele adiquiriu o que tem agora, o que ele mudou em todos esses anos, assim como a si mesmo. Não era ruim lidar com o Beomgyu do passado, apenas era horrível perceber que o mesmo não consegue associar nada de sua vida, os locais, objetos, pessoas com suas escolhas, perdas, conquistas. Nada.

— Beomgyu? — Adentrou o antigo quarto de Beomgyu. O mesmo decidiu residir na casa de seus pais até que estivesse bem, lembrasse de algo ou se sentisse confiante à não estragar nada do local onde lhe apresentaram como sua própria casa.

Foi tirado de seus pensamentos, quando mais uma vez tentava lembrar de algo assim, que se olhava no espelho, tentando recordar algum acontecimento com o envolvimento do objeto, que estivesse encarando a si assim como no momento de agora. — Si-Sim?

— Desculpe, eu atrapalhei? Você já tá pronto?

— Não atrapalhou! Tô sim, Tae!

— Então vamos, ursinho! — Pegou a mão do melhor amigo e o puxou às escadas juto de si, indo para a sala.

— Onde nós vamos? O que eu tenho que tentar fazer dessa vez? — Encarava o mais novo esperando uma resposta.

Taehyun começou a levar Beomgyu a lugares que costumava ir consigo em seu tempo livre, havia tentado vários locais e sempre ditava os acontecimentos das recordações que tinha dos dois em tais. Beomgyu sentia-se mal por não reconhecer as histórias que o contava, mas tenta seu máximo e estava determinado a fazer o esforço do menor valer a pena.

— Dessa vez eu não vou te cobrar nada, só quero te levar pra ver alguns quadros, tudo bem?

— Ah, tudo bem! — Sorriu e acompanhou o mesmo até o lado de fora da pequena casa logo adentrando no carro do amigo.

Assim que chegaram Beomgyu estava animado, por Taehyun ter lhe explicado que não se sentiria como antes, olhando coisas familiares mas que não o recordavam de nada, seriam apenas dois melhores amigos indo no museu, vendo quadros de artistas que sequer sabiam os nomes e fotografias de lugares que não soubessem apontar onde se localizavam no globo. Não teria o peso de ver Taehyun quase chorando em frente a si, como quando mostrou-lhe os skates que usavam para aproveitar as tardes das férias, ele sabia que doía, mas não conseguia fazer melhor que isto. Taehyun o fez prometer que diria a verdade, que não se lembrava de algo, independente do estado que fosse ficar, estava acompanhando Beomgyu em um processo de reconhecimento, em voltar a si, e precisava que ele não criasse algo que não existia para preencher essa coluna da memória que estava por voltar. Tinha esperanças de que o melhor amigo se recordaria de algo, ao menos se experenciace de maneira diferente esse processo. Iria tentar de tudo antes que se desse por vencido, pois era a vida de seu melhor amigo em jogo.

— Você gostou? — Taehyun questionou ao mas velho que encarava um quadro cheio de flores, em tons de amarelo, rosa e marrom.

— Sim, muito. É lindo, Tae! — Sorriu ainda com os olhos fixos no quadro enquanto degustava da bebida do lugar que haviam passado antes de chegarem ao museu. — Isso é bem conceito, tira uma foi minha?