■ ╬ HELL'S ╬ ■ |• jm + jk [religión]

🕯️capítulo 4🕯️

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HELL'S

"Me deixe sentir."

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O sol se expandia lentamente naquela manhã de domingo, essa com suas tonalidades suaves de vermelho e laranja, com isso podia se escutar os gargarejos dos galos e de outras aves do campo, essas que servia como despertador para as pessoas que acordam cedo para os trabalhos áridos do vilarejo.

Havia se passado duas longas semanas desde o último dia que o devoto havia ido a igreja, pois a paz momentânea que invadiu seu ser durante a confissão havia se esvaido e se transformado em uma vergonha descomunal, deitado e olhando o teto nesse momento, o loiro encontrava-se absorto de seus atos, sem dúvidas se estivesse em pleno controle de suas ações, não teria exposto tantas coisas para o padre.

Imaginar que o padre Jeon poderia está pensando mal de si ou até mesmo podia ter orado para Deus lhe arrancar a raíz do maligno, o entristecia de uma forma absurda, não que desejasse continuar sendo assim, pelo contrário, entretanto apenas a idéia do crente ter orado não era agradável, no fundo o jovem devoto só queria ser aceito, mais Jeon era padre e só isso já era um enorme impedimento.

Uma hora ou outra iria ficar frente a frente com o crente, o vilarejo possuía um número pequeno de moradores e por isso era muito fácil topar com as pessoas que alí vivia, além disso, padre Jeon ajudava muitas daquelas pessoas, era impossível não notar sua presença em várias ocasiões, com isso, o devoto cogitou seriamente a idéia de nunca mais pisar os pés do lado de fora da própria casa, talvez assim não tivesse de olhar nos olhos do padre.

Fora seus pensamentos turbulentos, ainda tinha que lidar com a mãe, Park Yuna vivia em seu torno e o devoto se sufocava de não poder desabafar com ela, não queria vê-la decepcionada no fim das contas, Yuna era tão obcecada pela religião e por mais que ela fosse sempre compreensiva e carinhosa consigo, temia que isso ela não fosse compreender.

Yuna havia passado essas duas longas semanas insistindo muito para que Jimin voltasse para igreja, pois na cabeça da mulher, só no templo, seu filho encontraria a solução de qualquer que fosse seu problema.

Um bufar saiu dos lábios do loiro, ainda encontrava-se deitado e mirando o teto, tentando de algum modo inibir seus pensamentos a respeito daquilo e desejando apenas algum dia ter coragem o suficiente para contar para a mãe sobre tudo que o atormenta.

Virou de bruços, agarrando o lençol de fragrância doce e suave, e mesmo sendo errôneo se permitiu nublar um pouco no lugar perfeito que era seus devaneios, apenas lá poderia selar os lábios atrativos do padre Jeon, participar dos cultos como um casal qualquer, apaixonados, apenas em suas ilusões Jimin podia ter um final de tarde em casa com o moreno, apreciando a companhia um do outro e ouvindo o rádio tocar belas canções.

Criar ficções como essas estava tão rotineiro que as vezes sentia apatia da realidade e mesmo que tentasse, não podia negar tais alucinações, sabia que aquilo só o deixava ainda mais mucho e triste, entretanto era um vício que não estava disposto a se desfazer.

_ Não vai hoje querido? - abriu os olhos ao escutar a voz abafada da mãe contra a porta, por mais que os versículos o perturbasse, Jimin gostaria de ir, o devoto amava o templo, estava tão acostumado com a rotina na igreja que seus dias ficaram vazios sem eles.

_ Estou sem vontade - mentiu, mas logo escutou a porta tentando ser destravada, mais essa não abriu.

_ Faz duas semanas meu querido, eu sinto sua falta nas missas.