Forgive Me Father | Pedro Pascal

2 - Tentações

Pov Carlo

- Meu Deus todo poderoso e misericordioso, me dê um caminho, uma luz, alguma prova de que estou enganado com meus sentimentos. Eu tenho que estar enganado... - suplicava choroso aos céus.

Pra infelicidade de padre Carlo, sua perturbação tinha apenas começado.
Desde o dia que avistou Victoria entrar e sua beleza estonteante iluminar o interior daquela velha e ridícula igreja.

E desde então ele só conseguia pensar em coisas inomináveis que gostaria de fazer com a boca dela.
Sentimentos esses adormecidos desde que entrou pra essa triste e solitária vida de celibatário.

Mas Carlo ainda mantinha a convicção de que não seria justo consigo mesmo abandonar tantos anos dedicados à igreja por um desejo carnal.
Condenando os próprios pensamentos a todo minuto que se distraía e as imagens dos seios de Victoria vinham a sua mente, o deixando latejando de tanto tesão. Assim sendo obrigado a tomar banhos gelados ao dia pra tentar aliviar, seguidos de horas ajoelhado no chão pedindo perdão à Deus por seus devaneios pecaminosos. Esperando que não houvesse uma condenação divina em seu final.

- Pai, me perdoe. Não sei o que fazer. Eu não quero e não devo me afastar de meu caminho. - exclama fervoroso apertando seu crucifixo, presenteado pelo bispo, até doer seus dedos.

Então talvez por uma intervenção divina de fato, ele tem a ideia de praticar um pouco de exercícios.
Se troca rápido, vestindo seu tênis de corrida, uma bermuda azul de tecido fino e uma camiseta comum de Star Wars.
Pegou seus fones, uma garrafa com água gelada e trancou a humilde casa em que estava morando.

(...)

Caminhando, chega ao parque principal da cidade utilizado pra atividades físicas, piqueniques e lazer em geral.
Carlo faz uma sessão de alongamentos, coloca algumas músicas animadas e começa a correr. E quando sentia Victoria se aproximar em suas fantasias, ele aumentava o ritmo da corrida.
Mas pouco resolvia.
Então por conta própria decidiu "se punir" com algumas séries de abdominais e flexões pra cada pensamento considerado impuro.

O suor escorria na pele do rosto já avermelhada por conta da exaustão perceptível. Acompanhado da respiração ofegante.

- Que legal! Não sabia que padres faziam exercícios.

Surge Victoria em sua frente tampando alguns feixes do sol enquanto ele estava deitado. Tendo uma visão sob ela, quase submisso aquela mulher que o perturbava.
Ainda mais usando um mini short de malha e um top marcando de forma suave seus mamilos.

- Victoria?! - ele se espanta com sua presença, analisando seu corpo de baixo pra cima.

- Você lembrou meu nome? - ela responde com voz aveludada - Que fofo!

Mas na real, como ele poderia esquecer?

- ela oferece a mão pra ajudá-lo a levantar - Por que a surpresa por padres fazerem exercícios? - Carlo continua.

- Ah sei lá, devo ter uma visão errada do que vocês podem ou não fazer. Ou do que deveriam... - ela passa os dedos secando o suor do pescoço o deixando compenetrado.

- É, pois é. - Carlo trava na companhia dela, ainda mais com tanta pele exposta.

- Tá um calor né? Tô indo tomar um suco, topa? - sugere Vic.

- Suco? A-ah não, eu preciso ir. Tô com um pouco de pressa, na verdade.

- Poxa, que pena. Fica pra uma próxima então. - ela se atreve lhe dando um rápido beijo na bochecha dele - Tchauzinho padre!

Ela segue caminhando de forma rítmica e Carlo acaricia seu rosto com a palma da mão, tentando resgatar o toque dos lábios dela. E não resiste observar sua bunda se movimentar de um lado pro outro enquanto ela desfila pelo parque.
Sendo praticamente hipnotizante ter aquela visão.