“Você acredita em mim como se eu fosse um deus, eu te destruo como se fosse um.”
– Mitski.Kenma anda pelos corredores da faculdade com o rosto completamente destruído, cansado e de ressaca, sente como se fosse morrer de desgosto a qualquer instante, e esse é o efeito que as segundas-feiras têm nele.
Dormiu cerca de 3 horas na última noite e não se lembra quando foi que comeu pela última vez, ainda tem mais 4 aulas pela frente após o intervalo e em seu estômago há apenas água com limão, sem açúcar.
Não pode se dar ao luxo de comer, é o que pensa.
Seu mau humor está três vezes maior do que normalmente, não sabe se isso é porque seu aniversário está próximo ou algo do tipo, sempre achou aniversários uma grande bobagem que as pessoas usam como pretexto para fazer festas estúpidas - a propósito era exatamente isso que faria -, já que ninguém realmente se importa se alguém vive um ano a mais ou a menos. Antes da vida adulta, todos os seus aniversários foram uma droga, exceto pela presença de Kuroo na maioria deles, mas de resto, tudo o que sente em relação a esses dias é desgosto.
Hoje não se sente tão estúpido por guardar memórias onde está com Kuroo com tanto carinho, talvez pela conversa que tiveram no sábado à noite, se sente ridículo por tudo o que disse, mas de certa forma aliviado por ter falado tão sinceramente, algo em si o diz para acreditar que Kuroo foi sincero em suas palavras, outra parte de si o diz que está confundindo sonho com realidade e uma terceira parte o diz que não pode acreditar numa palavra do que escutou.
Está completamente perdido em sua própria cabeça.
Kozume bufa irritado, suas mãos no bolso de sua calça preta enquanto seus fones tocam sua música favorita de Type O Negative, céus, como ama a voz do desgraçado do Peter Steele. Seu rosto ainda mais fechado do que de costume assusta alguns de seus colegas que também cursam Música, aquele lugar é cheio de gente podre, sonhadores, drogados, hippies. Não há tantos do mesmo nicho que Kenma, o que era bom às vezes, porque não precisa lidar com algum metaleirinho com blusa do Metallica tentando fazer amizade com ele e perguntando o nome do cachorro da bisavó do James Hetfield, mas também é ruim, porque seus amigos não podem estar sempre ali, e ficar sozinho no meio de muita gente ainda é um pouco assustador para o Kozume, principalmente quando todos ali sabem quem ele é.
Distraído com a música em seus fones, Kenma segue em direção a saída daquele corredor, pronto para o seu intervalo, Kageyama e Hinata foram para algum lugar juntos dizendo que sairiam do Campus para comprar o almoço, já que a irmã de Kageyama disse que não irá mais cozinhar para os dois, o que fez Kenma - mesmo com todo o seu mau humor - rir do quão difícil pareceu para eles aceitarem o fato de que agora vão ter que ser adultos e fazerem a própria comida.
O meio loiro finalmente chega em seu cantinho, sentando-se no banco e jogando suas coisas sobre a mesa, olha para a visão que tem dali,, isso o faz pensar sobre o quanto ficava ansioso só por ter a visão periférica ampla quando era mais novo, logo solta um suspiro um pouco triste, perdeu muita coisa na adolescência por estar constantemente agonizando em seus problemas e inseguranças.
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He (don't) likes the boys in the band - Kuroken
Fiksi PenggemarEles eram uma banda formada por três caras, um baterista baixinho, um vocalista esquentado e um guitarrista no mínimo esquisito, esses três caras são os mesmos conhecidos como aqueles que todas as garotas no Campus querem beijar pelo menos uma vez n...