VII

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“Então, por favor, rápido, me deixe, eu não consigo respirar. Por favor não diga que me ama.”
– Mitski.

— Cadê seu irmão? - Kenma pergunta, a voz um pouco alterada pela quantidade de álcool que bebeu naquela noite, seus dedos passeiam pelo rosto de Kuroo, que se inclina para tirar o cinto do carro que prendia o Kozume ao banco do passageiro

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Cadê seu irmão? - Kenma pergunta, a voz um pouco alterada pela quantidade de álcool que bebeu naquela noite, seus dedos passeiam pelo rosto de Kuroo, que se inclina para tirar o cinto do carro que prendia o Kozume ao banco do passageiro.

— Ainda está na festa do Noya, gatinho. - Tetsurou diz dando uma leve risada, o tempo quase o fez esquecer do quão engraçado era ver Kenma bêbado.

— Então somos só eu e você? - faz outra pergunta, enquanto seu corpo recebe apoio do de Kuroo para não ceder ao chão enquanto vão até o elevador que os levam do estacionamento até o andar onde o moreno mora.

— Sim, gatinho, só eu e você. - Responde pacientemente, como se falasse com uma criança curiosa, agora já estavam dentro do elevador.

— Faz tempo que não somos só eu e você. - Diz um pouco avoado, fazendo Kuroo sentir um leve arrepio quando para para pensar no sentido dessa frase, afinal, já ficaram sozinhos algumas vezes desde que se reencontraram pela primeira vez, mas aquilo, aquilo de serem apenas os dois... Bom, Tetsurou sabe o que significa.

— Você sentiu falta de quando era assim? - pergunta, não temendo nada, já que sabia que as chances de Kenma se lembrar dessa frase não eram tão grandes.

— Eu não posso... Não posso contar, é segredo. - Diz diminuindo gradativamente seu tom de voz ao longo da frase, como se tudo fosse de fato um segredo. - Você desperdiçou tudo com desculpas e mentiras... - agora soou ainda mais baixo, fazendo Tetsurou engolir em seco, só os céus sabiam da culpa que sentia.

Permanecem quietos por pouco tempo, mais especificamente até chegarem ao apartamento de Kuroo, que Kenma acha grande demais para uma pessoa só, não que seu apartamento fosse pequeno, mas ele mora com Lev e Yaku quase sempre está lá, então é completamente justificável.

Kuroo coloca o Kozume sentado no sofá e tira seus sapatos, sorrindo para ele, e Kenma logo se amaldiçoa por ter o coração tão acelerado apenas por vê-lo sorrir enquanto tirava com delicadeza seus tênis all star pretos.

— Eu não sei como começo. - Kenma diz, sentindo seu corpo ser levantado por Kuroo sem nenhuma dificuldade. - Você vai me machucar?

— Vou te levar ao quarto de hóspedes. - responde calmamente, indo em direção ao corredor onde haviam três portas, abriu uma delas e empurrou-a com o pé, ainda carregando o meio loiro em seu colo. Não demora para colocar o garoto na cama de casal, tirando a jaqueta de couro que o outro usou durante toda a festa, era uma peça que Kozume usava constantemente, quase como se fosse seu uniforme, assim como a jaqueta vermelha que Kuroo sempre usa.

— Acho que começou quando você estava com elas. - Ele dá continuidade para o que falava pouco tempo atrás, o Kuroo o encara prestando atenção, é estranho que ele se sinta tão amedrontado, tudo o que mais quer é entender o que o Kenma diz. - Você não gostava de levar ninguém pra dançar, mas acho que sempre fodia com algum ritmo. - Kozume ri fraco olhando o teto parcialmente escuro do quarto, deitado de barriga para cima da cama do quarto de hóspedes do apartamento do homem por quem ele se apaixonou anos atrás. - E agora tá brincando com a minha cabeça, alguma vez eu fiz você chorar?

He (don't) likes the boys in the band - KurokenOnde histórias criam vida. Descubra agora