“Oh, ele disse que ia curar suas doenças, mas ele não não curou e nunca vai.”
– The SmithsNão se lembra exatamente há quantos anos se conhecem, talvez 15 ou 16 anos, sabe que eram crianças, ele tinha uns cinco ou seis anos, e Kuroo uns sete, talvez.
Aquilo tudo era pacífico demais, nada importava, nada era amargo, eles eram melhor amigos e aquilo não precisava durar para sempre, porque eram crianças focadas em viver o presente. Eles se conheciam e se entendiam, isso era o suficiente.
Muitos anos depois, aquilo começou a mudar.
Se tornaram adolescentes, entraram no ensino médio e tudo bem até aí, tudo bem, estavam na mesma escola, se viam com a mesma frequência, e até mais do que antes por conta do clube.
Mas crescer tem muitas desvantagens.
O corpo muda, a cabeça também.Pensamentos sobre outras pessoas que não deveriam estar lá aparecem.
Aquele que é amigo de todo mundo, não é amigo de ninguém.
Só de Kenma.
Kenma não era muito amado por seus colegas de sala, mas sempre parecia adorável para Kuroo e seus colegas de time.
Kuroo sempre observava o garoto, com seus cabelos não tão grandes na época, fios curtos e pretos que o faziam viajar. O cabelo totalmente pretos que ele tinha no início do ensino médio eram um detalhe que Kuroo sempre amou, mesmo que também amasse quando ele parecia um pudim.
No primeiro ano, Kenma também o observava, ele era um cara popular que apesar de ter todas as características que poderiam fazer dele um babaca, não era, ele era gentil e doce. Irritantemente preocupado com sua saúde e muito, muito amável.
O primeiro ano de Kenma se passou com uma rapidez estranha, mas um constrangimento horroroso, porque foi nessa época, enquanto os dois estavam em níveis diferentes, mas ainda assim crescendo, foi nessa época que eles perceberam que algo além de amizade surgia.
Da parte de Kenma só agora, mas Kuroo sentia aquela coisa dentro de si há tanto tempo...
No segundo ano, Kenma já tinha os cabelos loiros, um pouco de bullying e comentários desconfortáveis em tom de piada foram o suficiente para que ele mudasse sua aparência. Claro, Kuroo o achou lindo mesmo assim, mas uma ira subia a sua cabeça sempre que pensava nas pessoas que implicavam com a aparência de Kenma e também com seu jeito.
Num dia qualquer, no início do segundo ano, Kenma sofreu o primeiro ato violento de bullying. Aparentemente era sua culpa por ter contado a Kuroo e a Taketora o que aqueles garotos diziam a ele.
Nesse dia, que era pra ser um como qualquer outro, Kuroo sentiu que não era um bom dia pra deixar Kenma ir embora sozinho.
Ele estava certo. Kuroo não era bom em brigas, não gostava delas, ele estava no terceiro ano, não era um garoto idiota, tinha responsabilidades, e okay, aqueles caras mereciam, mas odiava essa situação toda. Ele defendeu Kenma, é claro, mas também apanhou, porque ele podia ser grande e podia ser um atleta, mas bater em mais de dois caras era um pouco demais para si.
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He (don't) likes the boys in the band - Kuroken
Fiksi PenggemarEles eram uma banda formada por três caras, um baterista baixinho, um vocalista esquentado e um guitarrista no mínimo esquisito, esses três caras são os mesmos conhecidos como aqueles que todas as garotas no Campus querem beijar pelo menos uma vez n...