“Tenho pena dos vivos, inveja dos mortos.”
– Type O Negative.Após mais algumas músicas tocadas por eles, e mais de uma hora de conversa e planos futuros para a banda se passam e finalmente Kageyama e Hinata vão embora, juntos, já que moravam na mesma casa, junto da irmã de Tobio. Com uma despedida breve, o "quase" casal deixa Kenma e Kazuma sozinhos na sala.
Ambos acabam de guardar suas coisas sem pressa, e seguem lado a lado para a parte de fora da faculdade, sentados na grama do campus eles conversam casualmente, Kenma não era assim, com certeza não, ele odiava papo furado e odiava mais ainda fazer amizades novas, mas era um colega de banda, um colega de banda que tinha algo de especial em si, Kozume não sabia o que era, mas sabia que aquilo era especial o suficiente para fazer com que consiga conversar com ele como se fossem amigos há muito tempo.
O Kozume até sente menos pressa de voltar para casa, ver seu gato, tocar guitarra, jogar até de madrugada enquanto escuta música no volume máximo pra não ter que ouvir seu colega de quarto transando com o namorado. Essa era sua rotina, e ele odiava quebra-la, mas agora, não sentia vontade nenhuma de segui-la, simplesmente porque Kazuma estava ali.
Isso era estranho.
E com algumas conversas sobre interesses que descobriram em comum, eles passam algum tempo sentados ali, Kazuma disse que alguém viria buscá-lo, então Kozume não viu problema em ficar ali até que a carona do mais novo chegasse.
Não podia deixar de se sentir incomodado, não porque Kazuma o deixava desconfortável, na verdade, estava incomodado justamente porque nunca ficava tão confortável e de guarda baixa perto de alguém que não conhecia tão bem.
— Então, Kod, esse lance de me chamar de Kuroo 2.0 toda hora é por causa do meu irmão? - Questiona curioso, está com os joelhos dobrados, as mãos apoiadas na grama, Kozume ri fraco, imitando o jeito do garoto de sentar enquanto tenta pensar em uma resposta que não seja estranha, ah, Kazu tinha um irmão. Isso era estranho, ok, Kuroo não era um nome tão incomum assim, o Japão é um país com uma população relativamente grande, nem sabe se Tetsurou ainda está em Tokyo... Mas pensando bem... E se?
— Na verdade nem sabia que você tinha irmão. - responde, sua cabeça se inclina e agora seus olhos apontam para o céu, que estava quase completamente escuro. - Eu conheci um cara chamado Kuroo uma vez, nós éramos tipo... Melhores amigos, então pra mim faz mais sentido te chamar assim. - explica com certa tranquilidade, ainda com os olhos focados no céu. - então, você tem uma boa relação com seu irmão? - pergunta, não era um assunto que teria interesse normalmente, mas... Se existisse até a mais pequena... A mais pequena e mínima possibilidade de ser aquele Kuroo, o seu Kuroo...
— Acho que sim, ele é um pouco superprotetor, mas na minha família inteira ele é o único que gosta de mim, eu acho. - Diz, imitando Kenma e olhando para cima. Ele não parece triste com o que disse, e Kenma até que o entende. - Tipo, ele que ia nas minhas apresentações idiotas na escola, ou nas competições que eu participava. E bem... Também sou o único na minha família que gosta dele. - ele ri ao final da frase, não deixa de ser verdade, parece feliz falando isso, e pode-se dizer que sim, está feliz, o dia foi ótimo e no final arrumou uma brecha pra falar sobre seu irmão, gostava de falar dele, tinha orgulho de ser irmão dele. - Ah, aliás, ali vem ele. - após abaixar a cabeça vê o irmão andando pelo campus da direção de outro prédio da faculdade, o ginásio, Kozume que até então tinha os olhos fixados no azul escuro e intenço do céu abaixa seu olhar, e é nesse momento que seu coração quase salta da boca.
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He (don't) likes the boys in the band - Kuroken
أدب الهواةEles eram uma banda formada por três caras, um baterista baixinho, um vocalista esquentado e um guitarrista no mínimo esquisito, esses três caras são os mesmos conhecidos como aqueles que todas as garotas no Campus querem beijar pelo menos uma vez n...