Klaus

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Esse cap conta com pulo de tempo, leiam com atenção. Bjs e boa leitura.

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— Eu detesto essa parte. — Resmungou com o solavanco da nave que se preparava para pousar. Entendi o que ele quis dizer e fiz meu possível para reprimir o medo do chacoalhar irritante.

— Klaus —

Eu andava pela cidade observando os prédios altos. Estava muito diferente da última vez que vim aqui. Escolhi Cambridge, pois era um dos poucos lugares que cheguei a morar e meus irmãos não sabiam. Não queria mais contato com eles. Ser traído constantemente, deixado de lado, colocado em segundo plano, quando sou eu quem os coloco como prioridade, chegou no meu limite. Não consigo mais, embora a vontade matar ou apenas deixá-los dormir novamente seja grande, não vale o esforço. Sabe quando você satura, faz tanto, se doa tanto, apanha tanto que chega a um ponto de não se importar mais. Não sentir mais nada, nem raiva. Você simplesmente cansa e deixa de lado.

Decidi voltar para minha casa, era simples, mas era afastada da cidade, gostava do silencio para poder pintar um pouco. Estava passando numa estrada sem asfalto quando senti um cheiro familiar.

— Lobos. — Murmurei e vi ao longe uma mansão. Não gostei de saber que havia alguns deles aqui. Cambridge era calma, merecia continuar assim. Mas havia algo incomum no cheiro que impregnava o ar. Não eram a penas lobos ali. — Humano? — Farejei, mas não parecia humano. Parecia algo vivo, diferente, mas que trazia energia, chama, vida. Aquilo era estranho. Resolvi ficar observando esses lobos, estou na cidade há dois meses e não ouvi nem senti nada antes de hoje.

Conforme os dias iam passando fui observando a rotina deles de longe. Três homens, dois lobos e um adolescente com cheiro estranho, e uma mulher. O líder deles era cego, mas eu sabia que não era completamente. A transformação pode ajudar nessas enfermidades, dependendo do grau. O outro lobo estava sempre na aérea da piscina com um computador ou acompanhando o mais novo deles até a cidade. A mulher só saia quando um dos outros estava em casa e gostava de ficar numa oficina perto da saída da cidade.

Descobri dias depois que o rapaz já estava na universidade, curso de investigação forense. Admito que achei ousado para alguém tão novo. Continuei a observar eles e mesmo depois de um mês nada de anormal ou potencialmente perigoso aconteceu. Ainda curioso resolvi me aproximar e escolhi o alvo mais fácil, o rapaz.

— Stiles —

Eu mal pisquei e já faz um mês que estou aqui em Cambridge. No início foi bem estranho, quer dizer me adaptar ainda está sendo estranho. Pessoas diferentes, costumes diferentes, lugares diferentes.

Para começar, minha chegada a casa, ou melhor mansão, foi um pouco atípica, Peter já havia me narrado os moradores, mas conviver sem dúvida é estranho. O Deucalion é diferente daquele maluco com mania de grandeza que invadiu minha antiga cidade atrás de membros para a alcateia. Ele é mais calmo aparentemente, parece que a surra levada pela Druida Negra deixou mais que cicatrizes, deixou a lição. Ele também voltou a ficar parcialmente cego, mas disse que seus poderes estão curando aos poucos seus olhos. Kali ainda é a mau humorada como Peter citou, mas ao menos diminuiu a quantidade de rosnados. Embora ainda de poucas palavras, acho que o luto ainda é difícil para ela.

Como já citado, foi me oferecido o cargo de emissário do bando, juro que pensei ser uma piada do Peter, mas ouvir da boca do próprio alfa era outra coisa. Aceitei, pois assim me sentiria mais confortável. O tempo passava aos tropeços, Peter se concentrando em algo que não comentava, Kali na sua oficina, a qual recebeu o nome de Enis, em homenagem, o que achei mórbido, mas tudo bem.

Minhas aulas começaram a uma semana no curso Forense, foi umas coisas mais incríveis. Poder cursar com os melhores professores do país e ter experiencia prática dos profissionais da área era demais.

Passei a treinar com o Peter todo dia depois do jantar. Não queria ficar dependendo da proteção deles, não iria repetir a dose de BH e ser tratado como inútil. Também aprendia com os livros como desenvolver as habilidades necessárias para um emissário. Depois de um mês um fato curioso aconteceu, o Peter depois de um treino, com plateia, disse que estava cheirando diferente, não entendi bem, até que os outros disseram mesmo.

— Como assim não pareço humano? — Indaguei sentando no sofá da sala.

— Você entendeu, Stiles. Não falamos da aparência e sim do seu cheiro, parece algo vivo, uma chama crepitante. Quase como...

— Uma Faísca? — Deucalion completou a fala de Peter.

— Faísca? Como a faísca de uma fogueira ou como um sobrenatural com magia própria? — Questionei um tanto assustado. Eu sabia o que significava faísca no mundo sobrenatural. Era raríssimo, usuários de magia que tinham seu próprio núcleo de poder, diferente dos druidas que tiravam sua magia da natureza.

— Faísca sobrenatural. Mas o seu cheiro é além. Como chama acesa, queimando. — Ele olha para o Deucalion e o mesmo assente. — Tenta se concentrar.

— Como? Meditando?

— É faz isso. Medita e se concentra em algo crescendo na sua mão. — Foi a coisa mais idiota que já ouvi, mas fiz mesmo assim. Nas primeiras tentativas eu não consegui nada, pois pensava em como aquilo era ridículo, quer dizer, eu sou só um humano, não sou? Como eu poderia ter poderes sendo que meus pais são humanos também. A não ser que eu tenha ganhado recentemente... Será que foi com a raposa?

— Stiles. — Sobressaltei com a voz de Peter e abri os olhos. — Olha sua mão. — O susto e choque não poderia ser maior. Minha mão estava em chamas, mas eu não sentia nada.

— Peter... O que...O que está acontecendo? ... O que eu sou? — Perguntei com fio de voz.

— Você meu caro, é um híbrido de raposa de fogo... Com feiticeiro nascido.

— Híbrido?

— Raposa?

— Como assim um feiticeiro nascido?! — Exclamei por cima dos outros e acabei anulando aquelas chamas na mão.

— É melhor você sentar, Stiles. — Sua expressão não dava brecha para tréplica, então sentei. 

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Eu devo ter algum problema ou um gosto muito duvidoso pq n é possível que eu tenha gostado de um texto onde o ship principal era o Stiles com o Void. O VOID! O VILÃO Q FODEU COM O PSICOLÓGICO DELE E AGORA QUER FODÊ-LO LITERALMENTE!

O_ó
GENTE...
ALGUÉM TACA UMA BIBLIA NA MINHA CARA!

It's too late to apologizeOnde histórias criam vida. Descubra agora