It's too late to apologize

Ajuda inesperada

Mais um cap, pois estou animada ^^

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As cartas tinham um prazo de duas semanas para serem respondidas, era muito curto, mas era o necessário para organizar minha partida. Eu já tinha a herança da minha mãe e desde os quinze anos a transfiro para uma conta em outro banco onde só eu tenho acesso, meu pai nem sonha que ele mesmo me autorizou a isso. Agora só preciso concluir os papeis de emancipação para poder vender a casa que herdei. Vou viver no campus mesmo, tenho que economizar o máximo para outras despesas enquanto não arrumo trabalho. 

— Aqui estão os documentos e xerox autenticadas. Todos com assinatura do meu pai. — Entreguei a documentação para a pessoa responsável por validar as emancipações.

— Hum... Tudo bem. Eu irei analisar tudo e já te chamo. — Respondeu o senhor indicando para eu me sentar na sala de espera. Assenti e fiquei mexendo no celular. Sabia que haveria possibilidade de ligarem para meu pai, mas rezava que levassem em consideração a assinatura nos documentos. Era verdadeira, felizmente meu pai assina as coisas sem ler. Pelo menos aqueles que estão entre os papeis com textos demais para ler.

Fiquei ali por meia hora, enquanto aguardava, fazia checagem de tudo que já tinha feito para partir. A documentação já estava em andamento, meu dinheiro estava seguro, terminei a escola, meu pai não notaria nada por causa do trabalho e o bando não dava a mínima. As malas seriam as ultimas, não queria levantar suspeitas. O homem finalmente me chamou e entregou a pasta com minha emancipação autorizada.

Assim seguiu a semana, eu optei por responder a carta pessoalmente e como já estava tudo pronto, iria embora uma semana antes do prazo acabar. Já havia calculado a rota, meu carro só tinha mais um dia na oficina para ficar pronto. Não iria deixar meu jipe para trás, depois da casa que ainda iria vender, era a única coisa que ainda tinha da minha mãe. Iria embora na sexta pela manhã, meu pai estaria trabalhando e não notaria, com a ajuda do rádio posso monitorar por quais ruas eu posso sair da cidade.

Meu jipe já estava na garagem e com o tanque cheio, não pretendia parar até estar a bons quilômetros daqui. Quando terminei de jantar subi para pegar as malas e colocar no carro. Tinha só umas horas antes do xerife chegar, então tinha que ser rápido e discreto ao mesmo tempo, não queria que nenhum vizinho notasse. Era a última coisa que eu precisava.

Quando coloquei a última mala deitada no banco traseiro com algumas tralhas por cima, ouvi meu celular tocando no bolso. Número desconhecido.

— Alô. — Coloquei em viva voz.

— Ah finalmente. Será que dá para responder seus e-mails. — Reconheci a voz do outro lado.

— Peter? — Ele seria a última pessoa que me ligaria.

— Não, Madre Tereza. — Podia ver claramente ele revirando os olhos. — Claro que sou eu.

— Boa noite para você também. — Rolei os olhos ao fechar a porta do jipe. — O que há de tão importante nesse e-mail?

— Além do fato de ser meu, talvez uma oportunidade única. Uma vaga em uma universidade muito disputada, talvez.

— Como...

— Tenho meus meios. Assim como também sei que você é emancipado e foi expulso do bando de idiotas. Mas isso não vem ao caso agora. Responda os e-mails e pegue sua vaga. — Desde quando ele é tão falante?

— Por que está tão confiante que vou aceitar essa vaga? — Questionei subindo para meu quarto. Afinal o que aconteceu com o lobo psicopata? Ele sumiu nos últimos meses, muito antes do Nogitsune aparecer. Pensando bem ele sumiu na mesma época da namorada maluca do Derek apareceu.