It's too late to apologize

Isso é sério?

Bom domingo 😘😘

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— Eu...

— Lydia, você pegou o... Stilinski? É você mesmo! Deus, como esse mundo é pequeno. — Aquele era o Jackson? Jackson Whittemore? Sorrindo para mim?!

— Jackson. — Acenei para ele, mas sem o mesmo calor de antes. — Pois é, mundo minúsculo de verdade. Sinto não poder conversar mais, mas estou com pressa.

— Espera Stiles... Sinto sua falta. Sentimos na verdade. — Parei e olhei por cima do ombro. Era muito cinismo da parte deles depois de tudo, tudo que eu fiz por eles e o nada que eles fizeram por mim.

— Um pouco tarde para isso, não acha? — Não esperei por resposta e fui até o Peter. — Temos que sair daqui, vamos. — Falei já empurrando ele para longe do carrinho enquanto usava minha magia para esconder nosso cheiro e vozes.

— O que... Como assim?

— Lydia está aqui. — Falei entredentes e ele entendeu a mensagem. Saímos rapidamente e seguimos para o carro no estacionamento. — Vamos dar algumas voltas apenas por segurança, depois podemos ir a outro local fazer as compras.

— Vamos fazer melhor. Tem um hipermercado na saída da próxima cidade, podemos ir depois de camuflar nosso cheiro. Só temos que avisar ao Deucalion, ele pode não gostar se sairmos da cidade sem comunicar a ele.

— Já estou fazendo isso. Vamos seguir seu plano. — Mexi no celular rapidamente. — Com tantos lugares no mundo. — Murmurei praguejando mentalmente por ter encontrado eles logo aqui.

— Nem me fale. Esperava que eles se acalmassem depois do... — Ele se interrompeu.

— Depois do que, Peter? Se você sabe de algo é melhor me dizer logo.

— Okay. Um tempo depois que você saiu o grupo de dividiu, Liam lidera o segundo bando de BH com a Lydia. O primeiro problema não demorou a surgir, mas eles conseguiram se livrar disso. Eu diria até melhor que o outro bando. Segundo minha fonte, Liam, Malia e Lydia se livraram do problema e com ele se vingaram de um velho inimigo.

— Como assim? Que problema? Que velho inimigo?

— O velho Argent, o novo bando, ou melhor esses três em especial, mataram não só a besta de Gévaudan como também deram um fim Gerard. — O silêncio tomou o carro. Juro que passei cinco minutos absorvendo o que ouvi e comecei a rir do quão absurdo era.

— Você só pode estar brincando. É claro! Imagina, aquele trio matar alguém. Se fosse só a Malia, eu acreditava, mas a Lydia e o Liam.

— Eu tive reação parecida. Mas não, não é brincadeira. Eles realmente fizeram. O velho pelo que entendi iria usar a besta para algum propósito, mas foi impedido e quando a besta possuiu o corpo dele, o trio agiu. O surpreendente foi a namorada do alfa genuíno tentar vingar o avô e partir para cima do trio.

— Ela ficou louca? Esqueceu o que nojento fez com a mesma?

— Foi exatamente isso que Chris disse a ela.

— Ele é o seu informante, não é?

— Era, depois disso ele resolveu voltar a França e o Isaac foi com ele, mas o lobo optou por procurar uma nova pack. Ainda mantenho contado Chris, mas ele está mais focado na empresa e novos negócios. Ele pretende deixar de ser caçador.

— Humf. Boa sorte para ele tentando, acho mais fácil o Isaac se sair bem até mesmo como ômega do que ele conseguir largar a vida de caçador. — Zombei e só então notei que estávamos saindo da cidade. Deixar de ser caçador, que piada. Entrar nisso é caminho sem volta. Você pode até tentar, mas sempre vai estar ali, aquela sensação. Seu corpo age no automático quando se tem uma vida assim. Como memória muscular, a pessoa inconscientemente é levada a fazer algo que sempre fez. Inevitável.

Depois de duas horas voltamos para casa, o mercado não era tão longe da cidade, mas as compras exageradas do Peter demoraram e esperar no caixa foi outra eternidade. Na volta ainda ficamos em alerta para camuflar nosso cheiro e evitar as rotas com o cheiro daqueles dois.

Peter foi se divertir organizando a dispensa, ele tem um certo TOC quanto a isso, enquanto fui para meu quarto, tomar um banho e descansar. A noite faríamos um mini festival de pizza, ideia do lobo psicopata. Eu tentei, mas não consigo parar de chama-lo assim. Força do hábito.

A noite o Klaus apareceu, embora não tão acostumado com comida humana, ele comeu um pouco. Ele tem ficado cada vez mais próximo de mim, chegando ao ponto de ir me buscar na universidade. Confesso que estranhei no começo, mas passei a apreciar sua companhia.

— Por que seu cheiro está estranho? — Pergunta ao meu lado. Parei com um pedaço de pizza na mão, olhando para ele.

— Como?

— Seu cheiro, está diferente. Parece mais fraco e com algo misturado.

— Ah, isso. Bem eu tive que camuflar meu cheiro mais cedo....

— Por que? Seu cheiro é maravilhoso. — Ok, isso foi estranho.

— Err... obrigado, eu acho. Bem, como eu dizia, camuflei por que achei velhos conhecidos aqui na cidade e como não queria vê-los, tratei de esconder meu rastro.

— Entendo. Se eles te incomodam, posso dá um jeito neles. — Sugeriu me encarando com uma feição fechada.

— Hum... Não acho que seja necessário. — Algo me diz que esse jeito dele não será algo bom. — Peter e eu demos um jeito de despistar eles por enquanto. Não acho que eles serão problema e também não pretendo sair da casa nos próximos dias mesmo. — Dou de ombros.

— Stiles, você não pode viver isolado ou no limite por causa do seu antigo bando. — Peter, que ouviu tudo, comentou.

— Seu pai tem razão. Além de você está de férias, tem que aproveitar. Sair um pouco. — Deucalion acrescentou. Kali como sempre estava calada, mas até ela assentiu concordando com os outros.

— Eles estão certos, você sabe. Então, cinema comigo amanhã? — Klaus sugeriu me incentivando. Deucalion sorriu, mas Peter não parecia muito à vontade com o pedido do loiro. — Não aceito recusa. — Falou rápido quando abri a boca para responder me fazendo suspirar.

— Tá bom. Eu vou. — Eles estão certos, sai de BH para não aceitar mais aquele tratamento deles, a solidão e o desprezo que me sujeitaram. Não iria me isolar aqui só por que eles de repente apareceram. Essa é a minha cidade agora, minha alcateia que a protege, não eles.