Capítulo 14

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-Até que enfim- Caspian disse ao nos ver chegando

-Estão bem? Como foram?- Pedro perguntou

-Estamos. Miraz aceitou o duelo. É bom se preparar bem Pedro. Ele deixou claro que não vai facilitar- eu digo o respondendo

-Não se preocupa com isso. Vou ficar bem.

-Bom, eu já estou indo. Está escurecendo e eu tô com sono. Logo teremos um dia longo pela frente- Caspian diz bocejando no final- Boa noite para vocês- ele dá as costas e vai embora

-Eu também. Estou morrendo de sono, nossa.- Pedro diz fingindo bocejar e se espreguiça logo em seguida. Alguém contrata esse ator pelo amor?- Boa noite pombinhos- ele diz saindo também.

-Eu acho que... Eu também- digo indo embora mas Edmundo me impede

-Não, espera aí. O que você queria me dizer hoje mais cedo?

-Ah, não era nada demais. Já tinha até esquecido- digo mentindo. Se tem uma coisa que eu odeio é mentiras. Principalmente de eu ter que mentir. Mas não conseguiria no momento. Tanta coisa está para acontecer. Não quero que isso intervire no momento. Mas um dia eu chego lá, vocês vão ver.

-Bem, pois eu tenho algo a te dizer. Sabe que Miraz é perigoso não é? E sabe que em algum momento essa sua impaciência ainda vai te prejudicar não sabe?- Ele diz em um tom sério. Com certeza estava se referindo as coisas que falei a Miraz

-Ed, olha... Eu não fiz nada demais tá legal? Eu só me defendi- disse em sinal de rendição

-Se estivesse sozinha, poderia ser pior.

-Mas ele mereceu. Merece muito mais na verdade- disso cruzando os braços

-Ele é o Rei Meg. Por mais que não seja justo e que eu concorde com você que é um idiota, ele ainda manda em tudo lá. Independendo do que mandar, terão que obedecer.

-Eu sei me defender tá legal?

-Não foi o que aconteceu da última vez. Lembra como ficou?- ele diz se referindo a luta que aconteceu na fortaleza.

-Se eu tivesse uma bola de cristal para prevêr o que aconteceria, teria me preparado mais- digo irônica- Tá, você até pode ter razão mas as vezes é superprotetor demais sabia?

-Só sou assim com quem eu amo tá legal?- ele diz dando de ombros. Cara... Eu tenho que aprender umas táticas com esse garoto. Ele se entrega assim aleatoriamente ou até mesmo sem perceber.

-Eu só não quero discutir com você tá legal? Além do mais, está realmente ficando tarde e teremos mais o que fazer não é?- digo indo embora para dormir mas vejo que ele ainda ficou parado de costas- Ed? Você não vem?

-Depois. Vou ficar aqui para tomar um ar só

-Tá bom então. Boa noite- o digo sorrindo e vou embora em seguida. Realmente eu estava muito cansada. Só quero ver amanhã.
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-Tome aqui amor. Coloque as flores na cesta que irei colher mais tá bom?- uma mulher diz acariciando a bochecha de uma garotinha. Espera... Essa garotinha sou eu. Só que mais novinha. Bem novinha eu diria. Devia ter uns 3/4 anos. Só que não conseguia ver quem era essa mulher. Ela tinha cabelos castanho e estava de costas. Aliás, eu me via pequena mas eu estava vendo aquela cena de mim mesma. Eu estava normal em carne e osso mas estava do lado de eu do passado.
A mini eu se aproximou mais da mulher que estava agaichada colhendo mais flores no campo e eu obviamente a segui. Ou melhor, me segui.

-Olha aqui mamãe. Eu fiz uma tiara com algumas flores para você.

-Ow, obrigada meu amor- ela pega a coroa a colocando na cabeça e abraça a "mini eu" e distribui beijos em suas bochechas. Eu vendo aquilo com os olhos marejados, sorri. Eu sentia aquele abraço. Aquele calor, aquela sensação de se sentir segura.
No momento, senti tudo ficar frio. Cruzo os braços como forma de "aquecer" e vejo uma figura vindo em minha direção. Era a feiticeira branca, mas estava mais nova. Ela passou por mim mas não me viu. Foi em direção a minha mãe. Ela se se soltou de mim , se levantou e foi ao encontro da feiticeira. As duas conversaram alguma coisa bem séria já que dava para perceber através de suas expressões. Uma luz se espalha por tudo me deixando sem enxergar nada me fazendo fechar os olhos e ao abrir-los, observo a feiticeira indo na direção da mini eu com raiva. Muita raiva e estava pronta para me atacar. Mas minha mãe entra em minha frente fazendo com que a feiticeira a acerte. Vendo aquela cena, grito alto e desesperadamente pela minha mãe e tento chegar perto delas mas não conseguia. Era como se tudo tivesse parado e estava tudo acontecendo em câmera lenta. Eu correndo após gritar junto a eu do passado, minha mãe caindo no chão, a feiticeira retirando sua varinha do corpo de minha mãe. Novamente a luz se espalha e após sumir, vou parar em um lugar que nunca tinha visto. Era um tipo de bosque e eu caminho pelo lugar e acabo encontrando minha mãe. Mas dessa vez era só eu e ela

As Crônicas de Nárnia: Príncipe CaspianOnde histórias criam vida. Descubra agora