Capítulo 13

230 12 1
                                    

É...Eu meio que te subestimei não é?- pergunto a menina

-Mais ou menos. Entendi o que você queria dizer. Mas e agora? Pensa ao contrário?

-Não. Penso que você é mais valente do que eu pensei. Mas ainda é perigoso. Treinamento é uma coisa. Já a prática mesmo é outra. E você ainda é uma criança Lu. Não que isso seja um problema mas você já nos ajuda fazendo o que faz.

-Tá bom...Eu queria lutar como vocês. Parece divertido.

-Só é divertido quando vc está ganhando. Lembra que é uma guerra Lu. Guerras nunca são divertidas ou necessárias- digo e ela concorda com a cabeça

-É, você tem razão. Pelo menos eu não me machuco como vocês. É uma grande vantagem- ela diz e eu rio concordando

-E então? você precisa de mais alguma coisa?

-Eu ia pedir para me ensinar com espadas mas qualquer dia eu peço a Edmundo. Falando nisso, você não ia falar com ele?

-Ia né? Ah Lu eu não sei. Eu quero falar com ele mas quando vou chegando perto...Eu mudou completamente de reta sobre o que eu iria dizer

-Faz o que eu te disse Meg. Não se preocupa. Faz isso enquanto tiver tempo porquê pode perder ele- a menina diz o que me fez ter uma feição de medo- Não estou querendo te assustar Meg. Mas com toda essa confusão que está acontecendo e que ainda vai acontecer, podem não ter tanto tempo.- Pois é. Ela tinha 100% de razão. Bom, então eu vou lá né. Me desejam sorte. Vou precisar. Em questão de segundos, eu saio sem dizer mais nada com uma expressão de firmeza após balançar a cabeça positivamente. Lúcia com certeza percebeu porquê assim que saí ouvi ela dizer: "Ela sabe que eu tenho razão" dando de ombros.
Perguntei para Pedro onde Ed estava e ele apontou dizendo que estava perto de um lago com seu cavalo. Assim que fui saindo ouvi Pedro dizer a Susana "É agora!". Saí rindo e balançando a cabeça negativamente. Fui mais adentro da floresta e vi Edmundo de costas fazendo carinho em seu cavalo. Puxei o ar e só fui. É agora ou nunca.

-Qual nome dele?- eu o pergunto me referindo ao cavalo

-Felipe. Coloquei esse nome nele para homenagear meu cavalo antigo...

-É muito bonito da sua parte. Combina com ele- digo fazendo carinho no rosto do cavalo- É seu mesmo?

-Não. É um dos cavalos que iremos usar na batalha. Achei ele muito parecido com meu cavalo antigo e dei um nome para ele.- ele disse sorrindo mas percebeu que eu estava meia insegura- Tá tudo bem? Precisa de alguma coisa?

-Tá sim. Na verdade eu preciso falar com você. É bem sério mas nada ruim, eu acredito- ele balança a cabeça como sinal para eu falar- Quando eu fui abrir a boca para falar o que sentia, Trumpkin aparece dizendo para nós nos reunirmos em uma parte de dentro da fortaleza para resolver sobre o plano contra Miraz. Enfim, meu plano saiu pela culatra. Que raiva. Era o momento perfeito. Mas vamos lá então.

-Com trinta diabos! É essa a sua idéia? Mandar uma garotinha sozinha para a floresta?- Respondeu Trumpkin para Pedro após ele dar sua idéia

-É a nossa única chance!- Pedro o responde

-E ela não estará sozinha.- Rebateu Susana

-Miraz pode ser um tirano assassino mas, como rei, ele está sujeito as tradições e expectativas de seu povo. Há uma em particular que pode nos dar algum tempo- Caspian disse

-Tá. Então, está decidido. Vou lutar com Miraz, até a morte. Prometo que vou dar o melhor de mim para vencermos. Agora preciso que alguém leve o pergaminho que vou escrever convocando Miraz para a luta.

As Crônicas de Nárnia: Príncipe CaspianOnde histórias criam vida. Descubra agora