Capítulo 9 - Manipulação

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Kayllene encontra-se em um local familiar, um campo verdejante banhado pelos raios dourados do sol poente. À sua frente, seu irmão sorri com alegria, saudável e cheio de vida. Uma onda de alívio e felicidade preenche o coração de Kayllene enquanto ela se aproxima dele, abraçando-o com carinho.

No entanto, o clima muda repentinamente. O céu se enche de nuvens escuras, encobrindo o sol e transformando a paisagem em sombras sinistras. O sorriso de seu irmão se desvanece, e ele começa a se transformar diante dos olhos de Kayllene. Seu rosto se contorce, ganhando uma expressão de angústia e desespero.

Kayllene tenta recuar, mas suas pernas estão imobilizadas, presas ao chão como se estivessem enraizadas. Seu irmão estende a mão, implorando por ajuda, mas suas palavras são abafadas por um vento furioso que sopra ao redor.

De repente, a atmosfera muda novamente. Agora, Kayllene está cercada por uma cena de violência e morte. Os rostos das duas pessoas que ela eliminou recentemente aparecem diante dela, olhando-a com olhos vazios e acusadores. O sangue escorre por suas mãos enquanto ela tenta desesperadamente se livrar dessa visão horrível.

O pesadelo torna-se cada vez mais intenso, mergulhando Kayllene em um estado de confusão e desespero. Ela grita, lutando para acordar e escapar desse tormento psicológico.

Finalmente, seus olhos se abrem e Kayllene se vê no meio de uma floresta escura. Ela está desorientada, não se lembrando de como chegou ali. Apenas uma fogueira próxima emite um fraco brilho no amanhecer, iluminando a paisagem. Kayllene olha ao redor, buscando orientação e percebe a figura de Davi ao seu lado, visivelmente assustado com a reação estranha da garota.

Kayllene sente seu coração bater descompassadamente no peito, como se estivesse prestes a saltar para fora. Seu corpo trêmulo e suado, ela instintivamente leva a mão ao rosto, cobrindo-o enquanto seus dedos pressionam contra a pele.

Seus olhos estão completamente arregalados, refletindo o medo e a confusão que consomem sua mente. Ela tenta controlar a respiração, mas seu peito sobe e desce rapidamente, como se estivesse lutando por ar em meio a um pesadelo.

A sensação de desorientação é avassaladora. Kayllene luta para encontrar um ponto de referência na escuridão que a envolve, mas tudo parece turvo, como se ela estivesse presa entre dois mundos: o pesadelo e a realidade.

Enquanto tenta recuperar o controle de si mesma, Kayllene sente o apoio e a presença reconfortante de Davi ao seu lado. Sua mão trêmula encontra a dele levantando-a do chão.

— Você está segura! — Afirmou Davi. A garota o encara e começa a acalmar sua respiração.

— Obrigada. — Kayllene se acalma após alguns minutos e decide ir até um rio bem próximo. Ela lava seu rosto enquanto fragmentos do pesadelo voltam em sua mente como flashbacks, fazendo-a ter um calafrio.

— Precisamos encontrar um lugar seguro.

— Lugar seguro? Não deveríamos ir atrás de alguma coisa especifica?

— Antes de você acordar, um alerta apareceu no relógio.

A garota olha para seu relógio, ativando-o e um holograma com uma exclamação aparece junto de uma descrição:

Um evento catastrófico imprevisível será gerado e ocorrerá em uma localização aleatória do mapa. Se desejarem arriscar a sorte, fiquem à vontade, porém, se preferirem preservar suas vidas, busquem um local seguro!

— Tem razão, precisamos ir.

Eles abrem o mapa e percebem algo isolado no meio da floresta bem próximo.

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