𝐋𝐨𝐢𝐫𝐚 - Matheus W.

006

MARIANA FERREIRA
encontro

     Ontem fui dormir por volta das cinco da manhã, Matheus tem o charme de fazer a gente perder o tempo conversando.

     Hoje é o tão esperado encontro entre nós.

     Dona Caroline quer conhecer o genro, como ela o chamava. Georgie está com ciúmes, disse que vai ter uma conversa franca com ela. Eu o entendo, ele é o primeiro garoto que eu digo a eles.

     Suspirei antes de descer as escadas até a porta da frente. O Uber chegou há cerca de dez minutos e o fiz o esperar tanto tempo.

     Combinamos de nos encontrar em frente ao restaurante. O restaurante é turístico e cada andar tem um tema. Escolhi o da praia, tranquilo e com muita música boa.

     Eu o vi de longe, ele estava vestindo uma camisa branca, calça preta, sapato branco e alguns acessórios. Conseguiu ficar ainda mais bonito.

     Eu ando em direção a ele lentamente.

— Oi. ele sorriu e mostrou que seus dentes estavam alinhados corretamente. Eu sorri de volta e o abracei. O cheiro de perfume caro exalava dele.

— Eu sempre acho que você não pode ficar mais bonita do que já é, que estupidez a minha. Toda vez que te vejo, é como se nunca tivesse te visto. Está linda, querida.

     Eu posso jurar que estou mais vermelha que um tomate.

— Obrigada. Você tá uau! Digo.

— Uau?

— Sim, não sou de pensar muito rápido em tudo. Mas você está bonito, quem diria que ele ia vestir outro terno.

     Trocamos mais algumas palavras enquanto caminhávamos pelo restaurante.

— Aqui é lindo. Ele comentou que olha para os dois lados.

— Sim, venho aqui desde pequeno. Quase cresci aqui com o João Pedro, nós exploramos todo o lugar, foi incrível

— Legal. Sempre percebo a voz e a expressão do spk quando ele fala sobre você.  Sempre me perguntei o que havia de tão especial em você, sinceramente ainda não sei o que te dizer.  Só sei que estar perto de você é um vício sem fim que não quero parar.

     Fiquei em silêncio por cinco minutos. Eu mencionei que ele tem o dom de me fazer corar o tempo todo?

— Matheus. Paro para olhá-lo nos olhos. Olha, você me dá um frio na barriga inexplicável. Como estudante de medicina, ainda não encontrei um nome ou se existe uma cura para isso. A cada dia que passa quero ficar perto de você, quero ouvir mais e mais risadas que você solta a cada ligação. E eu tenho medo, eu tenho medo de não conseguirmos e eu me decepcionar. Acho que sinto a doença na pele ao me apaixonar.

     Eu disse todos os meus sentimentos sobre nós, ainda não acho que seja isso, mas por enquanto é só.

— Prometo que farei o possível e o impossível para que as coisas funcionem entre nós. Cada erro que cometemos é uma oportunidade de não cometê-lo novamente, e é isso que quero tentar com você. Não posso prometer ser seu melhor parceiro porque não, não posso ser. Eu sou egoísta para fazer você ficar, mas não consigo ver você indo embora.

     Então eu me aproximei dele e eu o puxei para um beijo, ao qual ele respondeu imediatamente.

     Eu tenho meus braços em volta do seu pescoço quando ele mantém a mão na minha cintura. Quando a falta de ar finalmente bate, nos separamos. Mas então Matheus volta a me beijar, causando inúmeras sensações ao tocar em seus cabelos.

     E como se meu corpo entrasse numa
combustāo interna, uma alegria
borbulhante. Eu sinto que achei minha
pessoa. Que idiotice!

MARIANA FERREIRA
encontro dois ponto zero

— Querido, conhece a terceira lei de Newton?

— An? Amor, Newton não é uma fórmula de física não? Disse todo confuso

Comecei a rir. — Eu queria testar ela contigo, você sorrir pra mim e eu te beijo.

— Então eu vou sorrir sempre, começado agora.

     O mesmo da um sorriso de canto e coloca mão na minha cintura, nos encaramos e os lábios do mesmo se chocaram contra os meus, e eu retribui.

     Eu tô completamente viciada nele.

     Estávamos no cinema de madrugada para assistir Harry Potter, conseguimos assistir até o terceiro filme.

     Ele deve sair na segunda-feira de madrugada. Ele disse que vem novidades a partir de maio, o que me deixa muito feliz.

     Estávamos numa praça e olhávamos o céu estrelado, uma verdadeira obra de arte. O que Van Gogh teria gostado de ver.

     A melodia da música começou a tocar e alguns casais e amigos se levantaram para dançar. Quando olhei para o Matheus, ele já estava de pé me olhando sorrindo.

— Madame, aceita dançar uma música com esse plebeu? Curvou-se e estendeu a mão

     Todos ouviram o refrão da música. Matheus me puxou para perto e passou os braços em volta da minha cintura. Coloquei minha mão em seu ombro e o segurei. Nós balançamos, mal nos movendo. Eu descansei meu rosto em seu peito e ele descansou o queixo na minha cabeça.

     Quando a música toca, nosso corpo inconscientemente pega o ritmo.

     A lua refletia todas as nossas emoções e sob seu olhar nos beijamos novamente. Foi um beijo calmo e doce, mas ao mesmo tempo intenso, a falta de ar chegou e nos separamos do beijo.