A valsa do arlequim

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Eu sei que você se lembra daquela noite,
Quando a doce e prateada luz da lua, banhava nossos corpos.
Quando a terra invejava nossos suspiros ardentes,
E desmaiando de amor, fazíamos votos.
 
Não vês , que meus lábios tremiam?
Acaso não sentiu meu coração palpitar?
Que tens coração que tremes assim?
Nunca provaste o gosto amargo de um arlequim?
 
Eu sei que você se lembra daquela hora;
Quando a noite prístina banhava-te os seios,
Quando Eros a harpa dourada tocava
E brandíamos amores sem receios.
 
Ah olhos castanhos,
Porque permitiu morrer de saudades meus lábios?
Seu aroma ardente minh'alma embebeu,
Se voltasses descobriria, do desejo, os primórdios
Que existem guardados nos sonhos meus.

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