Flor de luna

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Como brilhava sua pele,

banhada na luz noturna;

Seus pés tocando de leve,

o movimento incansável da bruma;

E as mãos puxando pra margem,

o cimo velado da lua.


Como ardia selvagem,

Nossos olhares de ritmo lento.

Os sabores singulares,

Da suas curvas e o desejo;

Dos lábios sedosos de virgem,

Imaculados pelo tempo.


Como brilhava sua pele,

Sua volúpia ardente despida;

O cheiro era flor de ébano,

Em mata escarlate colhida;

O gosto no peito era amargo,

Porém era favo na língua.

Jardim de Rosas BrancasOnde histórias criam vida. Descubra agora