Maia

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Maia era uma garotinha tímida e assustada, que tinha medo do mundo ao seu redor

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Maia era uma garotinha tímida e assustada, que tinha medo do mundo ao seu redor. Sua mãe era uma mulher misteriosa e assustadora, que fazia com que Maia comesse letras do alfabeto enquanto ela própria fumava e despejava as cinzas em um aquário cheio de lodo, que ainda tinha seus peixes ali. Maia não sabia o que fazer ou para onde ir, e se sentia presa em um mundo estranho e intimidador.

Na escola, as outras crianças tinham rostos animais, como coelhos ou lobos, e isso a deixava ainda mais confusa e assustada. Mas seu maior medo era o vizinho que vivia ao lado. Ele tinha um rosto de porco e invadia seu corpo, deixando-a aterrorizada e deprimida.

Maia queria escapar daquele mundo, mas não sabia como. Até que um dia, seus brinquedos tomaram vida e a levaram para uma outra realidade. Nesse mundo, ela não era mais uma garotinha triste e assustada, mas sim uma heroína em busca de aventuras.

Sua mãe lhe deu um tapa tão forte em seu rosto que a garotinha caiu no chão, Maia se levantou e olhou para sua mãe com olhos marejados e vermelhos de choro. Sua mãe, com um olhar frio, perguntou: "Qual é o seu problema? Por que sempre fica com essa carinha triste e assustada? Se quer ser algo na vida, tem que ser mais forte, Maia."

A garotinha olhou para o chão, sem saber como responder. Ela sabia que sua mãe não lhe compreendia e não tinha ideia de como era a vida dela. Maia só queria ser livre e feliz, mas estava presa em uma realidade que não lhe pertencia.

Com lágrimas nos olhos, ela deixou a casa e começou a vagar pelas ruas. Seus passos a levaram até um parque úmido e abandonado, onde ela se sentou para pensar na vida. Foi quando ela viu Arthur, um menino sem rosto de animal como os outros, mas igual a ela.

Maia sorriu para o menino e lhe ofereceu um pirulito. Eles conversaram por horas, compartilhando histórias e sonhos. Maia finalmente encontrou alguém que a compreendia de verdade, alguém que não a julgava por seus medos e fraquezas.

Arthur mostrou a Maia que era possível ser feliz, mesmo nos momentos mais sombrios da vida. Ele a apoiou e incentivou a viver seus sonhos, dizendo que ela era boa o suficiente para conseguir tudo o que quisesse.

Com o coração cheio de esperança, Maia se levantou, pegou a mão de Arthur e o levou para correr pelo parque. Eles riram, pularam, gritaram e brincaram, sentindo a liberdade de suas almas.

Maia estava tão feliz naquele momento que não se deu conta que sua criança interior se desprendeu dela e ficou na casa, a criança não entendeu o que aconteceu, ela ainda está com medo. "Maia volte para a casa" um sussurro em seu ouvido.

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