Em nosso ateliê o desejo sólido

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Didi era uma desenhista de mão cheia, enquanto Mel era uma exímia costureira

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Didi era uma desenhista de mão cheia, enquanto Mel era uma exímia costureira. Juntas, as primas possuíam um pequeno ateliê de vestidos que ficava em uma das ruas mais charmosas da cidade. Desde pequenas, elas sonhavam em trabalhar juntas e criar peças encantadoras para as mulheres mais elegantes da região.

Mas havia algo misterioso naquele ateliê. Um segredo que as primas davam pistas, mas que nunca contavam em detalhes. Às vezes, elas sussurravam entre si sobre algo que estava para acontecer, algo que era ainda mais importante do que seus belos vestidos.

As primas passavam horas trabalhando em silêncio, imersas em seus próprios pensamentos. Didi desenhava em seu caderno com desenhos fluidos como o vento, enquanto Mel se concentrava em costurar vestidos delicados e perfeitos em seu velho piano de cauda, que servia como uma mesa para seus projetos de corte.

Em uma tarde chuvosa, Mel parou de costurar por um momento e olhou em volta do ateliê. Havia algo estranho no ar, algo que a incomodava profundamente. Ela olhou para Didi e sussurrou:

- Você sentiu, não é mesmo? Que estamos sendo observadas?

Didi levantou os olhos do caderno e, ao ver a expressão de preocupação no rosto de Mel, concordou com um aceno de cabeça.

- Eu senti, sim. Como se houvesse uma presença noite aqui, observando nossos movimentos.

Elas se entreolharam sem saber o que fazer. O ateliê estava trancado, e só elas tinham a chave. Será que alguém havia conseguido entrar sem deixar vestígios?

De repente, uma brisa forte passou pelo ateliê, balançando o tecido dos vestidos e jogando folhas de papelão no chão. As primas se abraçaram com medo, e Mel sussurrou em um tom quase inaudível:

- Há algo muito estranho acontecendo aqui...

Didi concordou, e logo as duas estavam segurando uma pequena caixa de madeira coberta por uma camada de poeira e teias de aranha. Elas a abriram com cuidado, e lá dentro encontraram um velho livro misterioso, que continha desenhos de vestidos antigos e um feitiço que poderia trazer à vida os vestidos que elas haviam criado.

As primas olharam uma para a outra, sem saber o que fazer com o poder que havia caído em suas mãos. Poderiam criar vestidos que tinham vida própria, vestidos que mudavam de cor e formato a cada momento como se fossem seres vivos?

O que antes era um sonho tornou-se um pesadelo para elas, um segredo que agora teriam que carregar e nunca mais dividir com ninguém. Mas ainda assim, elas não conseguiam ignorar a tentação de usar aquele poder sobrenatural para criar algo ainda mais belo e fascinante do que jamais havia existido no mundo da moda.

 Mas ainda assim, elas não conseguiam ignorar a tentação de usar aquele poder sobrenatural para criar algo ainda mais belo e fascinante do que jamais havia existido no mundo da moda

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As duas primas se olharam com preocupação. Mel suspirou e disse:

- Didi, não podemos usar esse poder. Não sabemos nada sobre ele, pode ser perigoso.

Didi olhou para Mel e concordou, mas a tentação ainda a atraía fortemente. Ela respondeu com um tom de decepção:

- Mas Mel, imagina que incrível seria se pudéssemos criar vestidos com vida própria. Se tornaria uma obra de arte, a expressão máxima da moda.

Mel respirou fundo e pegou o livro. Ela o estudou em silêncio e depois levantou a cabeça para olhar para Didi com seriedade.

- Eu entendo sua empolgação, Didi. Mas isso não vale à pena, não é ético, além de ser arriscado.

Didi parecia triste e decepcionada. Ela sabia que Mel tinha razão, mas ainda se perguntava como seria usar tal poder. Ela olhou para a janela e disse:

- Eu sei, Mel. Mas eu não consigo deixar de pensar nisso... é como se eu sentisse que esse poder foi nos dado por um motivo, uma razão maior.

Mel olhou para o livro em suas mãos e balançou a cabeça.

- Talvez sim, Didi. Mas devemos fazer as coisas da maneira correta, sem atropelar etapas.

As duas primas sabiam que aquela era uma conversa sem solução. O livro ficaria ali, na caixa, trancado e esquecido. Elas haviam escolhido o caminho certo, o caminho da ética e da responsabilidade social.

Mas ainda sim, de vez em quando, elas ainda olhavam para a caixa com uma sensação estranha no coração, como se uma parte delas sentisse que estavam perdendo algo grandioso, algo que poderia ter transformado o mundo da moda para sempre.

Mas ainda sim, de vez em quando, elas ainda olhavam para a caixa com uma sensação estranha no coração, como se uma parte delas sentisse que estavam perdendo algo grandioso, algo que poderia ter transformado o mundo da moda para sempre

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