The color of hell

1- Um amor impossível

N/A
Olaaaaaa, sejam todos bem vindos esse capítulo em especial quem me ajudou foi uma grande amiga LuanprincessOT7 ❤️❤️❤️❤️❤️
Espero que gostem

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Quando alguem consegue preencher seu coração e apagar o vazio que habitava nele é fantástico. Só se torna um problema, um grande problema, quando esse alguém preenche seu coração e mesmo assim você sente o vazio. O fato de não poder ficar com essa pessoa o faz pensar que nunca será feliz por completo e aceitar um amor que lhe é dado, mas não é exatamente do jeito que queria.
Tom cresceu ouvindo todos os tipos de baboseiras a respeito do amor e para ele eram apenas besteiras. Mas quando aquele sentimento estranho e destrutivo foi crescendo dentro dele e o rapaz se deu conta do que sentia por alguém com quem nasceu, foi como perder o chão de baixo dos seus pés e se ver vagando avulso em terreno desconhecido.
Manter todo aquele alvoroço quieto dentro de si era o pior, principalmente quando tinha toda a atenção dos olhos alheios sobre si.
-Vamos, Tommy!- Tom ouviu Bill o chamando e não ousou desviar os olhos do celular, se sentia derrotado pelos olhos redondos e escuros de Bill.
Era como encarar um filhote e se deixar ser manipulado por pura vontade.
-Tá bom, tá bom.-Tom reclama, guardando o celular contra a vontade.
-Não posso chegar atrasado, quero ser o primeiro a chegar.
Seus olhares se cruzam por instantes e Tom gostaria de não ter entendido toda aquela pressa.
Dentro do peito a raiva o consumiu silenciosa e outra vez ele se assegurou de que insistiria com o diretor para muda-lo de turma, não gostava da ideia de ter Bill estudando longe com seu irmão sofrendo o bullying que sofria.
O caminho até o colégio foi feito a pé, a distância não era tão grande e Tom adorava ouvir os absurdos aleatórios de Bill e ria com eles.
Tom seria capaz de olhar para aqueles olhos eternamente e tem certeza de que nunca se cansaria disso.
A chegada ao colégio é tranquila, mas não dura muito. Os colegas de turma de Bill que já haviam chegado começam a observa-lo quando ambos os irmãos chegam e Tom precisa de muito auto controle para não começar uma confusão.
-Te vejo mais tarde.-a voz de Bill sai em um muxoxo, sem jeito diante dos olhares estranhos, enquanto retribui o selinho do irmão.
- Ainda acho que são gays.-Alguem atrás de Tom fala e ele respira fundo.
-Eu tenho é certeza disso.-outra voz fala e risadas ecoam.
Bill olha para seu irmão, seus olhos estão cheios de lágrimas mas ele sorri e faz um sinal positivo como quem diz que está tudo bem. Não está tudo bem, mas Tom não pode levar outra advertência senão será expulso.
-Qualquer coisa já sabe, né?!-Tom fala e o outro assente.
Se abraçam apertado. Tom se pudesse o proteger apenas naquele abraço, o faria sem pensar duas vezes mas sabe que não é assim.
O rendimento escolar de Tom caiu muito pela preocupação excessiva com seu irmão e precisa focar novamente no seu estudo. Bill tira notas muito boas e com certeza passará de ano, Tom não pode ficar para trás. Caso fique não poderá estudar na mesma sala que ele de jeito nenhum.
Seguem para suas salas ignorando as risadas e 'brincadeiras' de muito mau gosto dos outros alunos.
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P.O.V Tom
O cair da noite sempre se torna uma tortura para mim. Meu coração acelera e minha boca trêmula enche de água ao ponto de querer vomitar ao ver Bill e sua namorada Jody adentrarem nossa casa.
-Oi, Tom.-ela fala sorridente e eu apenas sorrio.
Saio de perto deles em direção ao meu quarto. Entro e tranco a porta.
Há algum tempo eu causei uma grande briga por querer um quarto só para mim. Todos pensam que é apenas pela adolescência, mas só eu sei que o verdadeiro motivo é evitar estar muito tempo perto dele. É torturante estar perto e não poder toma-lo para mim.
Pego um cigarro no meu bolso e o acendo, me dirigindo para a sacada. A vontade que eu tenho é de gritar absurdamente o mais alto que eu puder até esse sentimento sair de dentro de mim. Acontece que já tentei isso uma vez. Fui para um campo bem afastado da cidade e gritei até não aguentar mais, até perder totalmente o ar em meus pulmões. Depois disso eu só chorei igual um bebê.
É impossível tirar esse sentimento de mim. Só sairá na hora em que eu partir.
-Tommy?!-ouço Bill batendo na porta.
-Quero ficar sozinho.-falo alto suficiente para ele ouvir.
-Por que?
-Porque eu quero! Vá embora!-minha voz se alterou um pouco e eu senti uma pontada no coração só de pensar na carinha que ele deve estar fazendo agora.
Ouço ele saindo. Trago a fumaça do cigarro o máximo que consigo enquanto lágrimas sem controle saem dos meus olhos.
Pouco depois posso ver ele lá em baixo com sua namorada. Eles se despedem e Bill olha para mim. Seu rosto está vermelho, parece estar chorando muito. Viro o rosto e entro no meu quarto, me jogando em cima da minha cama com o rosto colado no travesseiro e grito o mais alto que consigo enquanto um choro incontrolável é posto para fora.

~Narradora~

Bill sentiu uma grande decepção quando seu irmão gritou e não pensou duas vezes antes de sair dali correndo e chorando. Tom nunca o havia tratado assim e não pensava que fosse capaz disso.
-O que houve?-sua namorada pergunta assim que o vê chorando.-Parece uma garotinha.
Bill a olha sem acreditar que aquelas palavras saíram da boca dela.
-Eu... O que?!-Bill começa a chorar mais.
-Desculpa, eu achei que você fosse rir e...
-Vai embora por favor.-Bill a interrompe.
Seguem para fora e se despedem com um simples abraço.
Bill olha para cima e consegue ver seu irmão, mas não tão bem por estar contra a luz. Não o viu chorando, apenas fumando.
Viu a hora em que ele foi para dentro do seu quarto. Não acreditou que ele o ignorou mesmo estando chorando.
O que aconteceu com seu irmão?!

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Prometo que irei melhorar