P.O.V Narradora
Talvez se não fosse esse céu, talvez se não fosse as nuvens... Talvez se não fosse a vida.
Tom encontra-se em uma grande guerra dele consigo mesmo.
Bill está nesse momento, fazendo um exame específico que ele já não lembra mais o nome.
Acabou ficando no quarto enquanto espera seu irmão.
Ele observava a rua pela janela: os carros passando e as pessoas andando.
Talvez se não tivesse desenvolvido sentimentos que não precisavam ser sentidos, pelo menos não por essa pessoa, a vida seria mais fácil.
Seu amor com certeza é sincero, só não tem certeza se é o tipo de amor puro...tá mais pra profano.
***×***
Seu olhar ia longe no horizonte, suas mãos tremiam e seu corpo parecia flutuar.
O beijo que acabou de receber no rosto parece ter aberto um buraco gigante dentro de si.
Bill encarava Tom enquanto essa lembrança passava lentamente pela sua cabeça.
-Por que está me encarando assim?-Tom indaga meio envergonhado.
Bill sorri e nega com a cabeça.
-Nao é nada demais.-ele diz.
O mais velho estranha a resposta, mas deixa pra lá.
-E como chegaram nessa conclusão de Lupus?-Tom pergunta enquanto puxa uma cadeira e se senta próximo da cama.
-Ainda não concluíram, mas suspeitam.
-E você como está com isso?-Tom pega em sua mão e ele olha rapidamente para a mesma.
Seus olhos podem estar brilhando ou suas pupilas podem estar dilatadas mas ele não tem certeza disso.
-E...eu-Bill tosse e volta a olhar para os olhos de seu irmão que, ao seu ver, estava muito confuso.-Eu vou ficar bem.
Bill retira rapidamente a mão de baixo da mão do outro.
-O que aconteceu?-Tom pergunta se aproximando mais da cama, curvando seu corpo.
-Nada. Por que me pergunta isso?-Bill sorri amarelo.
-Porque eu te conheço melhor do que ninguém.-Tom cerra os olhos.
-Querido, eu só achei sopa.-sua mãe entra pela porta e Bill finalmente respira, percebendo agora que estava prendendo o fôlego esse tempo inteiro.
-Mamae, ele disse que quer comer hambúrguer e só vai comer se for isso.-Tom interrompe Bill antes que ele falasse algo que fizesse ela ficar no quarto.
-Eu vou ver o que consigo.-ela sai novamente e Tom olha para o seu irmão.
-Fala agora!-ele o confronta.
-Tommy, não é nada.
-Se não falar eu volto pra casa e não falo mais com você.
-Por mais que eu saiba que você não faria isso. Eu falo, tá?!
-Pois comece agora.
-Eu fiquei com medo de morrer...
-Isso eu também fiquei.
-Nao foi só isso...-Bill pausa e o outro faz um sinal com a mão para ele prosseguir.-Eu fiquei com medo de morrer e ficar sem você. Ficar sem poder falar que o que voce sente é...-ele respira fundo-reciproco.
O ar pareceu faltar para Tom que apenas abriu a boca e não conseguiu falar nada.
Sua mãe entra pela porta e ele simplesmente sai do quarto sem ter o que dizer.
-O que aconteceu?-Tom pôde ouvir sua mãe perguntando antes de sumir pelo corredor.
A vontade de vomitar traz a tona a realidade.
Seus olhos rodam pelo hospital e ele encontra uma sacada e vai para a mesma.
Tudo que sempre quis agora é realidade, mas é estranho.
Enquanto os sentimentos eram só seus parecia ser mais fácil de lidar, mas agora seus sentimentos também pertencem ao outro.
Um nó foi dado em sua cabeça e sua visão fica turva como se estivesse perto de desmaiar, mas não passa de uma sensação.
E agora o que vai fazer?!
***×***
O dia foi cheio de exames infinitos em Bill e não tinham tido tempo a sós... Até agora.
-Entao... Qual é a chance de você estar completamente drogado com remédios pra ter dito aquilo?-Tom indaga, quebrando o silêncio absurdo que estava naquele quarto.
O mais novo sorri fraco e olha para o outro.
-Eu não diria algo tão forte se não fosse verdade, você sabe que não brinco com coisa séria.
-Eu esperei tanto por isso que agora não parece real...
Tom se mexe nervosamente na cadeira enquanto apertava as mãos.
Parecia estar prestes a fazer uma coisa impulsiva e realmente fez...
Rapidamente se jogou sobre ele e deu um selinho.
Foi um selinho bem rápido que fez Bill ficar extremamente vermelho e completamente sem graça, mas com um sorriso fofo no rosto.
Tom se mantinha perto do rosto do seu irmão e agora o olhava nos olhos.
-E...eu. Me desculpe.-o mais velho pede.
Ele teve uma tentativa frustrada de afastar seu rosto pois Bill puxou novamente e deu um beijo mais profundo que o anterior.
Durou alguns segundos apenas pois Tom se afastou antes que alguém entrasse quarto a dentro.
-E...eu vou ali fora... Preciso...-Tom coça a cabeça.
-Voce não pode sair e me deixar sozinho.-Bill ri da situação.
-Tem razão, então eu vou...-ele olha ao seu redor e vê um livro em cima de uma estante.-Eu vou ler sobre...-ele vai até o livro e o pega na mão.-Amamentação.
A risada de Bill ecoa pelo quarto e isso faz o mais velho revirar os olhos e olhar para ele.
-Isso não tem graça.-Tom reclama
-Claro que tem. Você não imagina o quanto.-ele termina de rir mas mantém um sorriso divertido.
Tom apenas sorri, sem fazer a mínima ideia do que vai fazer com a mistura de sentimentos que estão dentro de si.
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The color of hell
Fiksi Penggemar⚠️ATENÇÃO FANFIC KAULITZCEST ⚠️ Tom se vê perdidamente apaixonado por quem não deveria. Um sentimento sujo e profano, mas que não consegue parar de sentir. Enfrentará muitos desafios, mas será que irá conseguir viver o tão sonhado amor?! -SE VOCÊ NA...