10- A cor do inferno

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Então gente, a autora de vocês é MUITO lerda.
Hoje SOMENTE HOJE que eu me toquei do que me pediram há dias atrás: pra fazer os parágrafos separados pra ser melhor de comentar.
🙂 Hoje que eu entendi oq isso significa.
Bom dia!

O capítulo ficou um pouco curtinho mas eu já estou escrevendo o próximo.

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P.O.V Tom

Graças a Deus consegui dormir sem ser interrompido pelas ideias obscuras de Bill.

Eu tenho estado no automático desde aquela hora da maldita e infernal ideia. Cheguei a sonhar com esse desgraçado me beijando.

-Tom, vamos! O papai tá esperando.-ouço Bill batendo na porta do meu quarto.

Termino de vestir meu moletom e coloco meu boné antes de abrir a porta e dar de cara com ele.

Não pude evitar olhar ele de baixo para cima. Está usando uma calça de lavagem clara e uma camisa preta bem colada e um pouco curta que deixa a mostra sua tatuagem de estrelinha.

Quando meus olhos pousam sobre os seus eu percebo o seu olhar confuso para mim.

-O que houve?-ele pergunta.

-So estou olhando sua roupa. Não acha que vão pegar ainda mais no seu pé?-pergunto, agora olhando para o seu cabelo que mais parecem um monte de espinhos.

-Eu não ligo para o que falam, você sabe.-ele sorri e pega na minha mão para sairmos dali.

Papai vai nos levar em uma cachoeira aqui perto. Disse que quer passear. Foi uma luta convencer ele de levar Gustav e Georg mas ele enfim cedeu.

-Acho que você esqueceu alguma coisa.-Gustav diz assim que me vê chegando na sala.

-O que?-questiono enquanto olho para mim mesmo, procurando por algo.

-A outra pessoa que iria vestir a roupa junto com você.-ele responde com um sorriso brotando em seu rosto.

-E você disse que iriam pegar no meu pé por causa da minha roupa.-Bill diz sorridente, visivelmente se divertindo.

-Muito engraçado, gordinho.-ao falar isso, ele fecha o sorriso e quem ri sou eu.-Te peguei.

-Vamos, para um dia divertido de garotos.-papai fala empolgado assim que chega na sala com a mamãe.

-Eu espero que esses garotos se comportem.-mamae comenta séria e logo dá um sorriso.-Tommy querido posso falar com você um instante?

Apenas faço um sinal afirmativo com a cabeça e acompanho ela enquanto os outros vão com as coisas para o carro.

Adentramos a cozinha e ela fecha a porta atrás de si, me olhando em seguida.

-Como você está?

-Eu tô bem. Por que essa pergunta?-estranho

-Nao sei até hoje o que aconteceu para voce ficar naquele estado aquela vez.-ela cruza os braços.

-Ja passou, mãe. Eu tô bem, eu juro. Nem bebo mais.

-Mas fuma...

-Isso é outra história.-dou um sorrisinho fraco e ela me abraça.

-Sabe que pode sempre contar comigo, não sabe?!

-Eu sei, mãe. Obrigado. Agora tenho que ir.

Saio de seu abraço e dou um beijo em sua bochecha antes de deixar a cozinha e seguir para fora de casa onde todos estão esperando.

-Eu vou na frente porque sou o mais velho.-Gustav fala e prontamente entra no carro e se senta no banco da frente.

-Atras é o melhor lugar para ficar.-Bill pega na minha mão e entra no carro me levando consigo.

Georg entra e se senta ao meu lado.

-Todos prontos para um passeio turístico?-papai pergunta, ajeitando o retrovisor do carro para nos olhar direito.

-Sim!!!-todos nós respondemos em alto e bom som.

Meu pai apenas sorri, ele parece estar bastante animado. Há tempos, na verdade há anos que não o vejo assim.

Deve ter resolvido algum 'problema de adulto'.

Bill coloca a mão em cima da minha coxa e isso me causa um leve infarto, maldita intimidade.

Retiro sua mão dali e isso o faz me olhar confuso e eu diria que chateado também.

-Eu vou descobrir o que você tem...-ele sussurra.

Aparentemente somente eu ouvi...

***×***

-Hey por que você está aqui sozinho?-ouço a voz de Bill.

Eu estou deitado em baixo de uma árvore, um pouco afastado dos outros.

Abro os olhos e vejo meu irmão me olhando de cima, bem curioso.

-Eu só queria ficar sozinho um pouco.

Ele dá de ombros e se deita ao meu lado antes de começar a tagarelar.

-Eu estive pensando sobre algumas coisas.-ele fala e eu o olho nos olhos.

-Tipo o que?

-Sobre voce estar diferente e...

-De novo isso?!-reviro os olhos.

-Voce precisa falar sobre isso, Tommy. Você não pode ficar se escondendo assim.

-Voce não iria gostar de saber a verdade.

-Entao tente.

Respiro fundo algumas vezes antes de criar coragem e, olhando em seus olhos, falo:

-Eu amo você, Bill.

-Eu também amo você, mas era isso que você queria falar mesmo?

-Eu amo você de outra forma.

-Que outra for...-ele para de falar e suas sobrancelhas arqueiam pouco antes dele abrir a boca e arregalar os olhos.-Como é?

E é aqui que o meu mundo ganha outra cor: a cor do inferno.

The color of hellOnde histórias criam vida. Descubra agora