Fim do reinado♟

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7/10 FIM

Horas mais tarde...

NARRADOR

- Entre nessa porra!- Exclamou um dos policiais.

José fechou os olhos tentando se controlar diante de tamanha ignorância do agente que o conduzia, mas logo foi empurrado firmemente para o interior do furgão da polícia. Os homens devidamente armados, algemaram seus pulsos e os colocou em um dos bancos traseiros. Depois de sentenciado pela justiça, Loreto estava sendo transferido para a prisão de Bangú, onde cumpriria quarenta e dois anos de pena por seus crimes.

- Poderíamos estar em casa, mas temos que levar esse fodido para a prisão.-

- Não reclame tanto, Bil! Deixamos ele lá e voltamos para a cidade.-

- Soube que é um empresário importante... Veja só onde vai terminar a vida.- Zombou, enquanto ocupava seu lugar no banco do passageiro.

- Eu li sobre o caso dele. Ouvi dizer por aí que a mulher dele o colocou atrás das grades, acredita? Vi a foto dela no jornal, e por Deus!- Comentou o moreno mais baixo, acomodando-se no banco do motorista.

- Ela é uma gostosa! Bem que eu adoraria tê-la para mim. Você deixa, não é, amigo? Agora que vai morrer em uma cela, eu posso fazer seu papel.-

O caminho seria longo, mas José não parecia se importar. O horário dava aos policiais um trânsito ameno, visto que iam pela madrugada adentro. José começou a bater com os pés no canto do furgão, causando um barulho contínuo e irritante.

- Quer parar com essa merda?-

O homem continuou, enquanto observava o painel do carro entre a divisória da cabine e a área da traseira. Passava da primeira hora da madrugada, e o GPS indicava que o carro já havia saído do centro da cidade. Ele continuou a bater com o pé, aumentando a frequência das batidas em um ato de baderna. O lugar pelo qual seguiam era deserto e um tanto escuro.

- O que esse fodido pensa que está fazendo?-

- Ele quer morrer antes de chegar na prisão!-

Loreto batia com mais força, tornando o barulho insuportável. Ele via parcialmente o brilho de faróis pela janela escura do automóvel, indicando que o jogo ainda estava acontecendo.

- QUE MERDA! PARE AGORA!- O homem apontou a arma para o detento, que continuava com toda desordem. - Eu vou matar esse filho da puta!-

As batidas ficaram mais fortes, agora em vários lugares. José sorria de uma maneira perturbadora, e quando o policial tomou impulso para abaixar a divisória entre as cabines, o carro foi violentamente batido na lateral, fazendo com que o policial presente no volante freasse bruscamente.

- Que porra é essa?!- Ele murmurou assustado, parando o veículo no meio da estrada deserta.

- ACELERE PICOLLI, CARALHO!- O policial ao lado gritou.

- Saíam do carro agora!- Um dos homens abriu a porta do veículo, puxando o policial com força.

O motorista arregalou os olhos e puxou a pistola para atirar no desconhecido, quando foi atingido por dois tiros no peito.

- NÃO! ME SOLTE!- Gritou desesperado, quando o grupo de homens o rodeou.

- Tirem o corpo do carro!-

Loreto se levantou do chão do furgão, sentindo uma dor aguda no canto de sua cabeça. Com a forte batida do carro, seu corpo foi arremessado com força, presenteando-lhe com um corte pequeno na sobrancelha.

XM. Ataque Decisivo (Girafa gip)Onde histórias criam vida. Descubra agora