• Ten.

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Cinco de Agosto, Verão.
2 horas antes de Jeon ser ferido.

Jungkook se encontrava no mesmo recinto que os outros guardas que acompanhavam Taemin. Todos estavam em um galpão que não era utilizado há muito tempo, e que por isso, Lee usava para encontrar com seus traficantes. Hoje, não foi diferente, no entanto, eles estavam atrasados.

E estavam muito atrasados.

O dia, contudo, era agradável. Todavia, Jeon não tinha tido uma boa noite de sono, visto que ficou um bom tempo acordado com Jimin, enquanto ouvia-o chorar a noite toda. E aquilo mexeu tanto consigo que ele acordou com tanto ódio no coração que nem mesmo os rapazes que mais gostavam de conversar com Jungkook, ousaram chegar perto dele para tentar puxar algum assunto por causa da carranca enorme que Jeon sequer fez questão de disfarçar no meio de rosto.

Ele estava indignado.

Odiava presenciar certas coisas e não poder fazer nada para reverter a situação, simplesmente porque não era o momento certo.

Que se dane o momento certo, pensou ele. Jungkook poderia estraçalhar Lee Taemin naquele exato momento justamente pela adrenalina que todo aquele ódio estava causando em seu corpo, apenas por estar no mesmo ambiente que ele.

E o mafioso estava exatamente bem ao seu lado. Sentado.

– Jungkook. – A voz era de Chenle. Ele se aproximou, com um sorriso pequeno no rosto quando intercalou seu olhar entre o guarda e seu chefe. – Vou me sentar aqui com vocês.

Jungkook concordou minimamente quando balançou a cabeça, dando-lhe espaço suficiente para que pudesse se sentar na superfície baixa da van em que Taemin e ele estavam, com as portas abertas.

Os outros guardas ficaram de vigia na entrada, saída e todo o perímetro do galpão, enquanto Jeon, Chenle, Jiyoung e Minho estavam juntos de Lee, esperando para que tivesse alguma movimentação.

E todos estavam no completo tédio.

– Esses caras sempre demoram tanto assim? – A pergunta de Zhong fora feita diretamente para Jungkook, quebrando o silêncio do ambiente quando olhou para o guarda e percebeu ter tomado a atenção de seu chefe também.

– Não. – Jeon respondeu, sem olhar para o garoto. – Com certeza tiveram algum problema, ou estão tentando dar uma de espertos para cima da gente.

– Não é a primeira vez. – Taemin quem diz, cruzando os braços ao redor do peito quando puxou o ar com força. – Estão sempre querendo fazer propostas absurdas em cima do dinheiro do tráfico, mesmo que saibam todas as vezes qual seria minha resposta no final.

O mafioso estalou a língua nos dentes, indignado. Inclinando sua cabeça para o lado de uma forma pensativa quando desviou sua atenção para outro ponto específico, ele fez Chenle arregalar os olhos ao escutá-lo voltar a falar:

– Será que eu deveria matar eles e acabar com tudo isso de uma vez?

O outro engoliu em seco, mas não perdeu a oportunidade de questionar.

– Mas... – Ele franziu a sobrancelha. – mataria eles sem uma razão assim tão plausível?

Jungkook ergueu o olhar para o garoto e inclinou a cabeça quando uma risada sorrateira fugiu de seus lábios. Não era de humor, mas aquela pergunta parecia ser uma piada.

– Ele mataria até você sem uma razão plausível.

Zhong engoliu em seco.

– Não assuste o garoto, Jungkook. – Taemin deu uma risada sarcástica, logo dando dois tapinhas leves no ombro de seu guarda. Sentindo-se poderoso por ouvir aquilo.

BODYGUARD | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora