Doze de Agosto, Uma semana depois.
18h09 da noite.
Mansão Lee."Não me pergunte porque eu não o deixei. Ele fez meu mundo tão pequeno que eu não conseguia enxergar a saída."
Aquela frase de um dos livros da Rupi Kaur, ao qual Jungkook presenteou Park, ficou rodando em seus pensamentos. Insistentemente.
Ele quis chorar, no primeiro momento, mas depois, quis gritar.
Quis gritar porque muitas coisas daquele livro lhe faziam refletir. Quis gritar porque não queria que uma simples frase tivesse tanta razão e efeito sobre si. Quis gritar porque, não queria acreditar que realmente foi capaz de fechar os olhos para tanta coisa apenas pelo o que achava ser o amor...
Ele refletiu como aceitava tanta coisa por migalhas, porque tudo aquilo era bem melhor do que nada. As mínimas coisas, eram melhores que nada. E perceber o quanto esteve preso a isso por tanto tempo era decepcionante.
Jimin sempre se sentiu um homem forte. Ele era um homem forte.
Tinha suas próprias opiniões, seus desejos, suas escolhas. Não era alguém manipulável e nunca teve medo de nada. Todos os chamavam de cabeça dura, na adolescência, mas então... Tudo mudou quando seus pais morreram.
A forma como Park lidou com o luto e teve o apoio de alguém tão manipulador como Taemin embaralhou completamente tudo aquilo que Jimin tinha conhecimento sobre si mesmo.
Como Rupi Kaur escreveu uma vez: "Você tinha tanto medo da minha voz que eu decidi ter medo também." Jimin teve que concordar com aquilo, com lágrimas nos olhos.
Parecia que cada novo dia que se passava, cada nova atitude de seu marido, cada novo poema e poesia que lia dentro daquele livro, lhe fazia repensar sobre tudo o que tinha à sua volta.
Cada dia que passava, Jimin sentia pena de si mesmo. Sua vontade era de reverter toda aquela situação. Cada vez mais ele sentia que queria fazer tudo diferente.
– Droga. – O loiro fechou o livro com brutalidade, jogando-o sobre a cama quando se levantou dela.
Fazia uma semana que não via Jungkook.
Depois do que havia acontecido na cozinha e principalmente o que tinha dito para Taemin, de uma forma rebelde, fez com que Lee o proibisse de visitar o quarto de Jeon até segunda ordem. Mesmo que fosse para checar seu ferimento.
Jimin não o tinha visto nem mesmo pelo corredor da mansão, em nenhum dos dias que haviam se passado desde aquele acontecimento tenso e soube que nenhum outro guarda teve contato com Jeon, além de Seokjin.
Park estava preocupado.
Depois de quase vê-lo morrer em seus braços naquele dia, tudo o que ele queria era vê-lo de novo. Saber como estavam os pontos e se ele estava se recuperando bem.
No entanto, apesar da coragem que teve naquela noite por causa do ódio genuíno que sentiu por seu marido, ele também estava envolvido e tomado pelo medo. Se saísse do quarto e algum guarda visse ele indo até Jungkook, ele certamente seria dedurado. E ele não queria trazer mais problemas para Jeon. Muito menos para si.
Contudo, ainda havia algo dentro do garoto que falava mais forte. Algo que o fazia ser imprudente. Algo que lhe fazia ignorar todas as consequências e ir atrás do que desejava. E foi exatamente isso que fez Park Jimin sair de dentro de seu quarto, respirando fundo e mantendo-se firme para enfim parar em frente a porta do quarto de Jungkook.
Ela estava entreaberta, o que lhe deixou confuso porque sabia que Jeon sempre a mantinha trancada. Ele estando dentro dela ou não. Então, com cautela, ele empurrou a porta com a ponta de seus dedos e colocou sorrateiramente a cabeça para dentro do cômodo, no entanto, não tinha ninguém, mas sabia que havia ouvido um barulho vindo de dentro do banheiro.
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BODYGUARD | jjk + pjm
Fiksi Penggemar[ EM ANDAMENTO • NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES ] A vida nunca fora tão fácil para o Jungkook de 22 anos, recém desempregado, lutador experiente de artes marciais, gay assumido e expulso de casa. Apesar de todas essas controvérsias, ele finalmente arranja u...