BODYGUARD | jjk + pjm

• Three.

Vinte e sete de Julho, Verão.
Seul, Coreia do Sul.
17h24 da tarde.

Jimin observava fixamente o céu alaranjado pelo recente pôr do sol, enquanto mantinha-se sentado na varanda de sua casa. O chão era feito de madeira e continha uma pequena rede na cor bege pela esquerda. Ao lado, havia um banco extenso, podendo caber até três pessoas sentadas uma do lado da outra. Ela era acolchoada e tinha seu tom amadeirado. Entre as pernas do garoto, havia um pote com jujubas, aquelas de seu sabor favorito, e também tinha consigo um livro besta sobre romance que encontrou perdido na biblioteca de sua própria mansão.

Às vezes, ele gostava de apreciar sua própria companhia, juntamente de toda natureza localizada ao seu redor e a calmaria que aquele ambiente trazia para seu interior. Quando não tinha quase ninguém na mansão e ela se tornava mais silenciosa do que geralmente ficava, esse era o único escape de realidade que ele buscava e se sentia em paz ao fazer.

Visto que Taemin era um homem controlador desde o começo do relacionamento. E, com o passar dos anos, as coisas começaram a piorar em um nível incongruente. Lee passou a proibir Jimin de sair de casa sem a supervisão de algum guarda de confiança ou até mesmo dele, e tudo era delicadamente supervisionado, até mesmo as coisas mínimas que Park fazia fora de casa.

Ele não tinha liberdade para fazer coisas que gostava sozinho, e muito menos autoridade para expor sua desaprovação sobre aquilo, ao invés disso, ele apenas aceitava e tentava se convencer de que era apenas o jeito de seu marido e que ele provavelmente queria protegê-lo, mesmo que tudo aquilo passasse além do limite.

Park sempre procurava algum motivo para explicar as atitudes possessivas e controladoras do marido. Mas apesar de todas essas controvérsias, Jungkook se tornou o novo guarda de confiança de Taemin, então sua função, além das mais pesadas da equipe inteira da facção, era ficar encarregado de cuidar de Jimin.

E ser guiado por aquele guarda em específico não era um problema para ele, na verdade.

– Meu bem... – A voz de Shin Nari, a empregada da mansão que Jimin considerava como mãe, tomou conta de seus ouvidos, fazendo-o levar sua atenção em direção ao timbre suave da mulher enquanto enfiava mais três jujubas na boca. – Já está escurecendo. Por que não entra e coloca um agasalho? Você sabe que fica resfriado com facilidade.

A mulher cruzou os braços ao redor do corpo, olhando para ele com uma expressão repreensiva, mas continuou com um sorriso delicado no canto do rosto quando viu o menino fazer um bico pequeno.

– Lá dentro é solitário demais, Na. – Se explicou. – Gosto mais daqui. Além disso, ainda está claro.

Nari balançou a cabeça em negativa e se aproximou do alourado, agachando um pouco quando apoiou suas mãos no joelho e ficou na altura do rosto do menino. Ela estendeu sua palma e agarrou a bochecha gordinha dele, fazendo-o resmungar pelo aperto que deixou sua pele momentaneamente rubra.

Com sua expressão tornando-se compreensiva, ela sorriu. Sabia que o menino passava tempo demais sozinho pelos arredores daquela residência enorme. Além de que, Jimin não gostava muito de conversar com qualquer rapaz de dentro da casa, então o que lhe restava para sair do tédio era a TV com alguns canais em aberto, seu celular com aplicativos que eram parcialmente controlados por Taemin, a biblioteca imensa com milhares de livros, e as cozinheiras, as quais Park apreciava tirar uma boa conversa, às vezes.

– Quer que eu lhe faça companhia então?

– Eu adoraria, mas não sei se é uma boa idéia... – Park fez uma expressão entristecida. Não queria trazer problemas a Nari. – A senhora sabe como Taemin fica furioso quando me vê interagindo com as mulheres da cozinha. Não quero que ele brigue com você por isso, caso chegue por aí de repente.