Capítulo VII

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oie! não tenho muito o que falar, apenas espero que gostem do capítulo!

(não revisado)

boa leitura, bjs!

...

"– Você deveria aparecer mais em casa! Ele sente falta de você! – Uma voz feminina grita, parecendo irritada e, de certa forma, triste.

Ele franze o cenho, pegando sua pasta de trabalho e tirando de cima da mesa de jantar.

– Não tenho tempo para isso – ele diz, olhando para o relógio e fazendo uma careta.

Uma última vez, olha para a mulher e continua com o semblante sério, assim, virando-se para a direção da porta e andando até ela.

– Você vai voltar hoje, né? – A mulher pergunta, entristecida.

Uma resposta não é obtida. Em segundos, apenas é possível ouvir a porta se fechando e os joelhos da mulher cedendo, fazendo com que ela caia no chão.

Suas mãos vão até o seu rosto, ficando sobre os seus olhos. Lágrimas começam a cair. Uma voz abafada era ouvida."


Era tudo turvo e abafado, como se estivesse dentro do fundo do mar. Não era possível entender muita coisa, apenas era...

– ...Michi! Takemichi! Você está me ouvindo?

Takemichi volta para a realidade. Ele sentia-se disperso nos últimos dias, tendo alguns pensamentos estranhos. Às vezes, sentia como se tivesse passado por situações específicas, mas não se lembrava nem um pouco de estar nelas.

Ele tinha flashs de gritos, mas não reconhecia uma das vozes. Era tudo tão estranho. Ele não sabia exatamente como lidar com isso, porém, talvez fosse bom deixar isso de lado e focar apenas no seu plano e de Mikey.

– Desculpa. Eu tava perdido nos meus pensamentos. – Dá um sorriso falso.

Masaru infla um pouco as bochechas, irritado por seu primo não ter prestado atenção em nada que havia falado. Isso tira uma breve risada de Takemichi.

Takemichi estava arrumando suas coisas para ir para a escola nova. Infelizmente, suas férias já acabaram, e isso havia acabado com sua semana. E ainda era uma escola nova, então faria o possível para se enturmar bem. Nos últimos tempos, Masaru foi bastante na casa dele para se exibir. Era engraçado na visão de Takemichi. Por ser um ano mais velho, adorava mostrar as coisas que conquistava.

Sua mãe não tinha irmãs, não fazia a mínima ideia de como era a família por parte de seu pai, mas tinha a impressão de seu pai ser filho único também, o que fazia sentido com a "importunação" seletiva de Masaru. Ele gostava bastante do seu primo, mesmo que as memórias em relação não sejam tão claras. Porra, faziam uns 20 anos que passou por tais experiências com ele, então era difícil lembrar.

O máximo que lembrava era de quando ele e seus – futuros – amigos tomaram uma surra por Masaru ter mentido. Sua espinha estremece. Lembrar daquilo era bastante assustador. Ele esperava muito que não tivesse que passar por situações parecidas.

Ele iria aprender a lutar, então sabia que não passaria por aquilo novamente. Bom, ele esperava que fosse assim.

– Eu estava dizendo que... – Dá um sorriso de lado – Recebi uma carta de uma garota da minha escola!

Ele remexe sua mochila, achando bem rápido a carta que procurava. Masaru aumenta o sorriso e estende as mãos, mostrando a carta para Takemichi.

Honestamente, ele não estava interessado. E, também, desconfiava que ele mesmo havia escrito para impressionar Takemichi. Não podia ter certeza de nada, não sabia como funcionava a cabeça de Masaru exatamente.

Recomeço (Mitake)Onde histórias criam vida. Descubra agora