Capítulo VIII

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olha só quem atualizou

(não revisado)

(O kakucho n tem a cicatriz. n tava afim de editar a imagem pra tirar ela, ent é isso)

...

– Bom dia, mamãe. – Diz Kakucho, saindo da lavanderia. Ou seja, seu quarto.

Ele estica os braços e se espreguiça, soltando um breve gemido de satisfação com o ato. Suas costas estavam doendo, o que não era tão incomum assim. Ele avista uma mulher com cabelo amarrado em um coque e um avental um pouco furado, sendo ela a sua mãe.

– Bom dia. – Ela diz, de forma um pouco ríspida.

"Acho que ela acordou de mau humor de novo...", pensa Kakucho, suspirando.

Ele se direciona até a mesa de jantar e senta na cadeira, que estava um pouco bamba. Kakucho tinha bastante medo de um dia acordar, sentar naquela cadeira e acabar se machucando severamente quando ela caísse.

Porém, ele não tinha tanta opção assim. Então seria isso ou comia no chão.

Hitto Kakucho, um garoto de 6 anos que vive em uma situação certamente precária. Desde que se conhece por gente, pode contar nos dedos a quantidade de vezes que viu seu pai em casa. E, sinceramente, ele desconfiava que seus pais eram separados, mas não haviam lhe contado.

Sempre que Kakucho o via, ele estava bebendo ou brigando com sua mãe por algum motivo do qual não se lembrava e muito menos se interessava em saber. Ele era um homem alto – cerca de 1,89 de altura –, cabelo bem curto e moreno, uma barriga – as ditas "barrigas de cerveja" – e sempre com um semblante irritado. Era bem assustador na visão de Kakucho.

Mesmo que sua mãe fosse extremamente rígida, é por conta dela – que trabalha muito – que não precisava trabalhar para ajudar em casa. Ele a ama mais que tudo e quer lhe dar o mundo quando crescesse e começasse a trabalhar. Quando seu pai quebrava alguma garrafa e os resquícios de vidro lhe atingem, fazendo com que ele sangre, é a sua mãe que cuidava de si e colocava os curativos.

"Vai dar tudo certo, Kakucho...", essa era a frase que ouviu todas as vezes que viu seu pai em casa; todas as vezes que viu sua mãe chorando por algum motivo que, possivelmente, estava interligado a ele.

– Toma. – Vira-se e coloca um prato com pão, manteiga e queijo. Ao lado, coloca um copo com suco de maçã.

Kakucho dá um pequeno sorriso, olhando para a mãe.

– Obrigado, mamãe. – Aumenta o sorriso, o que faz o humor da mulher melhorar consideravelmente.

– Come rápido, tá? – Vira-se novamente. – Você tem que ir pra a escola nova.

– Certo!

Então, no mesmo segundo Kakucho pega o pão e começa a comer. Não era a melhor coisa que já havia comido, não chegaria nem perto, mas estava gostoso no nível do possível. Em momentos assim, Kakucho pensava que realmente deveria começar a trabalhar em algo para ajudar sua mãe a conseguir pagar as coisas e comprar o que queria.

Mas, afinal, que lugar do mundo aceitaria uma criança de 6 anos trabalhando?

Nenhum, provavelmente.

Suspirando fundo, ele engole o pedaço que havia mordido e bebe um gole do suco, tentando fazer o pão seco descer mais facilmente pela sua garganta. E ele faz isso mais uma vez, sendo seguida de outra e mais outra, até terminar de comer tudo.

Faria aquilo sustentar por todo o dia.

Em um pulo, sai da cadeira e pega o prato e o copo, levando-os até a pia.

Recomeço (Mitake)Onde histórias criam vida. Descubra agora