°•《 Capítulo 2 》•°

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°• [P.o.V Dream] •°

— Eu não preciso da sua piedade.

    Disse Cross, rispidamente. Ele cobria o ferimento da flecha com a mão esquerda.

— Não seja orgulhoso, você está ferido.

    Me ajoelhei na frente dele, para ver melhor a ferida. Ele recuou, me encarando com raiva.

— Fique longe, ou eu vou...!

— Vai o quê? Não vou te machucar, agora fica parado.

    Suspirei e abaixei mais o arco, deixando-o cair ao lado do corpo. Ele olhou para mim com raiva.

— Olha, eu sei que somos meio que inimigos, mas isso não significa que eu tenha que deixar você morrer aqui sozinho. Me deixa ajudar, por favor.

    Cross me encarou, seus olhos cheios de desconfiança.

— Por que você está fazendo isso? Eu não faria isso por você, se é o que você pensa.

   Dei de ombros.

— Não é sobre isso. Eu não quero ser o responsável pela sua morte. Eu sou um guardião, não um assassino.

     Ele suspirou e, irritado, assentiu com a cabeça, me deixando me aproximar para examinar o ferimento.

— Eu não preciso disso. Eu posso cuidar de- AGH, PORRA!

     Num movimento rápido, removi a flecha, que desapareceu quase que instantâneamente.

— Desculpe. E cuidado com o seu vocabulário.

     Com cuidado, coloquei a mão sobre o ferimento. Cross fechou os olhos e virou o rosto, tentando ignorar a dor aguda que percorria seu corpo. Seu HP desceu mais um pouco. Se eu o deixasse, morreria ali mesmo.

— Dói muito?

— Oh, não. Faz cócegas.

     Resmungou, em tom sarcástico.

— Vou considerar isso um 'sim'.

    Coloquei as outra mão sobre a ferida, fazendo pressão.

* Você usou CURA em Cross.
* HP totalmente recuperado.

— Pronto, novinho em folha!

    Concluí, esfregando as mãos na tentativa de limpar o sangue que encharcava minhas luvas.

— Eu não vou te agradecer, foi você quem quase me matou.

— Ah, acho que você tem razão! O que eu posso fazer para te compensar?

     Questionei, estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar. Cross olhou para mim, ainda receoso, e se levantou sozinho.

— Não precisa compensar nada, já foi suficiente.

— Certo, fico feliz!

— Está bem, então, uh...obrigado.

    Ele tossiu, provavelmente tentando disfarçar a "vergonha" de ter precisado de ajuda, virou as costas e se afastou. Segurei o riso.

— Até!

    Silêncio. Ele não ouviu ou escolheu não responder?

°• We Fell in Love in Summer •° - Cream Onde histórias criam vida. Descubra agora