capítulo 3

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Luna não podia passar pela ponte, por motivos óbvios, ninguém podia vê-la saindo da floresta, por isso teve que ir pelo o outro caminho, que ficava muito longe.
- tem como me tira de dentro dessa cesta?
- não reclame, se não eu dou meia volta e volto para a floresta. - disse luna, tirando o espelho de dentro da cesta.
- tudo bem, eu não vou reclamar.
Levava cerca de uma hora para chegar até a aldeia, porém quando elas chegaram lá, luna ficou um pouco assustada, não se considerada uma pessoa fraca, pelo contrário, ela sabia que era capaz de si defender sozinha, mas moravam muitas pessoas naquelas aldeia.
- não fique aí parada, vamos! - disse a tia.
Luna estava com um vestido medieval simples branco com verde, com mangas longas, ela amava vestido naquele estilo, ela também usava uma capa preta, seu cabelo estava solto, ela sabia que era ousado, as mulheres na sociedade não usavam os cabelos soltos, mas luna não se importava, aliás, ela não era da alta sociedade.
- é melhor você arrumar o seu cabelo - disse a tia.
- mas o meu cabelo não está desarrumado.
- luna, você sabe muito bem que as mulheres não deve ficar com os cabelos soltos.
Luna se aproximou da ponte e pois a cesta no chão, ao lado da ponte.

                                ☆

Ryan saiu para caminhar, ele já não aguentava mais a agitação por causa do baile que iria ter no castelo.
O seu irmão, estava à procura de de uma esposa. Ryan sabia que era exagero, pois seu irmão ainda nem tinha assumido o trono, mas decidiu não contraria o irmão.
Ele estava distraído até ver uma jovem perto da ponte, ela tinha cabelos cacheados e seus cachos eram grossos, o cabelo dela era um castanho escuro e seu cabelo ficava acima dos ombros.
Ele se aproximou dela enquanto ela estava prendendo o cabelo.
- bom dia! - disse ele.
Ela estava tão distraída que não o viu se aproxima e levou um susto.
- desculpe, não quis assusta-lá.
Ela não disse uma palavra, ela só o encarava com aqueles lindos olhos castanhos.
- eu..... preciso ir. - disse ela, nervosa.
- posso pelo menos saber o nome da senhorita?
- eu realmente preciso ir - ela o interrompeu e antes que ele tivesse a oportunidade de falar qualquer coisa ela foi embora.
- eu não acredito que você fez isso com ele - disse a tia.
- o que você queria que eu dissesse a ele? - perguntou enquanto caminhava de volta para a floresta. - oi, eu me chamo luna e eu não tenho sobrenome porquê as bruxas não podem possuir um sobrenome por causa do antigo rei.
A tia ficou calada.
- foi o que eu pensei - disse luna.
- eu sei que você não pode contar pra ele sobre você ser uma bruxa, mas podia pelo menos ser gentil com ele.
Antes que luna pudesse responder veio uma pessoa e segurou o braço dela.
Ela encarou a jovem que segurava em seu braço.
- desculpe, mas eu chamei você e você não ouviu. - falou a jovem.
Luna observou a jovem que estava muito bem vestida, com certeza ela era da alta sociedade que a sua mãe tanto mencionava para ela.
- por que estava me chamando? - perguntou luna.
- você não soube do baile que vai ter no castelo?
Luna balançou sua cabeça em negação.
- o futuro rei está à procura de uma esposa, ele é muito bonito e forte e..
Luna a encarou levantado uma das sobrancelhas.
- desculpe, eu queria perguntar se você vai? Achei você uma jovem tão solitário, andando por aí sozinha sem uma acompanhante.
Luna sabia de todas as regras da alta sociedade, a mãe dela sempre falava sobre isso, só que as bruxas não costumavam ter a mesmas regras, é por isso que luna gostava tanto de ter nascido uma bruxa, ela até não podia ter um sobrenome (para o rei as bruxas não eram dignas de ter um sobrenome ou pelo menos existir).
Mas luna não se importava com isso, ela amava ser bruxa, na alta sociedade as mulheres só se importavam de encontrar um marido e não podiam se divorciarem.
Ela tinha pena daquelas jovens, se uma mulher atingisse a idade máxima e não encontrasse um marido, ela era considerada uma solteirona.
Tudo aquilo era uma tolice, por que as mulheres não podiam escolher os seus próprios destinos? sem ser julgada pelas suas escolhas?
As mulheres não podiam ter um emprego e tinham que seguir fiel ao o marido até que a morte os separasse e para piorar, os homens não eram julgado por trair as suas esposas, mas se fosse o contrário...
Luna tinha certeza de que quem havia feito aquelas regras ridículas tinham sido um homem, pois só um homem mesmo para se beneficiar tanto.
- eu dispensei a minha acompanhante - mentiu luna. - e eu não sei se vou para esse baile, estou com uma dor de cabeça.
- por favor, você tem que ir, sei que a conhecia agora mais algo me diz que você é uma boa pessoa e eu não sou de me enganar em relação a isso.
- eu vou fazer o possível...
- ótimo! - ela interrompeu luna com uma alegria que contagiava. - apropositado me chamo Elizabeth Barker, sou filha do duque William Barker... não estou me gabando do título do meu pai e só que..
- eu entendi, vossa graça.
- não me chame assim, apenas Elizabeth, e você como se chama?
- meu nome é luna.
- seu nome é lindo, mas como é o nome da sua família? Eles são da alta sociedade? Que dizer, eu tenho certeza que são, você mencionou a sua criada...
Por Deus, aquela jovem não parava de falar, pensou luna.
- eu preciso ir. - falou ela, enquanto se afastava da jovem. - eu preciso encontrar a minha acompanhante.
- tudo bem, então nos vermos no baile?
Mas luna já estava longe da jovem.
- quem é a sua acompanhante? - perguntou a tia dentro da cesta.
- a senhora é a minha acompanhante. - disse luna, sem tira a tia de dentro da cesta. - mas eu não quero conversar sobre isso.
- por que não?
- porque eu não vou!
- você tem que sair daquela cabana e se divertir, não se esqueça que você perdeu 16 anos da sua vida e agora pode ter um recomeço
- é arriscado demais ir até o castelo, a senhora sabe que eu posso ser reconhecida - luna respirou fundo, ela não gostava de lembra de tudo que tinha passado e visto. - eu sei que tivemos uma nova oportunidade mas não se esqueça que a gente estar correndo perigo...
- minha querida, isso foi a anos atrás - interrompeu a tia.
- não importa quantos anos se passaram, as lembranças ainda permanecem na minha cabeça. Quando eu fecho os meus olhos eu me lembro de tudo o que aconteceu.
Elas passam o resto do caminho em silêncio até chegarem na cabana.
Luna colocou a cesta em cima da mesa e foi para perto do caldeirão e sua tia apareceu no espelho que ficava preso na parede.
- eles já devem ter se esquecido.
- eles até podem ter se esquecido, mas eu não - luna ficou andando de um lado para o outro e quando percebeu que ainda estava com a fita no cabelo e a tirou com força. - aquele maldito rei...
- luna!
Mas luna a ignorou.
- aquele maldito rei mandou me marcar como se eu fosse um animal... - luna se sentou e colocou as mãos nos olhos. - eu não fiz nada com ele... ninguém que morava aqui não fez nada com ele e mesmo assim ele não mediu esforços e mandou matar todos.
- minha querida, eu sei o quanto foi difícil, não se esqueça que eu também estava lá. Eu prometi para a sua mãe que eu vou cuida de você e será isso que eu farei e não vou deixar que ninguém a machuque de novo.
Luna olhou para a tia com os olhos cheios de lágrimas.
- eu prometo - disse a tia.

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