capítulo 8

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Luna chegou na cabana e soltou a cesta na mesa e começa a andar de um lado para o outro.
- o que foi? - perguntou a tia.
- nada, não aconteceu nada.
- luna?
- o neto do rei é igualzinho o avô dele - luna passou a mão no rosto. - ele é um idiota, arrogante, presunçoso e...
- calma! O que ele fez com você?
- eu esbarrei nele, mas eu não tinha visto ele no caminho e ele....
- tudo bem, eu já entendi.
Luna olhou em volta e perguntou:
- cadê Anthony?
- ele saiu.
- pra onde?
- eu não sei. - disse calmamente.
- como a senhora não sabe?
- ele não me disse para onde iria.
Luna sobe para o seu quarto e alguns minutos depois ouve Anthony gritar o seu nome.
- LUNA!!!!!!!
- acho que é ele! - grita a tia.
Ela descer as escadas correndo e para bem ao lado do espelho.
- e eu acho que é muito urgente - diz e  saiu correndo e viu Anthony arrastando um rapaz.
- não pode ser - disse luna, ao ver que o rapaz que Anthony estava arrastando era Ryan.
- o que aconteceu? - perguntou luna.
- eu estava caminhando pela a floresta e vi ele no chão, eu... Eu acho que ele foi picado por uma cobra.
Luna ficou paralisada por alguns segundos e depois ajudou Anthony a traze Ryan até a cabana.
- vou leva ele para o seu quarto - disse Anthony.
Luna assentiu e foi procurar no armário alguma poção para picada de cobra.
- o que aconteceu com ele? - perguntou a tia.
- Anthony acha que ele foi picado por uma cobra.
- mas não tem nenhuma porção para picada de cobra - falou a tia.
- eu tenho vários ingredientes aqui só está faltando um.. - Luna sair correndo.
- pra onde você vai?! - gritou a tia.
Mas luna não ouviu ela.
Algum minuto depois luna já estava de volta e já tinha feito a poção.
- isso é pra ele tomar? - perguntou Anthony, apontando para o copo que luna tinha na mão.
- sim.
- mas isso é verde.
- e isso aqui vai fazer com que ele melhore logo.
- mas isso não cheira nada bem - Anthony colocou a mão no nariz. - não vou ficar aqui.. e pobre do rapaz que vai ter que tomar isso.
Luna deu de ombro e Anthony saiu do quarto.
Luna levantou a cabeça de Ryan e levou o copo até a sua boca, ele fez uma careta, mas tomou tudo que estava no copo.
Ela ficou observando ele enquanto ele dormia pesado, e resolveu descer para informar a Anthony que ele já havia tomado a poção, mas quando estava descendo a pequena escada ouviu as vozes de Anthony e sua esposa falando sobre Ryan.
Luna ficou ouvindo o que eles estavam dizendo.
- você não deveria ter trazido ele aqui - falou a tia.
- eu não poderia ter deixado ele lá. 
- e por que não?
- porque ele iria morrer.
- se ele descobrir quem somos?
- não se preocupem - disse luna.
- você o conhecer, luna? - perguntou a tia.
- sim, ele é filho do padeiro.
- seu amigo? - perguntou Anthony.
- isso não importa - disse a tia. - ele não pode ficar aqui.
- não podemos jogar ele na floresta.
- sim, podemos.
- eu vou resolver isso - disse luna.
- a única maneira de resolver isso é apagando a memória dele - disse a tia.
Luna e Anthony a encararam.
- é a coisa certa a si fazer.
- mas ele vai se esquecer de tudo - Anthony passou a mão pelo os cabelos. - e pode esquecer também da família dele.
- a memória dele não vai ser apagada completamente, ele só vai esquecer que esteve aqui e esquecer de luna.
Luna sentiu um bolo na sua garganta.
Anthony olhou para luna e viu a aflição em seus olhos.
- tem que ter outro jeito - ele olhou para a sua esposa. - querida, luna o conhecer a pouco tempo, e ela não tem muitos amigos, eu acho melhor apagar a memória dele só da gente e deixar ele se lembrar dela.
- por que mentiu pra mim? - Perguntou a tia para Luna.
- eu não queria fazer isso, mas...
- mas você fez - ela colou as mãos no rosto e depois voltou a olhar para luna. - como eu posso cuidar de você sendo que você não me obedece?
- querida, luna não é mais uma criança..
- você já sabe o que tem que fazer - disse a tia.
Luna assentiu e foi para o quarto.
- querida...
- é a coisa certa a se fazer, Anthony.

                                 ☆

Quando luna chegou no quarto Ryan estava sentado na cama.
- quem é você? - perguntou ele.
- você sabe quem eu sou.
Ele deu um meio sorriso, mas não olhou para ela.
- quem é você? - perguntou ele.
- eu sou uma bruxa.
Ele a encarou por alguns minutos sem dizer uma palavra.
Luna se sentou ao lado das pernas dele.
- como isso é possível? - quis saber.
- é uma história longa.
- eu tentei me levantar e não consegui, e não acho que vou poder sair daqui nesse momento.
- você precisar ficar deitado, a poção tem esse efeito, mas daqui a pouco passa.
- então.. eu tenho tempo de ouvir a história.
- o rei não conseguiu me matar porquê a minha mãe me trancafiou.
Ryan levantou umas das sobrancelhas.
- eu fiquei presa em uma bola de luz - luna colocou o cabelo atrás da orelha. - pra você pode ter se passado 18 anos, mas para mim esses 18 anos foi como um piscar de olhos... que dizer, foram 16 anos que eu fiquei presa, depois eu conseguir sair.
- e como você conseguiu escapar?
- eu não sei - luna riu. - eu e a tia formo arremessadas para fora, e o homem que salvou você foi transformado em uma borboleta por uma bruxa que trancafiou a esposa dele dentro do espelho.
- isso é muito confuso.
- é.. eu sei.
- e os seus pais? - perguntou ele. - pelo o que eu percebi esses que moram aqui não são seus pais.
- os meus pais morreram - ela espirou fundo, tentando não chorar.
- sinto muito - ele passou a mão no cabelo. - como eles se chamavam?
- meu pai se chamava James e a minha mãe se chamava Emma.
- e por que luna?
- eu nasci em uma noite de lua cheia.
- seus pais eram muito criativos - luna e ele riram.
- o nome da filha deles se chamava sol.
- ela nasceu no amanhecer do sol?
Luna assentiu.
- e aonde ela está?
- ela morreu.
- ela morreu no mesmo dia que os seus pais?
- não, ela morreu em um acidente de carruagem, ela só tinha 23 anos - luna olhou em volta do quarto. - ela saiu daqui para morar na casa dos tios, ela queria participar da temporada, queria ser uma garota comum... não queria ser apenas uma bruxa. 
Ryan chegou mais perto de luna e segurou a mão dela, ambos estavam sem luvas. Um simples toque, fazia com que luna se sentisse protegida e acolhida.
- sinto muito por sua prima.
- obrigada.. mas ela não era minha prima.
- mas você chama a mãe dela de tia..
- eu só a chamo assim porquê eu não sei o verdadeiro nome dela.
- como isso é possível?
- ela nunca falou para ninguém.
- nem mesmo pro marido dela?
- eu não sei se ele sabe.. mas isso não importa, eles cuidam de mim como se eu fosse parte da família deles, e eles dois são a única família que eu tenho.
- eu ainda não entendi uma coisa.
- o quê?
- por que ela queria tanto sair daqui? - ele soltou a mão de luna. - deve ser muito bom morar em uma cabana e viver na floresta.
- só não é bom quando tentam te matar.
- perdoe-me, eu tinha....
- não tem problema.
- você está melhor? - perguntou Anthony.
Eles olharam para porta.
- sim... E obrigado por ter me ajudado.
- eu não poderia ter deixado você lá - ele se sentou na cama que ficava ao lado da que eles estava. -  mesmo que isso tenha me custado uma dor na costas.
- eu não queria causar problema...
- estou brincando com você, meu rapaz.
Ele riram e luna revirou os olhos.
O quarto que eles estavam era pequeno, só havia duas camas e um quarto roupa pequeno no meio delas.
- a quanto tempo estava escutando atrás da porta? - perguntou luna.
- acho que foi no "sinto muito por sua prima"
- o senhor não sabe o nome da sua esposa? - Perguntou Ryan.
- não.
Ambos olharam para ele boquiaberta.
- achei que o senhor soubesse - disse luna.
- eu perguntei a ela várias vezes e ela nunca me contou.
- mas.. como o senhor a chamava? - perguntou Ryan.
- de meu bem. Ela não gostava muito, e eu falava para ela que só ia parar de chama ela assim se ela me contasse o seu verdadeiro nome - Anthony se levantar. - ela é muito teimosa.
- parece com alguém que eu conheço - falou Ryan, olhando para luna.
Luna o encarou.
- vou deixar vocês dois a sós - Anthony sai do quarto.
Ryan se deitada na cama.
- se a sociedade soubesse que estamos em um quarto sozinhos, seríamos obrigados a nós casar - disse Ryan.
- não se preocupe com isso, eles nunca irão saber.
- bem, eu gostaria que eles soubessem....
Luna olhou para ele, mas ele já estava com os olhos fechados.

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