capítulo 13: as bolas de portal

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Lilian e percy observaram a janela atentos, viram vários seres como fadas, duendes, elfos, bruxos e animais falantes correrem como se fossem perder o avião, provavelmente estavam se arrumando para evacuar city enchants, mas não havia apenas esses seres, também haviam centauros, quando avistou os centauros, lilian lembrou do ser que era citado no livro de guia: "𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑢𝑟𝑜𝑠, 𝑠𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑣𝑎𝑙𝑜, 𝑣𝑖𝑣𝑒𝑚 𝑒𝑚 𝑏𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒 𝑠𝑎̃𝑜 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑖𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠, ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑚 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑎𝑠 𝑓𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑠, 𝑛𝑎̃𝑜 𝑠𝑎̃𝑜 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑎𝑡𝑒́ 𝑠𝑒𝑟𝑒𝑚 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑖𝑛𝑣𝑎𝑑𝑖𝑟𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑢 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑖𝑡𝑜𝑟𝑖𝑜 𝑠𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑖𝑠𝑠𝑎̃𝑜. 𝑜𝑑𝑒𝑖𝑎𝑚 ℎ𝑢𝑚𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒 𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑚 𝑑𝑒 𝑓𝑟𝑢𝑡𝑎𝑠 𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑖𝑚𝑎𝑙".

Os garotos foram até a porta tentar ouvir se tinha alguém lá fora, o corredor pelo visto está em silêncio, percy abriu a porta sem fazer barulho e colocou a cabeça para fora, tentando espiar doa dois lados, o garoto não viu ninguém, lilian correu para apanhar as armas, o arco e flecha, as espadas e o escudo, os dois vestiram roupas de proteção, lilian lembrou-se da bolsa de utilidades onde dentro haviam algumas poções que ela recebeu de dominic.

Agora preparados e confiantes, o dois jovens foram rapidamente em silêncio até o escritorio de dominic, espiaram pela fechadura e viram que não tinha ninguém, entraram e fecharam a porta, lilian foi até a prateleira onde viu as bolas de dragão pela ultima vez, as achou e pegou três delas.
- vamos percy, já as achei! - falou lilian baixinho.
- beleza, toma cuidado, a gente não pode ser visto por ninguém! - respondeu percy baixinho.
- ok. - Lilian respondeu, e ouviram passos se aproximarem.
- droga! droga! - exclamou percy.
- calma, vou dar um jeito. - acalmou lilian.

A garota escondeu as bolas de portal na bolsa, e pediu para percy fingir que estava apenas no escritório á procura de dominic.
- percy! Vamos fingir que só estávamos a procura do Senhor dominic! - disse lilian.
- mas como vamos explicar as armas!? - perguntou percy.
- você é tonto? Esqueceu que estão evacuando a cidade!? - disse lilian.
- ah verdade, mas e se ele não acreditar! O que... - percy foi interrompido quando dominic entrou na sala.

Eles fingiram normalidade mas dominic estava os olhando com cara de desconfiança. - o que estão fazendo aqui, não deveriam estar arrumando suas malas? - perguntou ele.
- oh claro, mas só estávamos a procura do senhor - mentiu lilian.
- está bem, o que queriam? - perguntou dominic apressado.
- a gente queria saber se o senhor vai conosco? - mentiu percy.
- infelizmente terei de ficar para evacuar a cidade antes de amanhecer! Agora vão logo, arthur e henry vão levá-los para um lugar seguro junto com o resto da cidade. - disse dominic.
- tá bem, vamos percy! - disse lilian.
- até mais senhor. - despediu-se percy.

A garota abriu a porta e os dois saíram do escritório, foram correndo de volta ao quarto, entraram e trancaram a porta.
- lilian, como temos certeza de que os reféns estão mesmo vivos? - perguntou percy.
- você tem razão, é um risco que estou disposta a arriscar, a gente vê isso lá. - respondeu lilian.
- ai...tá! Vamos logo antes que arthur e henry subam para saber o motivo da demora! - disse percy preocupado.
- beleza! - respondeu lilian retirando da bolsa uma das bolas de portal.

- agora, pensa bem na área baixa... - disse lilian pensando o máximo que pôde no lugar.
- ok, vou me esforçar. - respondeu percy imaginando e pensando profundamente sobre a área baixa.

Os dois jovens pensaram e se concentraram tanto no lugar e depois de alguns segundos com a imagem bem nítida na cabeça, lilian arremessou uma bola de portal. Mas ao invés de cair no chão, a bola se destruiu ao meio, e de dentro dela saiu uma luz brilhante roxa, a luz rapidamente flutuou e se transformou e abriu um portal.
- caramba! - exclamou percy impressionado.
- vamos, não temos tempo! - disse apressada lilian, a garota agarrou o braço de percy e o puxou para dentro do portal, os dois entraram e se depararam com um lugar que lembrava muito uma caverna.

A caverna era escura e sombria, como se ninguém habitasse aquele lugar. Os dois não se mexeram tentaram ver mais a fundo da caverna, mas era um breu o caminho á frente, o silêncio penetrou neles, percy retirou do bolso um fosforo  e o acendeu com a caixinha.

- desde quando você tem esse fosforo? - perguntou a garota surpresa.
- sempre carrego um comigo. - respondeu percy.
- bem, talvez seja útil, só que precisamos ter cuidado, os vampiros não gostam de claridade e vivem no escuro. - disse lilian.
- espera aí, como vamos achar o rei dos vampiros? - lembrou percy.
- li no guia de clyd, que ele fica sempre no lugar mais fundo da área baixa. - explicou lilian.
- certo, mas aqui é um reino gigante, mais grande até que city enchants e é repleto de vampiros doidos para nos matar! - disse percy nervoso.

Os dois jovens andaram por muitos minutos, sempre desconfiados, finalmente saíram daquele cenário de caverna pequena, agora estavam num lugar alto, imenso onde lá em baixo, haviam pedras compridas e pontiagudas. Não havia uma ponte ou qualquer coisa para atravessar o outro lado.

Esperaram alguns segundos pensando em alguma forma de atravessar. Derrepente ouviram um miado de gato atrás deles. Olharam rapidamente para trás, não viram nada, olharam para baixo, e viram um gato persa laranja, era mailon.
- vocês não deveriam estar aqui. - disse mailon.
- mailon!? - exclamou lilian reconhecendo o gato que virou se amigo.
- quem mais seria. - respondeu ironico mailon.
- o que está fazendo aqui? - perguntou lilian. - como entrou na área baixa?
- bem, descobri por meio de um camundongo bem esquisito que usa chapéu e terninho, onde você morava, então quando começaram a evacuar a cidade, Resolvi fazer uma última visita a você, e quando entrei pela janela do seu quarto, notei que não tinha ninguém, mas tinha um portal para uma caverna, curioso resolvi entrar, e então assim que entrei o portal fechou. - explicou o gato.
- tá explicado...mas como achou a gente? - perguntou lilian.
- segui as pegadas de humano que vocês deixaram. - explicou o gato apontando a patinha peluda pro chão de terra.
- ah, droga, desse jeito estamos nos entregando de bandeja. - disse lilian.

Mailon sempre tinha uma cara de velho ranzinza, mas sua personalidade era boba. Os jovens pesaram em escalar as pedras, mas a queda era de trinta metros de altura, e era arriscado demais.
- posso ajudar vocês? - perguntou mailon.
- claro, com tanto que não atrapalhe. - disse percy.

Lilian abriu a bolsa e mailon entrou dentro, mas deixou a cabeça de velho ranzinza e as patinhas peludinhas para fora. - então, já pensou em algo? - perguntou lilian á percy.
- não, que tal a gente usar uma corda! - sugeriu percy.
- percy...A gente não tem corda. - lembrou lilian ao amigo.
- se quiserem, eu posso ajudar, vou até o outro lado pelas pedras e vejo se a área é segura e possa fazer algo para vocês passarem. - sugeriu mailon.
- por acaso você já escalou pedras pontiagudas? - perguntou lilian.
- claro que já, passei por várias cavernas! - respondeu pomposo mailon.
- beleza, mas toma cuidado! - alertou lilian receosa.
- pode deixar. - respondeu mailon.

O gato saiu de dentro da bolsa e começou a pular as pedras pontiagudas uma por uma, pareceu muito fácil para ele, afinal era um gato não um humano.
Finalmente mailon conseguiu chegar ao outro lado.
- e então? - perguntou lilian do outro lado.
- pelo visto, tá tudo certo aqui, olha que sorte! - disse mailon animado.
- o que foi? Achou algo!? - perguntou lilian ecoando sua voz pela caverna.

Mailon foi para um canto da parede,  retirou com a boca uma corda, os dois jovens ficaram alegres e meio aliviados.
- consegue trazer ela até aqui? - perguntou percy.
- acho que sim, mas não sei se vai ajudar muito! - disse mailon.
- tudo bem, só vamos tentar. - disse percy.

O gato pegou novamente a corda com boca e pulou de uma e uma de volta para o lado em que lilian e percy estavam.

𝐀 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐥𝐲𝐝: 𝐞 𝐚 𝐡𝐞𝐫𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐭𝐫𝐨𝐧𝐨 {1}Onde histórias criam vida. Descubra agora