𝐀 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐥𝐲𝐝: 𝐞 𝐚 𝐡𝐞𝐫𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐭𝐫𝐨𝐧𝐨 {1}

capítulo 8: as poções e a adaga

A barraca era enorme, tinha no mínimo cinco bruxos alí, e três caçadores, dominic fechou o portal, houve um silêncio constrangedor, depois de alguns segundos, finalmente um dos bruxos falou.
- por que nos chamou? - perguntou o bruxo.
- esta garotinha, mora no orfanato em que eu criei, para proteger as crianças que tiveram seus pais mortos na guerra contra a fei... - disse dominic parando de falar.
- ah, mas ainda não disse o motivo! - disse uma bruxa.
- acalme-se, as outras crianças, desapareceram, a única pista do desaparecimento, é isto aqui. - disse dominic mostrando a carta.

O mago leu em voz alta, todos continuaram em silêncio quando ele terminou de ler, lilian ficou com vontade de fazer perguntas, mas ficou quieta quando dominic voltou a falar.
- montem seu exército, e nós, bruxos, é caçadores vamos até a área baixa, se isso for verdade, a população de vampiros vai diminuir um pouco. - disse dominic.

Então, caiu dentro da barraca vindo do teto, uma bola de cristal prateada, como se fosse um globo, a bola de cristal iluminou a barraca mais ainda, então todos ficaram desconfiados se afastando alguns centímetros da bola de cristal.

Veio dela uma voz masculina grave, ela começou a falar, e aquela voz fez eco que repetiu três vezes a mesma coisa: 𝑜 𝑟𝑒𝑖 𝑛𝑎̃𝑜 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑟, 𝑚𝑎𝑠 𝑤𝑖𝑙𝑙𝑖𝑎𝑛 𝑒́ 𝑚𝑖𝑠𝑒𝑟𝑖𝑐𝑜𝑟𝑑𝑖𝑜𝑠𝑜, 𝑚𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝑚 𝑎 ℎ𝑒𝑟𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎, 𝑠𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑚𝑝𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑖𝑟𝑎̃𝑜 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑟 𝑒 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑎𝑚𝑎𝑟 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑜 𝑠𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒 𝑑𝑎 𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒̂𝑠.

A bola de cristal desapareceu no ar, todos ficaram murmurando, lilian percebeu no olhar de dominic profunda preocupação. Ele pediu silêncio e todos os bruxos e caçadores se calaram. Dominic os mandou para a tal "área baixa" o que lilian não entendeu nada.
- o que é a área baixa? - perguntou lilian curiosa.
- é um lugar da floresta que não tem nenhum tipo de felicidade, lá existe apenas vampiros e quase sempre está escuro. - explicou dominic.
- ah, entendi, o senhor acha, que esse tal Willian levou meus amigos para este lugar? - perguntou a garota vendo o rosto de dúvida do mago.
- eu...Talvez, é por isso que vamos para a área amanhã, não temos tempo, já mandei irem procurar lá, tomara que os encontre seguros. - disse dominic.

Depois que todos se retiraram, sobrou apenas lilian e dominic, o mago retirou do bolso um frasco com líquido verde.
- sabe o que é isto? -perguntou dominic mostrando o frasco.
- não. - respondeu lilian sincera. Dominic deu um sorrisinho, então começou a explicar o que continha dentro.
- isto é uma poção da cura, muito útil nas batalhas, se aplicar ou molhar seu ferimento com essa poção, vai se curar no mesmo momento...acho que será útil para você, nesta noite. - explicou dominic entregando o frasco para a menina.
- nossa! Muito obrigada, senhor! - agradeceu lilian alegre.
- não tem de que...tome isso também - disse dominic retirando mais dois frascos do bolso.
- e tome isto também, essa aqui é uma poção da cegueira, se você jogar ela nos olhos de alguem, a pessoa ficará completamente cega por no mínimo uma hora, e os seus olhos vão arder feito pimenta e fogo... - explicou dominic entregando um frasco com líquido vermelho.
- obrigada, mas e essa senhor? - perguntou lilian pegando o frasco e apontando pro outro frasco que dominic segurava na mão.
- ah, e esta é a poção da força, ou seja, assim que beber esta poção, por exemplo você beber esta poção, lilian, sua força agora vai ser de um gorila e um hipopótamo juntos.
- caramba! - disse lilian pegando o frasco.

Dominic ergueu o cajato e bateu ele no chão, no mesmo segundo surgiu no ar uma bolsa de couro para guardar coisas, lilian a apanhou e abriu e viu que estava vazia. Guardou os frascos com total cuidado na bolsa, e então, dominic retirou de uma das mangas da roupa na parte do pulso, uma adaga que era extremamente resistente e nova, mas muito pontiaguda, ele entregou para lilian que ficou adimirando o objeto com fascínio.

Lilian guardou tudo em sua bolsa, e os dois saíram da barraca, do lado de fora, viram as milhares de casas engraçadas da cidade, iluminadas, então surgiu várias fadas do escuro e iluminaram tudo como vagalumes.

- lindo... - disse dominic admirando as fadas.
- é... - respondeu lilian ainda mais admirada.
- as fadas são, criaturas mágnificas...vamos embora. - disse dominic erguendo o cajato e abrindo um portal para a floresta poucos metros da casa de percy e noah.

Lilian foi a primeira a atravessar o portal, e agora estava de volta á casa de percy e noah. O lugar parecia calmo, os dois andaram até a porta principal.
- então, por que estamos aqui na casa do percy e do noah? - perguntou lilian enquanto andavam cada vez mais perto até a casa.
- porque vai ser aqui onde você vai morar, até que a poeira abaixar. - respondeu o mago.
- vocês...não sabem mesmo onde está a herdeira? - perguntou lilian.
- não... - disse onesto dominic.
- mas então, como vamos proteger a cidade? - perguntou lilian.
- lutando... - respondeu o mago pensativo.

Os dois finalmente chegaram á porta, mas antes de fazerem algo, ouviram atrás deles um uivo de lobo só que mais alto, mas grave e tenso. Dominic olhou rapidamente para trás e os uivos e rosnados se aproximavam deles. Lilian não se mexeu, tentando procurar de onde talvez poderia vim o lobo, os barulhos cessaram, mas então em alguns segundos, veio um rapaz alto e forte de cabelos loiros um pouco longos.

Arthur, a pessoa que fez a escolta de lilian quando ainda era uma bebê, estava parado alí, parecia meio abatido, notou os dois e a casa, então se aproximou.
- boa noite, arthur! Pensamos que era um lobo - disse dominic calmo.
- meio lobo...e quem é a menina, dominic? - perguntou arthur rouco.
- oh sim, onde estão meus modos, lilian este é arthur, arthur esta é lilian. - respondeu dominic.
- é um prazer conhecê-lo, senhor - disse lilian gentilmente.
- o prazer é meu, lilian - respondeu arthur sorridente.

Dominic convidou arthur para eles entrarem, ele agradeceu e arthur bateu na porta.
- por que está fora da cidade, arthur? - perguntou dominic.
- achei que seria melhor ter minhas transformações num lugar mais seguro, não quero ferir ninguém! - respondeu arthur desanimado.
- transformações? - perguntou lilian confusa, Os dois olharam pra ela.
- sou um lobisomem, quando é noite de lua cheia, me transformo num lobo humanoide, e perco a consciência durante as transformações, não tem cura... - explicou arthur.

Os três ficaram em silêncio, então uma abriu a porta já empunhando uma faca, era percy.
- oh, boa noite percy, presumo que não precise disso. - disse dominic apontando pra faca na mão de percy.
- senhor, lilian e...arthur!? - exclamou percy espantado.
- olá percy, já faz tempo meu rapaz! - disse arthur.
- é...entrem logo! - disse percy meio tenso.