21° capítulo

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Já tem uns quinze minutos que liguei para Ash e ela disse que vinha me buscar. Na esquina da rua onde estou, vejo os faróis de um carro conhecido, mas não quero acreditar que a minha amiga faria isso comigo. Como eu já tinha imaginado, era o carro de Bill e Tom estava dirigindo. Parou ao meu lado e abaixou o vidro do passageiro.
- entra. - disse, como se mandasse em mim. Ai ai ai, isso não vai dar certo.
- Cadê a Ash? Eu pedi pra ela vir me buscar. - digo dando ênfase ao Ela.
- Cely, a gente tá numa rua esquisita, deve ser perigoso, só entra no carro e vamo embora. - ele fala e quando eu estou prestes a lhe dizer que ele não manda em mim, ele continua. -por favor. - seu tom de voz é calmo, como se estivesse pedindo a uma criança. E depois disso, eu o obedeço. Verifico mais uma vez se as portas do meu carro estão realmente trancadas e entro no banco do passageiro, sentando ao seu lado. Ele da partida, e saímos dali. Consigo sentir toda a tenção pelo ar, o rádio está desligado, os vidros estão fechados e eu percebo ele entrar em uma viela, estacionando em frente a um restaurante, se soltando do cinto. O que ele vai fazer? Será que vai jantar? Me pegando de surpresa, ele se vira para ficar frente a frente comigo. É agora.
- a gente pode conversar? - sua voz é rouca e eu não consigo evitar de olhar pra ele. Eu vejo você, Tom. Mesmo irritada com você. Meu subconsciente me lembra disso.
- podemos sim.- digo tirando o cinto também e virando, fazendo-me ficar de frente pra ele. Meu Deus. O cheiro desse homem, o desenho perfeito de seu nariz, a sua boca linda, é mais forte que eu. Impossível não desejar a boca desse homem.
- Queria me desculpar ontem. Eu não sou esse cara esquentado, e eu sei que você pode decidir o que é melhor pra você. Mas eu tenho medo de não ser o melhor pra você.
Ele diz e o meu coração acelerar. Não esperava ouvir uma declaração dessas dele, se bem que comigo ele sempre foi muito carinhoso e entregue.
- me perdoa, linda. - e assim que ele termina essa frase, eu seguro seu rosto e lhe dou um beijo. Que saudades dessa sensação, desse beijo e a gente só passou um dia separados. Ele tenta chegar mais perto de mim, mas o espaço entre os bancos nos atrapalha, criando um tipo de barreira.
- vem pra cá. - ele desce do carro e abre a porta de trás, e eu faço o mesmo logo em seguida. Assim que entro, ele me puxa pra si, e começa a me beijar. Um beijo lento e torturante, sua língua dança perfeitamente com a minha e suas mãos seguram meu rosto e meu cabelo. Nos afastamos pra tomar fôlego e ele continua deixando um rastro de beijos até chegar perto dos meus ouvidos.
- eu. Senti. Muito. A. Sua. Falta. - ele diz pausadamente e em casa pausa, era um beijo no meu pescoço.
- senti sua falta, lindo. - assim que abro olhos pra poder vê-lo de perto, percebo alguém, como se estivesse querendo se esconder.
- Tom.- digo enquanto ele começa a deixar chupões em meu pescoço.
_ hmm - ele resmunga, mas não para o que está fazendo.
- paparazzis, Tom.
- Não, linda. Esse é o carro de Bill, a imprensa ainda não sabe dele. - e somos surpreendidos por um flash.
- Caralho. - Ele diz me soltando e arrumando a roupa, enquanto ele faz isso, percebo a ereção em sua calça. Kaulitz, você é imprevisível.
- vou sair, e você faz a mesma coisa. Entramos rápido e vamos embora. Tudo bem? - ele pergunta segurando meu rosto, preocupado. E eu balanço a cabeça sinalizando que entendi.
- Bill vai matar a gente. 1, 2, 3. - Abrimos as portas ao mesmo tempo e agora o fotógrafo que estava escondido, vem andando em nossa direção, com centenas de flashes em nós. Rapidamente entramos e suspiramos por ter conseguido. Tom da partida e saímos dali.
- pra sua casa ou pra minha?
- pra minha. - digo com receio de ir pra lá e ele me tratar mal igual a ontem na frente dos amigos.
- Tá tudo bem? - pergunta, me tirando de meus pensamentos.
- tudo ok.
Mais uns dez minutos de carro, e chegamos na frente de casa. Será que eles seguiram a gente? Espero que não. Tom desce do carro e vai abrindo a porta, enquanto termino de pegar minhas coisas dentro do carro. Deixando as chaves na estante, vejo seus olhos irem direto ao quadro com a foto de Noah. Porque ainda não tirei essa bosta daí? Acho que ele vai falar alguma coisa, mas não. Temos um avanço então? Penso comigo mesma.
- tá com fome, lindo? a gente pode pedir alguma coisa, se você quiser. Falo e vou andando até sentir ele me levantando e me levando até o quarto. Assim que me joga na cama ele me olha com maldade.
- muita. - diz e se joga na cama ao meu lado. Viro de lado e ele também, ficando de frente pra mim.
- a gente pode só dormir hoje? - digo beijando a ponta do seu nariz. - eu tô tão cansada. Fiquei um tempão na rua. ai, tenho que ligar pro mecânico pra ele ir buscar meu carro.
- tudo bem, linda. Vamo só dormir, tá?.
Concordo só balançando a cabeça e começo a sentir o sono chegando.
- posso te pedir uma coisa? - pergunto enquanto estamos tirando nossas roupas para podermos ir dormir.
- claro que pode. - ele me olha franzindo o cenho.
- canta pra mim, igual você fez aquele dia.
E volto a me deitar, agora só de calcinha. Ele ri e se deita me abraçando, formando uma conchinha perfeita. Sinto sua mão apertando meu peito e ele começa a cantarolar baixinho pra mim, assim, adormecemos.
Acordo ouvindo o telefone tocar na cabeceira da cama e estico meu braço para pegá-lo sem acordar Tom. São quatro horas da manhã e eu vejo mais de dez mensagens de um número desconhecido. É Bill.

(Mensagem de Bill)

Que porra é essa, Cely?

Porque vocês fizeram isso?

Andrei vai matar vocês.

Cadê o irresponsável do meu irmão?

E as últimas mensagens são fotos.

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Puta que pariu!

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