56° capítulo

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O tapete de minha casa agora parece perfeito, o clima frio se esvai pelo calor das chamas na lareira e deixa o ambiente em um clima agradável. Aqui, deitados, passamos horas em conversas e carinhos recíprocos, lembrando dos dias bons de viagem que passamos.
- como você se sente agora? - Tom me pergunta.
- estou bem, ué? - respondo confusa.
- não, não assim. Quero saber como se sente agora, na casa nova, com o cabelo novo, com essas mudanças.
Sua pergunta me pega de surpresa, e começo a pensar como estou antes de respondê-lo.
- sinceramente? Não sei. Acho que eu precisava mudar, não por você, mas por mim mesmo. Haviam coisas que estavam paradas no mesmo lugar desde que as consegui. Tipo, meu AP, onde eu morei desde os meus 17 anos ou o meu carro.
- espera, você mudou de carro? - se levanta, me olhando surpreso.
- sim. - dou risada pela sua expressão engraçada.
- não brinca que é aquela BMW lá embaixo. - ele arregala os olhos ao falar.
- é sim. - aponto para a mesinha na sala onde está o controle. - benefícios de ser filha única de um empresário. - digo dando risada.
- falando em pais... Eu nunca vou conhecer os seus? - pergunta erguendo a sobrancelha.
- não mesmo. - brinco. - Meus pais teriam um treco se te conhecessem.
- ha ha ha. - ele força uma risada e começa a fazer cosquinhas em mim, aproveitando o momento, quando percebi, ele já estava em cima de mim.
- tem que ficar por cima sempre? - digo, e sei que ele vai entender o duplo sentido.
- quando você está por cima eu perco. - diz, piscando pra mim e esfregando seu membro já evidente em mim.
- sexo é a sua linguagem do amor?
- sexo é uma linguagem de amor? - responde minha pergunta com outra.
- deve ser. A sua. - digo colando nossos lábios, esquecendo de todas as nossas brigas e desavenças.
Aqui estou entregue ao amor e deixo que a minha deusa interior faça tudo o que teve vontade nessas duas semanas de carência e solidão. Tom retribui meus beijos como se fossem a última coisa que ele pudesse fazer na vida, e eu sei o que está tentando fazer.
- sabe que não vou fugir. - falo em meio aos nossos beijos e amassos.
- me prove que não. - e eu uso o meu golpe mais baixo. Dou um jeito com que meu corpo fique por cima do seu e começo a beijar seu pescoço, deixando leves mordidas também.
- eu não teria em quem deixar esses beijos. - digo baixinho em seu ouvido, lhe provocando.
Sinto suas mãos puxarem o meu cabelo com força, fazendo com que eu olhe em seus olhos que parecem estar em brasa.
- só eu posso fazer essas coisas com você. - diz por entre os dentes.
Para minha surpresa ele puxa a minha xuxinha, soltando meus cabelos que caem em volta do seu rosto.
- bem melhor assim. - me puxando de volta a seus lábios. Puxo a barra do seu moletom, que faz ele se sentar me mantendo em seu colo. Tira seu moletom e sua blusa, depois tira as mesmas peças de roupa que estavam em mim. Agora já não existe mais frio, o calor dos nossos corpos já esquentou todo esse apartamento. Ao liberar meus seios, vejo seus olhos indo em direção a eles, ele mexe em seu piercing com a língua.
- eu amo o fato de você nunca estar de sutiã. - assim que termina de falar, envolve sua boca em meu peito e com a mão acaricia o outro. O toque gelado de sua mão me faz arrepiar inteira, me fazendo arquear as costas lhe dando mais liberdade no que faz.
Sua língua é tortuosa, faz movimentos certeiros que seguem direto ao meu ponto mais sensível, me fazendo gemer e o desejar ainda mais.
- preciso de você. - ele diz o que eu já iria dizer e eu me levanto, tirando de uma só vez a calça de moletom e a calcinha. Tom faz o mesmo, mas antes que eu possa voltar para o seu colo, ele segura minha bunda, me empurrando em direção a sua boca. Sua língua é quente, passeando no ponto perfeito. Sinto seus olhos em mim, seguro seus cabelos o guiando. Quando acho que seria impossível ficar melhor que isso, Tom penetra dois dedos em mim enquanto continua me chupando. A mistura de sua língua e seus dedos tem um ritmo maravilhoso e eu sei que não vou aguentar por muito tempo.
- Se continuar assim vou acabar gozando, Tom.
Por incrível que pareça, ele ouve as minhas súplicas e me puxa, fazendo-me sentar em seu pau. Sinto doer depois de duas semanas sem transar, mas logo o meu corpo se acostuma com a sensação de prazer que é estar sendo possuida por esse homem.
- você fica cada dia mais gostosa, Cely. Como é possível? - diz enquanto me olha sentar em cima dele. Suas mãos segurando minha bunda, me ajudando nos movimentos. Acho que vou chegar em meu êxtase total, em um ato de tentar prolongar, contraio os músculos da minha vagina e vejo Tom revirando os olhos.
- caralho, Cely. O que foi isso?
Paro por um instante, mas ele continua.
- faz de novo.
E assim eu faço, Tom parece ter gostado e confesso que eu também. Ele está perto, consigo sentir e seus gemidos deixam isso bem claro. Acelerando os movimentos, nós dois gozamos assim, gritando nossos nomes para a vizinhança toda ouvir. Mas que se foda, ver esse homem gozar assim foi a coisa mais pervertida que já vi. Completamente jogado no tapete, minha deusa interior aplaude internamente a sua conquista e põe "ok" em mais uma primeira vez. Dessa vez não fizemos amor, nós transamos, era carnal. necessitado, eu diria.
- o que você faz comigo? - ele diz, passando as mãos pelo seu rosto suado.

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