Chapter 07

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— Papai, papai... — Chamou Peter descendo as escadas correndo — o tio Tony já chegou? — Hoje era um daqueles dias em que Peter não precisava esperar do lado de fora, era o dia de compras de Tony.

— Ainda não, pequeno... — Negou Stephen enquanto passava as compras de um cliente.

— Mas já está na hora, né?

— Ele ainda deve estar no trabalho, Peter... — Terminou de colocar as comprar na sacola e o cliente saiu. — É normal se atrasar quando a gente trabalha. — Disse se abaixando atrás do balcão, em frente a Peter. — Ele já deve estar che-

— Tio Tony! — Gritou Peter, correndo até a porta. Seu sorriso se desfez ao ver que não era o seu tio Tony. — Você não é o tio Tony... aquela bicicleta é do tio Tony! — Disse ao olhar a bicicleta atrás de Bruce.

— Acho que não sou o tio Tony... sou Bruce. Um amigo dele, aquela bicicleta ali é minha, eu emprestei para o tio Tony.

— Por que você cheira como o tio Tony? — Perguntou Peter, emburrado.

— Ei, Peter... chega... deve ser o namorado do tio Tony. — Disse Stephen um pouco atordoado, Bruce estava impregnado com o cheiro de Tony, era tão forte e tão bom, diferente de seu cheiro fraco habitual.

— Ele não pode ser o namorado do tio Tony!

— Por que não posso? — Perguntou Bruce, com curiosidade.

— Por que o tio Tony... o tio... — Lágrimas começaram a escorrer de seus olhinhos. Peter estava frustrado, embora ainda não saiba o significado da palavra, o tio Tony era dele, não podia ser de outra pessoa...

— Não queria te fazer chorar... — Peter correu até o seu papai, que o pegou no colo — Desculpa, eu não sou o namorado do tio Tony... infelizmente não sou. — Fez questão de acrescentar. — O tio Tony está doente, então me pediu para vir pegar uns remédios para ele, os meus também acabaram e não consegui ajudar.

— O que o tio Tony tem? — Perguntou Peter parando de chorar subtamente, assumindo uma expressão preocupada, Stephen o colocou em cima do balcão.

— Hmmm, não é nada demais, sabe? Mas ele não vai poder vir te ver por uns dias... ele falou muito de você, também me pediu para avisar que volta assim que melhorar.

— Que tipo de remédio é? Eu só posso vender remédios para dor e...

— Supressores. — Stephen engoliu em seco, pela primeira vez desejando estar com alguém no cio, o cheiro que saía de Bruce era delicioso, era confuso o olhar e não ver Tony.

— O que é isso, papai?

— É um remédio para adultos. — Bruce revirou os olhos pela explicação tosca.

— Tem algumas pessoas como o tio Tony que a cada dois meses precisam tomar alguns remédios especiais. Mas é normal e ele fica novinho em folha depois de uma semana.

— Dura uma semana? — Perguntou Stephen, por impulso.

— Às vezes.

— Dói? — Perguntou Peter

— Se ele demorar a tomar os remédios, sim.

— Dá logo os remédios, papai! — Por uns instantes, o cérebro de Stephen parou de funcionar, ficou parado encarando a Bruce.

— Qual... qual ele toma? — Perguntou voltando a si. — Bruce lhe passou um papel com o nome. — Não tenho desse...

— Aí, papai! O tio Tony precisa do remédio! — Reclamou Peter como se Stephen tivesse a obrigação de ajudar o seu tio Tony. — E agora? Vamos ter que ir comprar... — Disse negando com a cabeça, decepcionado.

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